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15/09/2003
-
08h26
O mais dinâmico local de exibições no entorno da praça 15, ao lado da igreja da Candelária, é sem dúvida o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Na rua 1º de Março, 66, o complexo tem três teatros, sala de cinema e vídeo, cinco salas de exposição e biblioteca e fica no prédio que hospedou a sede do banco (programe-se pelo tel. 0/xx/21/3808-2020 ou pelo site www.ccbb.com.br).
Na frente do CCBB, num quarteirão histórico revitalizado, fica a Casa França-Brasil, na rua Visconde de Itaboraí, 78, num prédio onde já funcionou a alfândega.
Já o Museu Nacional de Belas Artes, na av. Rio Branco, 199, abriga 20 mil peças e atrai pela pintura: exibe quadros de Frans Post, o holandês que, no século 17, retratou a paisagem brasileira.
Acepipes
Obras de arte também são as empadinhas da Confeitaria Colombo, na rua Gonçalves Dias, 32, salão de chá que remete à belle époque. De segunda a sexta, o restaurante Rio Minho, de 1884, na rua do Ouvidor, 10, é outro elo com o passado. Frequentado pelo barão do Rio Branco, o local homenageia o filólogo Antonio Houaiss, dando seu nome a uma singela peixadinha com alho e açafrão, que é de fechar o comércio.
O resto é história
Gaspar de Lemos descobriu o Rio no Ano Novo, em 1502. Achou que chegara à foz de um rio -daí o nome, Rio de Janeiro.
A cidade virou capital do Brasil em 1763, por decisão da corte portuguesa, que, afinal, mudou-se para o Rio em 1808, fugindo das tropas napoleônicas, quando d. João 6º veio com um carnaval de 10 mil cortesãos.
Copacabana virou bairro, em 1892, na abertura do túnel novo, que trouxe o bonde, e o Rio desandou a crescer. Instalado entre as montanhas e o mar, foi ocupado por prédios que, nos anos 50, 60 e 70, substituíram os casarões à beira-mar. Subiu os morros, instalado num emaranhado de casinhas que nunca param de crescer.
Quando JK mudou a capital para Brasília, em 1960, o Rio edificou a marchinha "dizem, é voz corrente, que em Goiás será a nova capital/ façam o que quiserem, mas não tirem o nosso Carnaval". Felizmente, o temor da canção nunca se confirmou.
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Centro velho do Rio dinamiza a cultura
do enviado especial da Folha de S.Paulo ao Rio de JaneiroO mais dinâmico local de exibições no entorno da praça 15, ao lado da igreja da Candelária, é sem dúvida o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). Na rua 1º de Março, 66, o complexo tem três teatros, sala de cinema e vídeo, cinco salas de exposição e biblioteca e fica no prédio que hospedou a sede do banco (programe-se pelo tel. 0/xx/21/3808-2020 ou pelo site www.ccbb.com.br).
Na frente do CCBB, num quarteirão histórico revitalizado, fica a Casa França-Brasil, na rua Visconde de Itaboraí, 78, num prédio onde já funcionou a alfândega.
Já o Museu Nacional de Belas Artes, na av. Rio Branco, 199, abriga 20 mil peças e atrai pela pintura: exibe quadros de Frans Post, o holandês que, no século 17, retratou a paisagem brasileira.
Acepipes
Obras de arte também são as empadinhas da Confeitaria Colombo, na rua Gonçalves Dias, 32, salão de chá que remete à belle époque. De segunda a sexta, o restaurante Rio Minho, de 1884, na rua do Ouvidor, 10, é outro elo com o passado. Frequentado pelo barão do Rio Branco, o local homenageia o filólogo Antonio Houaiss, dando seu nome a uma singela peixadinha com alho e açafrão, que é de fechar o comércio.
O resto é história
Gaspar de Lemos descobriu o Rio no Ano Novo, em 1502. Achou que chegara à foz de um rio -daí o nome, Rio de Janeiro.
A cidade virou capital do Brasil em 1763, por decisão da corte portuguesa, que, afinal, mudou-se para o Rio em 1808, fugindo das tropas napoleônicas, quando d. João 6º veio com um carnaval de 10 mil cortesãos.
Copacabana virou bairro, em 1892, na abertura do túnel novo, que trouxe o bonde, e o Rio desandou a crescer. Instalado entre as montanhas e o mar, foi ocupado por prédios que, nos anos 50, 60 e 70, substituíram os casarões à beira-mar. Subiu os morros, instalado num emaranhado de casinhas que nunca param de crescer.
Quando JK mudou a capital para Brasília, em 1960, o Rio edificou a marchinha "dizem, é voz corrente, que em Goiás será a nova capital/ façam o que quiserem, mas não tirem o nosso Carnaval". Felizmente, o temor da canção nunca se confirmou.
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