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12/04/2004
-
06h41
da Folha de S.Paulo, em Alagoas
Não se fie na conversa de que todas as praias são iguais. Nos 230 km do litoral alagoano, a paisagem se diferencia de um canto para o outro, e a praia "muda de cara" ao sabor da maré. São 146 piscinas naturais, 58 lagoas, coqueiros, falésias (algumas coloridas), extensos arrecifes e manguezais.
Tarimbadas nos roteiros turísticos, as praias do Francês e do Gunga, ao sul de Maceió, e as de Paripueira, Sereia, Sonho Verde e Maragogi, ao norte, têm mais infra-estrutura para atender o turista. Mas são nas quebradas da AL-101, de sinalização precária, que se escondem praias surpreendentes, cujo acesso pode depender da disposição do motorista em pôr o carro na areia e passar por coqueirais ou canaviais. Guarde o nome de algumas delas: Coruripe, Peba, Carro Quebrado, Ilha da Croa, Tatuamunha, Xaréu.
Tanto em direção ao norte quanto ao sul de Maceió, uma viagem de carro não leva mais que duas horas. Ao sul, as estradas são mais bem sinalizadas, com placas indicando o nome das praias, embora isso não seja uma regra.
Rumo ao litoral norte, em direção a Maragogi, em 15 minutos de carro pula-se de um município para outro. Os povoados emendam-se uns aos outros. Passa-se de São Miguel dos Milagres a Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi, enveredando-se por povoados graciosos à beira de uma estrada batizada pelos nativos de Rota Ecológica e oficialmente conhecida por Costa dos Corais. A vantagem do litoral alagoano em relação aos vizinhos nordestinos são as águas calmas, protegidas pelos arrecifes, que fazem de algumas praias verdadeiros piscinões.
É possível desvendar essa costa a partir de Maceió, que também tem praias dignas de nota: Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara. Elas compõem um belo visual na agitada orla, forrada de quiosques que vendem tapioca (R$ 1,50) e de restaurantes especializados em frutos do mar ou "carne argentina". Mas contrasta com esse cenário uma incômoda sujeira na areia (plástico, papel, caco de vidro) e no calçadão. "A limpeza urbana é um dos problemas das capitais brasileiras", diz o diretor-geral do Jatiúca Resort, Frederico Melo.
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Praias alagoanas mudam ao sabor da maré
MARGARETE MAGALHÃESda Folha de S.Paulo, em Alagoas
Não se fie na conversa de que todas as praias são iguais. Nos 230 km do litoral alagoano, a paisagem se diferencia de um canto para o outro, e a praia "muda de cara" ao sabor da maré. São 146 piscinas naturais, 58 lagoas, coqueiros, falésias (algumas coloridas), extensos arrecifes e manguezais.
Tarimbadas nos roteiros turísticos, as praias do Francês e do Gunga, ao sul de Maceió, e as de Paripueira, Sereia, Sonho Verde e Maragogi, ao norte, têm mais infra-estrutura para atender o turista. Mas são nas quebradas da AL-101, de sinalização precária, que se escondem praias surpreendentes, cujo acesso pode depender da disposição do motorista em pôr o carro na areia e passar por coqueirais ou canaviais. Guarde o nome de algumas delas: Coruripe, Peba, Carro Quebrado, Ilha da Croa, Tatuamunha, Xaréu.
Tanto em direção ao norte quanto ao sul de Maceió, uma viagem de carro não leva mais que duas horas. Ao sul, as estradas são mais bem sinalizadas, com placas indicando o nome das praias, embora isso não seja uma regra.
Rumo ao litoral norte, em direção a Maragogi, em 15 minutos de carro pula-se de um município para outro. Os povoados emendam-se uns aos outros. Passa-se de São Miguel dos Milagres a Porto de Pedras, Japaratinga e Maragogi, enveredando-se por povoados graciosos à beira de uma estrada batizada pelos nativos de Rota Ecológica e oficialmente conhecida por Costa dos Corais. A vantagem do litoral alagoano em relação aos vizinhos nordestinos são as águas calmas, protegidas pelos arrecifes, que fazem de algumas praias verdadeiros piscinões.
É possível desvendar essa costa a partir de Maceió, que também tem praias dignas de nota: Jatiúca, Ponta Verde e Pajuçara. Elas compõem um belo visual na agitada orla, forrada de quiosques que vendem tapioca (R$ 1,50) e de restaurantes especializados em frutos do mar ou "carne argentina". Mas contrasta com esse cenário uma incômoda sujeira na areia (plástico, papel, caco de vidro) e no calçadão. "A limpeza urbana é um dos problemas das capitais brasileiras", diz o diretor-geral do Jatiúca Resort, Frederico Melo.
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