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30/06/2003 - 04h57

Saint-Tropez se revela em mesa provençal

Do enviado especial da Folha de S.Paulo à Riviera

Quando o SeaDream 1 aporta em Saint-Tropez, uma espécie de Búzios da Riviera Francesa (ou seria o contrário?), o chef Anton Schraivogl e o sommelier Fabien Lambert capitaneiam um grupo de passageiros até o velho mercado de peixe, no centrinho velho.

No sábado e na terça-feira de manhã, acontece ali uma feira livre a todo vapor, na pracinha conhecida como place aux Herbes, onde estão estabelecidos um negociante de vinhos (Aloche Armel, dono do La Cave du Golfe) e duas vendas de queijos (Saint-Tropez e Épicerie du Marché).

Silvio Cioffi/Folha Imagem
O cais Jean Jaurès, no porto antigo de Saint-Tropez; cidade já foi vila de pescadores


O grupo acompanha o chef e o sommelier até o centro da feira, passando pela igreja colorida ao lado do porto ("Port de Pêche") e por dentro da peixaria, onde uma mesinha de piquenique é guarnecida de queijos de cabra e de vaca, canapés marinados de camarões e tomates secos, salames e amostras das mais diversas especialidades regionais.

O convescote é mediterrâneo e, antes disso, provençal.

Alho, azeite, vinhos rosados e brancos, tudo muito perfumado com ervas. Mesmo o pão local, chamado de "michette", é feito com óleo de olivas.

Ali perto, ao longo do pequeno porto, uma parafernália de barcos antigos e de iates modernos imensos disputam espaço.

Logo vêm à tona os nomes de visitantes famosos que estão em Saint-Tropez naquele dia: o ator norte-americano Ernest Borgnine, o piloto brasileiro Pedro Paulo Diniz e a modelo inglesa Naomi Campbell.

Lembranças célebres

Saint-Tropez é um ovo, mal cabe nas muralhas que guarnecem seu pequeno porto medieval, mas encerra um agito dos infernos.

As ruas são estreitas e, com ego inflado, há quem diga que Saint-Tropez foi bem mais chique quando era uma simples vila de pescadores. Há até quem se lembre de Brigitte Bardot cambaleando por ali -aliás, também se atribui à atriz francesa a "descoberta" de Búzios, nos anos 60.

BB frequentava "St-Trop" desde que esteve lá ao lado do diretor Roger Vadim, então seu marido, para filmar "E Deus Criou a Mulher" (1956).
Mais recente é a lembrança que se tem no local da princesa Diana, que se acabou de dançar numa discoteca, em agosto de 1997, dando o que falar.

Fogo no circo

No ano 68 d.C., um oficial do imperador romano Nero que se chamava Torpes foi decapitado ao converter-se ao cristianismo. Seu corpo foi levado ao local onde hoje fica Saint-Tropez, que de lá para cá virou sinônimo de hippie chique e até de calça de cintura bem abaixo do umbigo, moda reeditada recentemente em todo mundo, mas sem ter mantido o nome original.

O topless, quem diria, também já era moda em Saint-Tropez há mais de 30 anos.

Muito antes disso, a cidade já era habitada por pescadores, como mostra o museu Marítimo, (aberto das 19h às 17h) instalado na La Citadele, uma fortaleza do século 16.

Para quem gosta de pintura e de escultura, o museu Anunciada (aberto das 10h às 12h e das 14h às 18h) tem acervo com obras que abrangem o período 1890-1940.

Muito menos badalada é a coleção de marinhas expostas no próprio píer por artistas anônimos. Depois de um dia cheio, que começou com a degustação no meio da feira, regada a vinho rosê, é preciso ter cuidado para não se atracar com um deles.


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