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27/01/2003
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05h26
Noite. Mar prateado. Quintal de uma casa. Sob a lua, três homens começam a escavar a terra. Uma idosa de cabelo preso, vestida de branco, reza uma prece em rapanui. Na semi-escuridão, algumas pessoas assistem em silêncio. Da terra removida sai uma fumaça. A velha levanta os braços e oferece a fumaça aos espíritos.
Não, não estamos assistindo a um ritual vodu, como os praticados no Haiti. Trata-se de algo bem menos comprometedor. Está para ser servido o curanto, comida que se prepara embaixo da terra.
Do buraco vão sendo retiradas camadas de pedra vulcânica (que retém fortemente o calor), de folhas de bananeira e de alimentos. Carne, peixe, banana, milho e batata-doce são colocados, de três a quatro horas antes, sem nenhum tempero. Mas tudo fica saboroso por efeito do calor das pedras, da fumaça, das folhas de bananeira e dos aromas da própria terra.
Comer um verdadeiro curanto é uma experiência para poucos. Mas, com um bom guia e um belo papo com os ilhéus, a tarefa não é impossível. Aos que não tiverem essa sorte, o hotel Tanga Roa oferece belos shows que incluem abertura e degustação do curanto.
Na ilha, o peixe é sempre fresco, e o seviche de atum é o prato forte. O atum é marinado no limão, picado e misturado à cebola, ao coentro e ao tomate. Paladares refinados lembrarão por um bom tempo esse sabor. Para acompanhar, coquetel de pisco, com limão, clara de ovo e açúcar.
Entre as delicatessen, antigamente havia a carne humana. Os guerreiros comiam o corpo do inimigo para se apoderar de sua força. Há quem jure que, às vezes, o ritual ainda é renovado por causa de algum desentendimento.
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da Folha de S.Paulo, na Ilha de PáscoaNoite. Mar prateado. Quintal de uma casa. Sob a lua, três homens começam a escavar a terra. Uma idosa de cabelo preso, vestida de branco, reza uma prece em rapanui. Na semi-escuridão, algumas pessoas assistem em silêncio. Da terra removida sai uma fumaça. A velha levanta os braços e oferece a fumaça aos espíritos.
Não, não estamos assistindo a um ritual vodu, como os praticados no Haiti. Trata-se de algo bem menos comprometedor. Está para ser servido o curanto, comida que se prepara embaixo da terra.
Do buraco vão sendo retiradas camadas de pedra vulcânica (que retém fortemente o calor), de folhas de bananeira e de alimentos. Carne, peixe, banana, milho e batata-doce são colocados, de três a quatro horas antes, sem nenhum tempero. Mas tudo fica saboroso por efeito do calor das pedras, da fumaça, das folhas de bananeira e dos aromas da própria terra.
Comer um verdadeiro curanto é uma experiência para poucos. Mas, com um bom guia e um belo papo com os ilhéus, a tarefa não é impossível. Aos que não tiverem essa sorte, o hotel Tanga Roa oferece belos shows que incluem abertura e degustação do curanto.
Na ilha, o peixe é sempre fresco, e o seviche de atum é o prato forte. O atum é marinado no limão, picado e misturado à cebola, ao coentro e ao tomate. Paladares refinados lembrarão por um bom tempo esse sabor. Para acompanhar, coquetel de pisco, com limão, clara de ovo e açúcar.
Entre as delicatessen, antigamente havia a carne humana. Os guerreiros comiam o corpo do inimigo para se apoderar de sua força. Há quem jure que, às vezes, o ritual ainda é renovado por causa de algum desentendimento.
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