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12/05/2003 - 04h55

Bóias sinalizam fazendas de mariscos na Costa Esmeralda

da enviada especial da Folha de S.Paulo a Santa Catarina

Se vir flutuadores enfileirados no mar, saiba que ali existe uma fazenda. É isso mesmo. Em vez do cerco com arames, colocam-se bóias e, no lugar do gado, criam-se mexilhões. O cultivo de mariscos em fazendas marinhas figura como um saboroso passeio turístico, além de ser arrimo para pescadores artesanais em municípios costeiros em Santa Catarina.

Atrás de Penha e Palhoça, Governador Celso Ramos é o terceiro maior produtor de mariscos em cativeiro do Estado, atividade iniciada há 15 anos e que hoje enfrenta um embate.

Para chegar às fazendas, um bote aproxima-se cuidadosamente das marisqueiras para não se emaranhar nas redes que unem as faixas, que têm de 35 a 40 tambores. Até então, os únicos mariscos avistados são alguns grudados nos tambores. A criação dos mexilhões está submersa.

Eles se reproduzem em bolsas imersas sob os flutuadores, onde são introduzidas sementes de mariscos. O barco pára, e o pescador puxa do fundo do mar uma das bolsas, que tem um metro de comprimento e pesa cerca de 25 kg, cheia de mariscos e afins.

"Há muita vida dentro da bolsa", diz Fábio Fernandes, 22. Quando o pescador mexe e limpa a bolsa retirada do fundo do mar, a frase torna-se auto-explicativa. Pululam sirizinhos, mijonas, peixes, parasitas, até culminar nos gordos mariscos. Nessa hora, não só a fauna mostra-se abundante, mas também os esclarecimentos sobre a miticultura.

O recheio vermelho ou branco, por exemplo, identifica o macho e a fêmea, respectivamente. O período de engorda leva cerca de cinco meses, mas a variação do mar entre calmo e bravo e da Lua ajuda a ter mexilhões maduros.

"É meio sinistro", simplifica Fernandes. Os tamanhos são variados, mas a grandeza não é proporcional à carne que pode ser encontrada ali dentro. "Se esperar dez meses, a casca é grande, e a carne, a mesma", diz. As cascas ainda são reaproveitadas numa fábrica local para a produção de cápsulas de remédio.

No município, um maricultor retira em média 15 toneladas de mexilhão por ano. Em 2002, Governador Celso Ramos recolheu 1.600 toneladas. Um tour por uma fazenda marinha deve ser feito pela manhã e leva uma hora. A maioria delas localiza-se em Gancho do Meio. Em Gancho de Fora, um dos pescadores que leva turistas é Ênio dos Santos (tel. 0/xx/48/262-0020), que faz o passeio por R$ 30 por pessoa.

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