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25/08/2003
-
04h35
da Folha de S.Paulo, em Pirenópolis (GO)
Uma cidade cujas águas já banharam a personagem hippie Cristal, interpretada por Sandy na novela "Estrela-Guia" (Globo, 2001), recebe visitantes com uma mistura de comida caseira e sossego com bares e aventura.
A vida de um visitante na pequena e provinciana Pirenópolis --localizada na serra dos Pireneus, entre Goiânia (a 117 km) e Brasília (a 150 km)-- segue o esquema bares e restaurantes antigos durante a noite.
De dia, sem nenhum estresse, divide-se o tempo entre trilhas e cachoeiras. Não é para menos, os locais juram que há mais de 20 delas espalhadas por ali.
Duas das mais conhecidas são a Bonsucesso, a 5 km da cidade, que reúne várias quedas-d'água, e a Araras, a 17 km de Pirenópolis.
Essa última ganhou fama por ter sediado as filmagens da novela da TV Globo em que Sandy "molhava seus pezinhos". O acesso a ela não é tão simples. Para chegar, é preciso pegar a rodovia que vai a Goianésia, trafegar por um pedaço de asfalto e outro de terra, com trechos precários. Quem quer se aventurar na água gelada encontra nela o local ideal. A queda-d'água não é tão grande, mas tem como base uma piscina natural convidativa. Muitas cachoeiras ficam em propriedades particulares e para ter acesso a elas tem que se pagar um ingresso que custa R$ 5, em média.
Se essa rua... se essa rua
Se as ruas da cidade fossem do turista, ele as deixava exatamente como são: feitas de pedras, difíceis de caminhar sem torcer o tornozelo, mas com o charme próprio de antigamente, combinando com a arquitetura colonial.
Aliás, aqui vai um conselho para as mocinhas: nem ocupem a mala com plataformas, muito menos sapatos de salto fino.
Nessas ruas pedregosas espalha-se uma culinária variada para uma cidade com cerca de 20 mil habitantes. A via principal dos bares agrega de cantinas italianas a locais que vendem peixe na telha. Cafés e crepes também disputam espaço e clientes entre as portinholas que oferecem o tradicional empadão goiano --uma verdadeira refeição.
Dependendo do local, é possível digerir um jantar à luz de velas e ao som da dupla MPB e violão.
Aos consumistas também não faltam lojinhas de artesanato. Nas barraquinhas de rua, acessórios como bolsas feitas de "fuxico" são oferecidos a preços acessíveis (cerca de R$ 25).
Assim como o artesanato, a hospedagem também é rústica, oferecida nas pousadas encontradas quase em cada esquina da cidade. No café da manhã caseiro são servidos pães, manteiga, biscoitos e geléias, tudo "feito pela vovó". O ideal é alimentar-se bem pela manhã, para aguentar as trilhas que dão acesso às cachoeiras --algumas nada fáceis para quem não tem preparo físico.
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ANDREA MIRAMONTESda Folha de S.Paulo, em Pirenópolis (GO)
Uma cidade cujas águas já banharam a personagem hippie Cristal, interpretada por Sandy na novela "Estrela-Guia" (Globo, 2001), recebe visitantes com uma mistura de comida caseira e sossego com bares e aventura.
A vida de um visitante na pequena e provinciana Pirenópolis --localizada na serra dos Pireneus, entre Goiânia (a 117 km) e Brasília (a 150 km)-- segue o esquema bares e restaurantes antigos durante a noite.
De dia, sem nenhum estresse, divide-se o tempo entre trilhas e cachoeiras. Não é para menos, os locais juram que há mais de 20 delas espalhadas por ali.
Duas das mais conhecidas são a Bonsucesso, a 5 km da cidade, que reúne várias quedas-d'água, e a Araras, a 17 km de Pirenópolis.
Essa última ganhou fama por ter sediado as filmagens da novela da TV Globo em que Sandy "molhava seus pezinhos". O acesso a ela não é tão simples. Para chegar, é preciso pegar a rodovia que vai a Goianésia, trafegar por um pedaço de asfalto e outro de terra, com trechos precários. Quem quer se aventurar na água gelada encontra nela o local ideal. A queda-d'água não é tão grande, mas tem como base uma piscina natural convidativa. Muitas cachoeiras ficam em propriedades particulares e para ter acesso a elas tem que se pagar um ingresso que custa R$ 5, em média.
Se essa rua... se essa rua
Se as ruas da cidade fossem do turista, ele as deixava exatamente como são: feitas de pedras, difíceis de caminhar sem torcer o tornozelo, mas com o charme próprio de antigamente, combinando com a arquitetura colonial.
Aliás, aqui vai um conselho para as mocinhas: nem ocupem a mala com plataformas, muito menos sapatos de salto fino.
Nessas ruas pedregosas espalha-se uma culinária variada para uma cidade com cerca de 20 mil habitantes. A via principal dos bares agrega de cantinas italianas a locais que vendem peixe na telha. Cafés e crepes também disputam espaço e clientes entre as portinholas que oferecem o tradicional empadão goiano --uma verdadeira refeição.
Dependendo do local, é possível digerir um jantar à luz de velas e ao som da dupla MPB e violão.
Aos consumistas também não faltam lojinhas de artesanato. Nas barraquinhas de rua, acessórios como bolsas feitas de "fuxico" são oferecidos a preços acessíveis (cerca de R$ 25).
Assim como o artesanato, a hospedagem também é rústica, oferecida nas pousadas encontradas quase em cada esquina da cidade. No café da manhã caseiro são servidos pães, manteiga, biscoitos e geléias, tudo "feito pela vovó". O ideal é alimentar-se bem pela manhã, para aguentar as trilhas que dão acesso às cachoeiras --algumas nada fáceis para quem não tem preparo físico.
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