Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/04/2004 - 04h23

Padre Anchieta apadrinha artes cênicas do país

do enviado especial da Folha de S.Paulo ao Espírito Santo

O espanhol Joseph de Anchieta nasceu nas ilhas Canárias em 1534. Aos 14 anos, a pedido do pai, foi estudar em Coimbra, Portugal, onde cursou filosofia, dialética e se aperfeiçoou em latim. Três anos depois, ingressou na Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola, e ajudava na celebração de missas.

Quando tinha 19 anos, Anchieta foi enviado ao Brasil com outros padres que se opunham à contra-reforma religiosa na Europa e defendiam a idéia de catequizar habitantes de novas terras. Ele desembarcou em Salvador (BA) no ano de 1553.

Não demorou muito a se familiarizar com palavras do abanheenga, língua geral dos índios tupis e guaranis. Aprendeu seus idiomas, costumes, lendas e consagrou o termo "tupi" para designar a raiz comum entre os idiomas indígenas brasileiros.

O jesuíta conquistou a confiança dos silvícolas cuidando dos doentes, escrevendo poesias e dando conselhos para eles. Utilizava recursos teatrais para facilitar a evangelização, por isso é considerado o patrono das artes cênicas nacional.

De Salvador rumou para várias partes do país e foi fundador de diversas cidades, entre elas a Vila Velha de São Vicente, hoje São Paulo, Niterói, no Rio de Janeiro, Guarapari, São Mateus e a pequena Rerigtiba, hoje chamada Anchieta, no Espírito Santo, cidade que escolheu para passar os últimos anos de sua vida.

Apesar da aparência franzina, os índios chamavam o padre de "abará-bebe", que significa "padre voador" ou "caraibebe", que quer dizer "homem de asas". Os dois nomes indígenas estavam relacionados ao hábito de Anchieta de fazer longas caminhadas.

Padre Anchieta morreu em 1567 na cidade que hoje tem seu nome. O cortejo até Vitória foi acompanhado por mais de 3.000 índios. Seu corpo foi sepultado no colégio São Thiago, hoje palácio Anchieta, sede do governo capixaba. Anos depois, diversas cidades reivindicaram o direito de guardar o corpo do padre, e, em uma das viagens, a embarcação que levava os restos mortais dele para a capitania de Salvador naufragou e nunca foi encontrada.

Padre Anchieta foi beatificado pelo papa João Paulo 2º em 22 de junho de 1980, na Basílica de São Pedro.


Leia mais
  • Aeroporto apertado oculta belezas naturais de Vitória
  • Ilha foi descoberta no Dia de Santo Antônio
  • Mãos moldam mesmas panelas há séculos
  • Fábrica cospe chocolate por máquinas
  • Festa da Penha em Vila Velha acaba hoje após oito dias
  • Em Vila Velha, miniatura de trem anda por 101 m de trilhos
  • História do Espírito Santo iniciou em Vila Velha
  • Anchieta inspira caminhada de 105 km
  • Jesuíta escolheu a cidade para viver seus últimos anos
  • Pacotes para o Espírito Santo
  • "Moqueca é capixaba, o resto é peixada", dizem os nativos

    Especial
  • Veja galeria de fotos do Espírito Santo

  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade