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10/06/2008 - 09h07

Na ausência de mar, Belo Horizonte vai ao bar

CRISTINA MORENO DE CASTRO
Colaboração para a Folha de São Paulo

O guia turístico de Belo Horizonte destaca a bela praça da Liberdade, os jacus e os esquilos do parque das Mangabeiras e a lagoa da Pampulha. Também cita o complexo arquitetônico de Oscar Niemeyer, com a igreja São Francisco de Assis, a Casa do Baile, o Museu de Arte e o Iate Tênis Clube.

Mas o que os turistas vão perceber de mais peculiar na capital mineira é a quantidade de botecos em cada quarteirão, que lhe rendeu a fama de "capital nacional dos bares".

Diz a lenda que a relação de bares por habitante é a maior do país. Os organizadores do festival Comida di Buteco estimam que a cidade abrigue cerca de 10 mil bares, enquanto a população, segundo o site da prefeitura, é de quase 2,5 milhões.

Divulgação
Vista da Casa do Baile, no Conjunto Arquitetônico da Pampulha; além de pontos tradicionais, BH tem bares como locais turísticos
Vista da Casa do Baile, no Conjunto Arquitetônico da Pampulha; além de pontos tradicionais, BH tem bares como locais turísticos

Quem passa pela avenida Prudente de Morais, na zona sul, pode fazer uma peregrinação por botecos típicos da região: sem grandes atrativos, com mesas de plástico na calçada, cerveja gelada e várias opções de espetinhos e porções.

A Prudente é divisora de dois bairros: Santo Antônio e Cidade Jardim. No primeiro, há dezenas de botequins tradicionais. O mesmo estilo é encontrado no Santa Efigênia e no Caiçara, zonas leste e noroeste, respectivamente.

Perto dos morros do Santo Antônio está o bairro de Lourdes, que tem alguns bares e restaurantes condizentes com um dos metros quadrados mais caros da cidade. Ao lado fica a Savassi, região outrora boêmia da cidade. É onde os cafés vingam --e, mesmo ali, o chope parece ser mais vendido que o café.

Descendo para o sul, chegamos a bairros que já foram tranqüilos e hoje têm constante congestionamento nas noites de sexta: Carmo, Cruzeiro, Anchieta e Sion. Neles, alguns bares são um pouco mais caros.

Também são muitos os bares com música ao vivo. As bandas cover de roqueiros dos anos 70 estão na moda agora, com shows a partir de meia-noite. Várias outras casas recebem grupos de chorinho.

Na Pampulha há grandes bares-restaurantes. Tem bar no Santa Tereza, zona leste, onde é lei comer macarrão no fim da madrugada. Tem boteco no meio do mato, onde dá pra tomar cerveja em casa na árvore, enrolado em cobertor, ou ouvir blues em volta da fogueira.

Tem bar no São Pedro, onde dá para ganhar dez caixas de cerveja long neck numa noite, respondendo a perguntas de conhecimento geral. Tem bar da zona norte com cerveja a R$ 1, tem um na zona oeste com um pé de goiaba entre as mesas, tem na garagem das casas, no quintal. A lógica de muitos moradores virou nome de comunidade do Orkut, com mais de 230 mil membros: "Se não tem mar, vamos pro bar".

 

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