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19/01/2004
-
03h52
O Malba (Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires) foi inaugurado em setembro de 2001 no primeiro edifício projetado especialmente para abrigar um museu na Argentina e já faz parte do roteiro de qualquer pessoa que vai à cidade.
À parte o fato de ser depositário das obras de um dos maiores colecionadores de arte da América Latina, o museu chama a atenção dos brasileiros especialmente por conter entre seus quadros um dos maiores exemplares da nossa arte nacional: o "Abaporu", pintado por Tarsila do Amaral em 1928.
A obra foi adquirida num leilão em Nova York, em 1995, por US$ 1,35 milhão, pelo empresário e colecionador de arte argentino Eduardo Costantini.
Mas não é a única das grandes obras do financista, que se notabilizou pelos lances milionários em leilões de obras latino-americanas. Em sua coleção, aparecem também nomes célebres da arte contemporânea brasileira, como Lygia Clark, Franz Krajcberg, Hélio Oiticica, Abraham Palatnik, Nelson Leirner, Mira Schendel e mais outros.
Ou seja, num passeio descompromissado em Buenos Aires, é possível apreender um pouco da arte que foi produzida no Brasil no último século, indo do "Abaporu" aos "Trepantes", de Clark; da "Cena de Rua", de Di Cavalcanti, às sequências cinéticas de Palatnik; da "Festa de São João", de Candido Portinari, a alguns dos "Metaesquemas", de Oiticica.
Tampouco faltam grandes exemplares da arte moderna e contemporânea de outros países. Foi Costantini quem pagou o maior preço por uma obra de arte latino-americana em um leilão --por "Auto-Retrato com Macaco e Papagaio", da mexicana Frida Kahlo, que lhe custou US$ 3,2 milhões em 1996.
Mas a obra mais dispendiosa da coleção é do companheiro de Frida, Diego Rivera. Seu "Retrato de Ramón Gomez de la Serna" custou US$ 3,5 milhões. Também não desembolsou pouco por "A Manhã Verde", do cubano Wilfrido Lam: US$ 1,2 milhão, em 1998.
A obsessão/vício de Costantini pelos grandes da América Latina rendeu um museu dinâmico e didático. Nomes essenciais da arte da "latinoamérica" estão ali: Xul Solar, Joaquín Torres-García, Diego Rivera, Julio Le Parc, Juan Battle Planas.
É possível até se deparar, logo na entrada, com um "Penetrável", do venezuelano Jesús Soto, emprestado ao museu por outra grande colecionadora de arte latino-americana, a também venezuelana Patricia Cisneros.
Ao mesmo tempo, o Malba promove exposições de artistas argentinos em atividade, como Marta Ares, Leo Battistelli e Cristina Schiavi.
Malba - Av. Figueroa Alcorta, 3.415, tel. 0/xx/54/11/4808-6500, www.malba.org.ar; aberto de quinta a segunda e feriados das 12h às 20h; quartas até 21h; ingresso: 5 pesos (adultos), 2,50 pesos (professores e maiores de 65 anos), gratuito (estudantes e menores de 12 anos); entrada franca para todos às quartas.
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Malba inventaria arte latino-americana
da enviada especial da Folha de S.Paulo a Buenos AiresO Malba (Museu de Arte Latino-americana de Buenos Aires) foi inaugurado em setembro de 2001 no primeiro edifício projetado especialmente para abrigar um museu na Argentina e já faz parte do roteiro de qualquer pessoa que vai à cidade.
À parte o fato de ser depositário das obras de um dos maiores colecionadores de arte da América Latina, o museu chama a atenção dos brasileiros especialmente por conter entre seus quadros um dos maiores exemplares da nossa arte nacional: o "Abaporu", pintado por Tarsila do Amaral em 1928.
A obra foi adquirida num leilão em Nova York, em 1995, por US$ 1,35 milhão, pelo empresário e colecionador de arte argentino Eduardo Costantini.
Mas não é a única das grandes obras do financista, que se notabilizou pelos lances milionários em leilões de obras latino-americanas. Em sua coleção, aparecem também nomes célebres da arte contemporânea brasileira, como Lygia Clark, Franz Krajcberg, Hélio Oiticica, Abraham Palatnik, Nelson Leirner, Mira Schendel e mais outros.
Ou seja, num passeio descompromissado em Buenos Aires, é possível apreender um pouco da arte que foi produzida no Brasil no último século, indo do "Abaporu" aos "Trepantes", de Clark; da "Cena de Rua", de Di Cavalcanti, às sequências cinéticas de Palatnik; da "Festa de São João", de Candido Portinari, a alguns dos "Metaesquemas", de Oiticica.
Tampouco faltam grandes exemplares da arte moderna e contemporânea de outros países. Foi Costantini quem pagou o maior preço por uma obra de arte latino-americana em um leilão --por "Auto-Retrato com Macaco e Papagaio", da mexicana Frida Kahlo, que lhe custou US$ 3,2 milhões em 1996.
Mas a obra mais dispendiosa da coleção é do companheiro de Frida, Diego Rivera. Seu "Retrato de Ramón Gomez de la Serna" custou US$ 3,5 milhões. Também não desembolsou pouco por "A Manhã Verde", do cubano Wilfrido Lam: US$ 1,2 milhão, em 1998.
A obsessão/vício de Costantini pelos grandes da América Latina rendeu um museu dinâmico e didático. Nomes essenciais da arte da "latinoamérica" estão ali: Xul Solar, Joaquín Torres-García, Diego Rivera, Julio Le Parc, Juan Battle Planas.
É possível até se deparar, logo na entrada, com um "Penetrável", do venezuelano Jesús Soto, emprestado ao museu por outra grande colecionadora de arte latino-americana, a também venezuelana Patricia Cisneros.
Ao mesmo tempo, o Malba promove exposições de artistas argentinos em atividade, como Marta Ares, Leo Battistelli e Cristina Schiavi.
Malba - Av. Figueroa Alcorta, 3.415, tel. 0/xx/54/11/4808-6500, www.malba.org.ar; aberto de quinta a segunda e feriados das 12h às 20h; quartas até 21h; ingresso: 5 pesos (adultos), 2,50 pesos (professores e maiores de 65 anos), gratuito (estudantes e menores de 12 anos); entrada franca para todos às quartas.
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