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17/12/2007 - 08h05

Saint-Emilion abriga mais de 900 vinícolas

FABIO MARRA
da Folha de S.Paulo, em Bordeaux

No roteiro dos melhores vinhos franceses, Saint-Emilion é parada obrigatória. Situada a apenas 35 quilômetros do centro de Bordeaux, a cidade conta com mais de 900 vinícolas. Dessas, 61 são classificadas como as melhores e oferecem vinhos da lista dos mais prestigiados do mundo (46 pertencem à classe dos Grands Crus e 15 são Premiers Grands Crus). Em geral, são vinhos produzidos em quantidade reservada.

Mas não é só pelo vinho que a cidade se destaca. Declarada patrimônio universal pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1999, Saint-Emilion guarda monumentos e vestígios da época romana, como uma igreja monolítica totalmente esculpida em rocha, catacumbas e a maior igreja subterrânea localizada na Europa, também esculpida em pedra durante o século 11.

Conta a história que o monge bretão Emilion foi quem batizou o povoado, no século 8º. Ele teria abandonado amigos e familiares para se refugiar nas florestas da região, após ter sofrido acusações como monge da ordem beneditina. Lá, construiu uma igreja e dedicou sua vida a auxiliar pobres e desamparados. A Emilion é atribuído o milagre de ter devolvido a visão a uma mulher cega.

Cidade de pedras

Circundada por plantações de uvas, Saint-Emilion foi construída na forma de um anfiteatro, na parte mais alta do solo calcário característico da região. Foi desse solo que saíram as pedras de cor ocre utilizadas na construção de grande parte da cidade.

A Ermitã é o monumento mais antigo da cidade, feito a partir de uma gruta natural que servia de refúgio para o monge Emilion. A igreja monolítica é esculpida em rocha calcária.

A cidade preserva também a Capela da Trindade, construída no século 13 em homenagem ao fundador da cidade. A capela tem importantes pinturas que podem ser decifradas com a ajuda de guias. Com agendamento, é possível garantir a visita com guias que explicam a arquitetura e as pinturas do local em inglês ou espanhol.

O passeio continua por entre catacumbas, ossários e galerias subterrâneas. Nas galerias, entretanto, nem tudo é exatamente tétrico. Vários quilômetros abrigam espaços para museus ou "bodegas", que armazenam barris de vinho e garrafas das melhores safras.

As encostas do vale da Dordaña, na região da Gironda, são abençoadas por uma harmoniosa combinação entre o clima e o solo, composto por fragmentos rochosos, areia, gravas (pequenas pedras) e barro. Diversidade ideal para a plantação das uvas merlot e cabernet, sendo a merlot a varietal predominante na região.

A maioria das vinícolas do território sob jurisdição de Saint-Emilion abre seus portões para saciar a curiosidade dos turistas. Algumas visitas precisam ser agendadas.

Normalmente, a recepção é feita pelos proprietários, que, orgulhosos e pacientes, conduzem os visitantes para dentro de seus castelos, ávidos para contar histórias de gerações que se empenharam na construção do império. Os donos ou funcionários mais antigos se encarregam também de mostrar todas as etapas da elaboração dos vinhos.

 

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