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10/03/2003
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06h46
A mais famosa série de esculturas do Pártenon são seus frisos, em que estão esculpidas cenas representando episódios mitológicos, como a batalha dos gregos contra as amazonas e o cerco a Tróia. A principal representação dessas esculturas é a da procissão dos cidadãos atenienses a Acrópole para participar de um festival chamado Grande Panatenea, em homenagem a Atena.
A maior parte desses frisos, que ficavam no topo do templo, do lado de fora, não está mais em Atenas. Eles foram levados por um nobre escocês chamado Thomas Bruce, o conde de Elgin, para a Inglaterra, entre 1801 e 1803, quando Atenas estava sob domínio turco -os quais, como ilustra o fato de haverem transformado o Pártenon em um paiol, não se empenhavam em cuidar dos frisos.
Essas esculturas de mármore, compostas por 56 blocos, estão em exibição, desde 1817, no Museu Britânico, em Londres.
Desde meados do século 19 o governo grego pede que os mármores do Pártenon -ou os mármores de Elgin, como também são conhecidos- sejam devolvidos à Grécia.
O mais recente capítulo dessa disputa teve início em 1982, quando a atriz Melína Merkoúri, empossada ministra da Cultura da Grécia um ano antes, deu início a uma nova campanha pelo retorno dos mármores a seu país.
Para recebê-los e abrigar todos os achados arqueológicos da Acrópole, está sendo construído um novo museu, ao pé da cidade alta. Segundo o professor Dimitrios Pandermalis, presidente da Organização para a Construção do Novo Museu da Acrópole, até a opinião pública inglesa é majoritariamente favorável ao retorno dos mármores à Grécia.
Em janeiro de 2002, Robert Anderson, diretor do Museu Britânico, publicou no jornal britânico "The Times" o artigo "Por que o Museu Britânico não pode e não quer emprestar suas esculturas do Pártenon", no qual afirma que "a primeira responsabilidade do museu é manter objetos a salvo para a presente e as futuras gerações".
Essa é a posição mantida pela direção do museu até hoje. A contenda sobre a posse dos mármores ainda não está resolvida, e a batalha diplomática entre gregos e ingleses prossegue.
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Gregos e ingleses disputam frisos do Pártenon do Museu Britânico
da Folha de S.Paulo, na GréciaA mais famosa série de esculturas do Pártenon são seus frisos, em que estão esculpidas cenas representando episódios mitológicos, como a batalha dos gregos contra as amazonas e o cerco a Tróia. A principal representação dessas esculturas é a da procissão dos cidadãos atenienses a Acrópole para participar de um festival chamado Grande Panatenea, em homenagem a Atena.
A maior parte desses frisos, que ficavam no topo do templo, do lado de fora, não está mais em Atenas. Eles foram levados por um nobre escocês chamado Thomas Bruce, o conde de Elgin, para a Inglaterra, entre 1801 e 1803, quando Atenas estava sob domínio turco -os quais, como ilustra o fato de haverem transformado o Pártenon em um paiol, não se empenhavam em cuidar dos frisos.
Essas esculturas de mármore, compostas por 56 blocos, estão em exibição, desde 1817, no Museu Britânico, em Londres.
Desde meados do século 19 o governo grego pede que os mármores do Pártenon -ou os mármores de Elgin, como também são conhecidos- sejam devolvidos à Grécia.
O mais recente capítulo dessa disputa teve início em 1982, quando a atriz Melína Merkoúri, empossada ministra da Cultura da Grécia um ano antes, deu início a uma nova campanha pelo retorno dos mármores a seu país.
Para recebê-los e abrigar todos os achados arqueológicos da Acrópole, está sendo construído um novo museu, ao pé da cidade alta. Segundo o professor Dimitrios Pandermalis, presidente da Organização para a Construção do Novo Museu da Acrópole, até a opinião pública inglesa é majoritariamente favorável ao retorno dos mármores à Grécia.
Em janeiro de 2002, Robert Anderson, diretor do Museu Britânico, publicou no jornal britânico "The Times" o artigo "Por que o Museu Britânico não pode e não quer emprestar suas esculturas do Pártenon", no qual afirma que "a primeira responsabilidade do museu é manter objetos a salvo para a presente e as futuras gerações".
Essa é a posição mantida pela direção do museu até hoje. A contenda sobre a posse dos mármores ainda não está resolvida, e a batalha diplomática entre gregos e ingleses prossegue.
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