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14/04/2003
-
03h48
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Goiás
Uma enchente do rio Vermelho, que cruza a cidade de Goiás, no último dia do ano de 2001, carregou pontes, muros, paredes, móveis e o monumento da cruz do Anhanguera (um marco histórico). E mais: danificou a iluminação subterrânea e a casa onde viveu a sua mais famosa moradora, a poeta Cora Coralina.
Hoje Goiás e a casa de Cora estão recuperadas. Só faltaram alguns manuscritos e livros da escritora, que estão armazenados em um freezer à espera de verbas para a restauração, e algumas lojas localizadas à beira do rio, que não foram reconstruídas devido a um embargo da Defesa Civil.
A cruz do Anhanguera, que tem cerca de 280 anos, foi resgatada no rio Vermelho a 500 metros de sua localização original e hoje está no museu das Bandeiras. O monumento foi reconstruído e desde então repousa sobre ele uma réplica da cruz.
A ajuda para a recuperação dos danos da enchente veio dos governos federal e estadual, da Unesco, do Iphan e de empresas privadas, como a Brasil Telecom.
Para tia Tó, que mora na cidade desde os seis anos, a enchente causou grande dor, só superada após a reconstrução. "Mas ela [a enchente" nos deixou grandes lições: união, força, garra, luta e amor pela cidade. A enchente veio e levou, a água veio e carregou, e nós fomos mais fortes que a água porque restauramos a cidade em um ano", afirma, com os olhos cheios de lágrimas.
Um dos motivos da rápida recuperação da cidade foi o fato de ela participar da seleta lista de patrimônios da humanidade. Com o título, a oferta de leitos cresceu cerca de 40% e aumentou o número de turistas de São Paulo e do exterior. Goiás Velho tem cerca de mil leitos em pousadas e hotéis.
Para atender a crescente demanda, a cidade tem, em parceria com o Sebrae, o Centro de Educação Profissionalizante, onde há um programa de qualificação e de captação de profissionais para atender melhor o visitante e melhorar a percepção da comunidade em relação ao turismo.
A principal atividade econômica do município é a agropecuária, que, porém, perde para o turismo dentro da região urbana. A parte histórica de Goiás representa cerca de 15% da cidade.
Risco
No ano passado, o início da construção da av. Rio Vermelho, que ligaria alguns bairros ao centro histórico, causou certa polêmica quanto ao risco de a obra abalar o sítio arqueológico da região e, consequentemente, levar a cidade à perda do título de patrimônio. A construção está suspensa pela Justiça Federal de Goiás.
Segundo o Iphan, o principal problema da obra foi ter sido iniciada sem um projeto de salvamento arqueológico da área.
O chefe de gabinete da prefeitura, Jorge Hermínio, afirma que a avenida beneficiaria a população de bairros novos, distantes do centro da cidade. Segundo ele, a prefeitura fez ajustes no projeto da obra e agora aguarda a liberação da Justiça para retomar a construção, que, na sua opinião, deve recomeçar em dois meses.
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Garra apaga marcas de enchente em um ano
ALESSANDRA KIANEKEnviada especial da Folha de S.Paulo a Goiás
Uma enchente do rio Vermelho, que cruza a cidade de Goiás, no último dia do ano de 2001, carregou pontes, muros, paredes, móveis e o monumento da cruz do Anhanguera (um marco histórico). E mais: danificou a iluminação subterrânea e a casa onde viveu a sua mais famosa moradora, a poeta Cora Coralina.
Hoje Goiás e a casa de Cora estão recuperadas. Só faltaram alguns manuscritos e livros da escritora, que estão armazenados em um freezer à espera de verbas para a restauração, e algumas lojas localizadas à beira do rio, que não foram reconstruídas devido a um embargo da Defesa Civil.
A cruz do Anhanguera, que tem cerca de 280 anos, foi resgatada no rio Vermelho a 500 metros de sua localização original e hoje está no museu das Bandeiras. O monumento foi reconstruído e desde então repousa sobre ele uma réplica da cruz.
A ajuda para a recuperação dos danos da enchente veio dos governos federal e estadual, da Unesco, do Iphan e de empresas privadas, como a Brasil Telecom.
Para tia Tó, que mora na cidade desde os seis anos, a enchente causou grande dor, só superada após a reconstrução. "Mas ela [a enchente" nos deixou grandes lições: união, força, garra, luta e amor pela cidade. A enchente veio e levou, a água veio e carregou, e nós fomos mais fortes que a água porque restauramos a cidade em um ano", afirma, com os olhos cheios de lágrimas.
Um dos motivos da rápida recuperação da cidade foi o fato de ela participar da seleta lista de patrimônios da humanidade. Com o título, a oferta de leitos cresceu cerca de 40% e aumentou o número de turistas de São Paulo e do exterior. Goiás Velho tem cerca de mil leitos em pousadas e hotéis.
Para atender a crescente demanda, a cidade tem, em parceria com o Sebrae, o Centro de Educação Profissionalizante, onde há um programa de qualificação e de captação de profissionais para atender melhor o visitante e melhorar a percepção da comunidade em relação ao turismo.
A principal atividade econômica do município é a agropecuária, que, porém, perde para o turismo dentro da região urbana. A parte histórica de Goiás representa cerca de 15% da cidade.
Risco
No ano passado, o início da construção da av. Rio Vermelho, que ligaria alguns bairros ao centro histórico, causou certa polêmica quanto ao risco de a obra abalar o sítio arqueológico da região e, consequentemente, levar a cidade à perda do título de patrimônio. A construção está suspensa pela Justiça Federal de Goiás.
Segundo o Iphan, o principal problema da obra foi ter sido iniciada sem um projeto de salvamento arqueológico da área.
O chefe de gabinete da prefeitura, Jorge Hermínio, afirma que a avenida beneficiaria a população de bairros novos, distantes do centro da cidade. Segundo ele, a prefeitura fez ajustes no projeto da obra e agora aguarda a liberação da Justiça para retomar a construção, que, na sua opinião, deve recomeçar em dois meses.
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