10/03/2003 - 06h38

Tavernas substituem oráculo em Delfos

FÁBIO CHIOSSI
da Folha de S.Paulo, na Grécia

Entre as excursões que se pode fazer a partir de Atenas está a visita às ruínas do famoso templo de Apolo, em Delfos. Lá ficava o também conhecido oráculo de Delfos. O oráculo era um sacerdote que estabelecia um contato entre os mortais e os deuses. Muitas pessoas, na Antiguidade, iam a Delfos para consultar o oráculo, inclusive nobres e militares.

O templo foi construído por volta de 400 a.C., na encosta do monte Parnaso. Os gregos costumavam subir o monte em procissões, vindos em barcos pelo mar Jônico, até o templo.

Mais do que um santuário, havia ao redor do templo, entre outras construções, um teatro e um mercado. Suas ruínas estão todas abertas à visitação. Hoje, há também um pequeno museu, que abriga alguns dos achados arqueológicos do templo.

Delfos atualmente é uma vila de cerca de 1.500 habitantes, que vive do turismo. Uma das boas opções para um dia de visita ao local é tomar um drinque ou mesmo almoçar em uma das várias tavernas com vista para o vale.

A excursão de ônibus a Delfos, partindo de Atenas, custa cerca de 60. A viagem dura mais ou menos uma hora e meia e, no caminho, passa-se pela lendária Tebas, cidade em que, como conta a mitologia, desenrolou-se a tragédia de Édipo, rei tebano que matou o pai, Laio -sem saber disso-, e acabou se casando com a mãe, Jocasta. Ao saber do erro que havia cometido, Édipo arrancou os próprios olhos. A história foi transformada em peça pelo dramaturgo grego Sófocles.

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