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10/03/2003
-
06h51
A grande vedete dos monumentos de Atenas é o Pártenon, templo de mármore e pedra cujas ruínas encontram-se no topo da Acrópole ("cidade alta").
Com 31 m de largura e 69 m de comprimento, o Pártenon começou a ser construído no ano 447 a.C., sob o governo de Péricles, e nove anos mais tarde estava pronto para receber a estátua de Atena -deusa associada às manifestações da inteligência, como a filosofia e a literatura.
A obra do escultor Fídias, posta sobre seu pedestal na nave principal do templo, media mais de 12 m de altura.
Diferentemente do que nos é sugerido por meio de cópias romanas dos ídolos gregos espalhadas em diversos museus da Europa, a estátua de Atena, que já não existe mais, não era feita de mármore, mas de ouro e marfim.
O Pártenon, obra dos arquitetos Íctinos e Calícrates que serviu de exemplo para muitas cópias posteriores da arquitetura do período clássico da Grécia, era um templo dedicado a Atena Pártenos ("pártenos" significa deusa virgem) e parte de um projeto de Péricles para reconstruir a Acrópole, destruída na guerra com os persas.
Sua arquitetura, de estilo dórico, empregou cálculos refinados de proporcionalidade das medidas. As colunas e os frisos parecem, a quem os observa, linhas perfeitamente verticais e horizontais, mas foram construídos com diferentes graus de curvatura, para que fosse corrigida uma ilusão ótica de distorção das formas, a qual faria o templo, se feito com linhas retas, parecer torto.
A estátua de Fídias foi retirada do Pártenon no século 6º, por ordem do imperador romano Teodósio 2º. A religião oficial do Estado romano -do qual a Grécia fazia parte- era então o catolicismo, e modificações no Pártenon tiveram de ser feitas para que ele se tornasse um templo adequado ao culto dos cristãos.
Destruição
Em 1687, durante a campanha dos venezianos para tomar Atenas dos turcos otomanos, as tropas de Francesco Morosini bombardearam o Pártenon, que servia como depósito de munição dos turcos, e toda a parte central do antigo templo desmoronou.
Quando Atenas foi finalmente tomada dos turcos, em 1833, um trabalho de recuperação e escavações arqueológicas foi iniciado na área. Em 1898 teve início a restauração dos monumentos da Acrópole -como o próprio Pártenon e o templo de Atena Nike, deusa da vitória-, que prosseguiu até a Segunda Guerra (1939-1945) e deu a eles a aparência atual.
Hoje um dos piores inimigos da preservação das ruínas da Acrópole é o enxofre que está na poluição atmosférica. O elemento, misturado à água da chuva, transforma-se em ácido sulfúrico, o que danifica as esculturas remanescentes no local.
Como uma das medidas para combater a poluição, a principal rua de acesso à Acrópole foi convertida num calçadão, cujo ponto de partida é a estação Acrópole do metrô.
Quem for hoje até o topo da Acrópole para visitar o Pártenon, fazendo como os atenienses do século 5º a.C., que subiam o morro para fazer oferendas à deusa patrona da cidade, pode também visitar o pequeno museu existente na Acrópole.
Ele abriga, entre outras esculturas, duas Cariátides, estátuas de mulheres dançando em honra da deusa Artemis. Algumas delas podem ser vistas do lado de fora do museu, no seu local de origem, servindo de colunas para o teto do Erectéion, um pequeno templo ao lado do Pártenon.
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Poluição do ar ameaça ruínas da Acrópole
da Folha de S.Paulo, na GréciaA grande vedete dos monumentos de Atenas é o Pártenon, templo de mármore e pedra cujas ruínas encontram-se no topo da Acrópole ("cidade alta").
Com 31 m de largura e 69 m de comprimento, o Pártenon começou a ser construído no ano 447 a.C., sob o governo de Péricles, e nove anos mais tarde estava pronto para receber a estátua de Atena -deusa associada às manifestações da inteligência, como a filosofia e a literatura.
A obra do escultor Fídias, posta sobre seu pedestal na nave principal do templo, media mais de 12 m de altura.
Diferentemente do que nos é sugerido por meio de cópias romanas dos ídolos gregos espalhadas em diversos museus da Europa, a estátua de Atena, que já não existe mais, não era feita de mármore, mas de ouro e marfim.
O Pártenon, obra dos arquitetos Íctinos e Calícrates que serviu de exemplo para muitas cópias posteriores da arquitetura do período clássico da Grécia, era um templo dedicado a Atena Pártenos ("pártenos" significa deusa virgem) e parte de um projeto de Péricles para reconstruir a Acrópole, destruída na guerra com os persas.
Sua arquitetura, de estilo dórico, empregou cálculos refinados de proporcionalidade das medidas. As colunas e os frisos parecem, a quem os observa, linhas perfeitamente verticais e horizontais, mas foram construídos com diferentes graus de curvatura, para que fosse corrigida uma ilusão ótica de distorção das formas, a qual faria o templo, se feito com linhas retas, parecer torto.
A estátua de Fídias foi retirada do Pártenon no século 6º, por ordem do imperador romano Teodósio 2º. A religião oficial do Estado romano -do qual a Grécia fazia parte- era então o catolicismo, e modificações no Pártenon tiveram de ser feitas para que ele se tornasse um templo adequado ao culto dos cristãos.
Destruição
Em 1687, durante a campanha dos venezianos para tomar Atenas dos turcos otomanos, as tropas de Francesco Morosini bombardearam o Pártenon, que servia como depósito de munição dos turcos, e toda a parte central do antigo templo desmoronou.
Quando Atenas foi finalmente tomada dos turcos, em 1833, um trabalho de recuperação e escavações arqueológicas foi iniciado na área. Em 1898 teve início a restauração dos monumentos da Acrópole -como o próprio Pártenon e o templo de Atena Nike, deusa da vitória-, que prosseguiu até a Segunda Guerra (1939-1945) e deu a eles a aparência atual.
Hoje um dos piores inimigos da preservação das ruínas da Acrópole é o enxofre que está na poluição atmosférica. O elemento, misturado à água da chuva, transforma-se em ácido sulfúrico, o que danifica as esculturas remanescentes no local.
Como uma das medidas para combater a poluição, a principal rua de acesso à Acrópole foi convertida num calçadão, cujo ponto de partida é a estação Acrópole do metrô.
Quem for hoje até o topo da Acrópole para visitar o Pártenon, fazendo como os atenienses do século 5º a.C., que subiam o morro para fazer oferendas à deusa patrona da cidade, pode também visitar o pequeno museu existente na Acrópole.
Ele abriga, entre outras esculturas, duas Cariátides, estátuas de mulheres dançando em honra da deusa Artemis. Algumas delas podem ser vistas do lado de fora do museu, no seu local de origem, servindo de colunas para o teto do Erectéion, um pequeno templo ao lado do Pártenon.
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