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29/03/2004 - 02h50

Monumento equilibra linhas em 137 m

da Folha de S.Paulo, no Egito

Durante o Antigo Reino (3200-2134 a.C.), os faraós construíam as suas tumbas em forma de pirâmides, e as de Gizé são os melhores exemplos desse tipo de arquitetura. Mais tarde, elas foram substituídas por tumbas subterrâneas, mais escondidas e com menos chances de serem roubadas.

A maior delas, de Queóps, com 137 m de altura (antes eram 146 m), impressiona pelo tamanho mas também pela beleza e pelo equilíbrio de suas linhas. Pode-se dizer que ela atingiu a perfeição arquitetônica da forma piramidal.

A de Quéfren, com 136 m de altura, tem parte de sua cobertura original preservada, particularmente no cume.

No mesmo complexo, há a pirâmide de Miquerinos, bem menor e inacabada, e a Grande Esfinge, recentemente restaurada e um dos cartões-postais do Egito.

Perto de Gizé está Sakkara, uma outra área que durante milhares de anos foi utilizada para enterrar reis, nobres ou membros da classe dominante egípcia e onde está a primeira pirâmide do Egito faraônico cujo projeto e execução foram bem-sucedidos.

Diferentemente das de Queóps e Quéfren, a pirâmide de Sakkara (mais antiga) é feita de vários platôs, que vão diminuindo de área à medida que vão ficando mais altos, formando uma estrutura em degraus. Sakkara também tem diversas mastabas --tumbas subterrâneas-- cujas decorações nas paredes preservaram o relevo e as cores e mostram cenas e costumes de mais de 4.000 anos atrás.

Ao contrário de Gizé, Sakkara soube preservar a beleza de sua área e é um dos melhores lugares no Cairo para ver o contraste entre o deserto e a faixa verde e fértil que acompanha o rio Nilo.

Perto de Sakkara, fica Mênfis, a primeira capital do Egito unificado, fundada em 3100 a.C. Infelizmente, ao contrário de Luxor, capital do Novo Reino, pouco sobrou da sua grandeza.

Entretanto é um lugar calmo e gostoso de visitar e há um museu e um jardim com belas esculturas. A mais famosa peça é uma estátua colossal de pedra de Ramsés 2º (1290-1224 a.C.). Está em posição horizontal, numa área coberta, em volta da qual há uma passarela de onde se podem ver os detalhes da estátua de cima.

No jardim, há uma esfinge de alabastro que, embora muito menor que a de Gizé, é mais sofisticada e bonita. Há também uma outra estátua de Ramsés 2º, de pé.

Gizé, Sakkara e Mênfis ficam de 12 km a 30 km distantes do centro do Cairo, e o trânsito é pesado. É possível visitar os três locais num único dia, bem intenso.

O ideal, porém, é dormir uma noite no hotel Mena House Oberoi (www.oberoihotels.com), um palácio construído no século 19 pelo monarca egípcio para hospedá-lo durante as suas caçadas.

Das janelas dos quartos da ala antiga do Mena House Oberoi, é possível ver as pirâmides de Gizé de muito perto e elas ficam especialmente belas no início da noite, iluminadas por holofotes, e pouco antes do amanhecer, quando suas pedras brancas ficam rosadas.

Essa oportunidade única, no entanto, só está acessível para quem puder pagar uma diária de cerca de US$ 300. Garanta um quarto na ala antiga do hotel, com boa vista para as pirâmides. E só por uma noite, devido à distância das outras atrações no Cairo.

O ideal é chegar ao Mena House no final da tarde, curtir o pôr-do-sol, se for o caso, assistir ao show de luz e som nas pirâmides, jantar no restaurante indiano Moghul Room, acordar antes do amanhecer e visitar Gizé logo no início da manhã, a tempo de visitar a pirâmide de Queóps por dentro.

Apenas 300 pessoas são autorizadas a entrar na pirâmide a cada dia, e os ingressos, que começam a ser vendidos às 8h30, esgotam-se rapidamente. Então siga para Sakkara e Mênfis e volte, de tarde, para algum hotel no centro do Cairo.

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