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29/03/2004
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04h55
Na temporada de desfiles de alta-costura realizada em janeiro em Paris, o estilista britânico John Galliano, da maison Dior, mostrou roupas cheias de referências ao Egito Antigo.
Não é bobo Galliano: buscou inspiração numa ótima fonte. Os faraós desapareceram, mas a indumentária faraônica está intacta, nas tumbas da necrópole de Tebas, em Luxor.
Durante o Novo Reinado (1550-1070 a.C.), os faraós escavaram tumbas em montanhas de pedra na margem ocidental do Nilo (do lado em que o sol "morre"), onde estariam mais protegidas dos saqueadores.
Os dois principais complexos de túmulos estão no vale dos Reis, dedicado aos faraós, e no vale das Rainhas, onde eram enterrados seus filhos e mulheres.
As tumbas, em geral, são corredores que avançam dentro da rocha. Apesar da dificuldade de construção, a arquitetura dos túmulos é relativamente simples. O destaque fica para a decoração dos tetos e das paredes, com representações da mitologia egípcia e dos rituais de passagem de um mundo ao outro.
Apesar do esforço dos faraós de preservar sua última morada de invasores, as tumbas foram quase todas saqueadas. A única que foi descoberta intacta, em 1922, foi a de Tutancâmon, cujo conteúdo está exposto no Museu de Antigüidades Egípcio, do Cairo.
Mas os desenhos em alto e baixo-relevo que resistem em paredes e tetos lançam o visitante a um universo mágico, colorido, de corpos nus, vestidos esvoaçantes, jóias, sandálias e adereços de cabeça. Tudo muito original e alegre, numa prova da sofisticação a que chegou o Egito do tempo dos faraós.
Conhecer esse universo subterrâneo etéreo e irreal exige disposição, energia e tempo. Reserve um dia para ver três tumbas no vale dos Reis e três tumbas no das Rainhas. O bilhete de entrada para cada um dos vales permite a visita a três tumbas.
No vale dos Reis, visite as tumbas de Ramsés 4º e Ramsés 9º. Outras opções são as de Merneptah e Thutmose 3º. A de Tutancâmon exige um ingresso à parte, mais caro, devido à fama do faraó. Mas sua tumba não é das mais importantes.
Não deixe também de ver o vale das Rainhas, onde os desenhos são ainda mais bonitos. Três se destacam: dos príncipes Amun-her-Khepshef e Khaemwaset e da rainha Thyti.
A mais procurada, da rainha Nefertare, também exige um ingresso à parte, mas estava fechada no momento desta visita.
A necrópole de Tebas tem ainda mais dois complexos de tumbas: o vale dos Nobres e o vale dos Artesãos.
Essas tumbas diferem das dos faraós porque são decoradas com cenas do cotidiano --vida doméstica, agricultura-- e de fatos históricos --guerras etc. As dos faraós concentram-se na mitologia e na passagem da vida para a morte.
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Tumbas exigem energia e tempo
da Folha de S.Paulo, no EgitoNa temporada de desfiles de alta-costura realizada em janeiro em Paris, o estilista britânico John Galliano, da maison Dior, mostrou roupas cheias de referências ao Egito Antigo.
Não é bobo Galliano: buscou inspiração numa ótima fonte. Os faraós desapareceram, mas a indumentária faraônica está intacta, nas tumbas da necrópole de Tebas, em Luxor.
Durante o Novo Reinado (1550-1070 a.C.), os faraós escavaram tumbas em montanhas de pedra na margem ocidental do Nilo (do lado em que o sol "morre"), onde estariam mais protegidas dos saqueadores.
Os dois principais complexos de túmulos estão no vale dos Reis, dedicado aos faraós, e no vale das Rainhas, onde eram enterrados seus filhos e mulheres.
As tumbas, em geral, são corredores que avançam dentro da rocha. Apesar da dificuldade de construção, a arquitetura dos túmulos é relativamente simples. O destaque fica para a decoração dos tetos e das paredes, com representações da mitologia egípcia e dos rituais de passagem de um mundo ao outro.
Apesar do esforço dos faraós de preservar sua última morada de invasores, as tumbas foram quase todas saqueadas. A única que foi descoberta intacta, em 1922, foi a de Tutancâmon, cujo conteúdo está exposto no Museu de Antigüidades Egípcio, do Cairo.
Mas os desenhos em alto e baixo-relevo que resistem em paredes e tetos lançam o visitante a um universo mágico, colorido, de corpos nus, vestidos esvoaçantes, jóias, sandálias e adereços de cabeça. Tudo muito original e alegre, numa prova da sofisticação a que chegou o Egito do tempo dos faraós.
Conhecer esse universo subterrâneo etéreo e irreal exige disposição, energia e tempo. Reserve um dia para ver três tumbas no vale dos Reis e três tumbas no das Rainhas. O bilhete de entrada para cada um dos vales permite a visita a três tumbas.
No vale dos Reis, visite as tumbas de Ramsés 4º e Ramsés 9º. Outras opções são as de Merneptah e Thutmose 3º. A de Tutancâmon exige um ingresso à parte, mais caro, devido à fama do faraó. Mas sua tumba não é das mais importantes.
Não deixe também de ver o vale das Rainhas, onde os desenhos são ainda mais bonitos. Três se destacam: dos príncipes Amun-her-Khepshef e Khaemwaset e da rainha Thyti.
A mais procurada, da rainha Nefertare, também exige um ingresso à parte, mas estava fechada no momento desta visita.
A necrópole de Tebas tem ainda mais dois complexos de tumbas: o vale dos Nobres e o vale dos Artesãos.
Essas tumbas diferem das dos faraós porque são decoradas com cenas do cotidiano --vida doméstica, agricultura-- e de fatos históricos --guerras etc. As dos faraós concentram-se na mitologia e na passagem da vida para a morte.
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