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03/05/2004
-
03h43
A última grande expedição que tocou Punta Arenas foi a do navio inglês Endurance, de sir Ernest Shackleton. A expedição foi um fracasso, mas transformou-se numa grande epopéia de sobrevivência e num exemplo de espírito de equipe e companheirismo.
O plano de Shackleton era conseguir a travessia a pé do continente antártico. Em 1914, a Primeira Guerra Mundial estava às portas e ainda era quente a notícia da morte de seu colega e compatriota Robert Scott na corrida contra o norueguês Roal Amudsen pela conquista do pólo Sul.
A 200 km da costa antártica, o Endurance ficou aprisionado no gelo e foi abandonado. Após passar alguns meses à deriva nas banquisas, a tripulação conseguiu aproar na ilha do Elefante, deserta e coberta de gelo, pouco acima da península antártica. De lá, Sha ckleton e mais cinco homens zarparam num barco de cinco metros. Por 16 dias enfrentaram furacões e ondas de até 25 metros, mas chegaram à ilha Geórgia do Sul, onde finalmente encontraram uma estação baleeira.
Recuperadas as forças e com base em Punta Arenas, Shackleton tinha um só pensamento: resgatar os companheiros. Organizou como pôde duas expedições para alcançar a ilha do Elefante e as duas falharam: em plena guerra mundial, não era fácil achar embarcações e tripulação aptas a enfrentar o gelo e o tempo tempestuoso.
Decepcionado com o desinteresse do governo inglês, Shackleton não desistiu e buscou o apoio do Chile, que lhe emprestou o Yelcho, um pequeno rebocador de aço. Com ele, chegou à ilha e encontrou os companheiros. "Consegui", escreveu de Punta Arenas à sua mulher. "Maldito seja o almirantado. Não perdi nenhum homem, e atravessamos o inferno."
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do enviado especial da Folha de S.Paulo à PatagôniaA última grande expedição que tocou Punta Arenas foi a do navio inglês Endurance, de sir Ernest Shackleton. A expedição foi um fracasso, mas transformou-se numa grande epopéia de sobrevivência e num exemplo de espírito de equipe e companheirismo.
O plano de Shackleton era conseguir a travessia a pé do continente antártico. Em 1914, a Primeira Guerra Mundial estava às portas e ainda era quente a notícia da morte de seu colega e compatriota Robert Scott na corrida contra o norueguês Roal Amudsen pela conquista do pólo Sul.
A 200 km da costa antártica, o Endurance ficou aprisionado no gelo e foi abandonado. Após passar alguns meses à deriva nas banquisas, a tripulação conseguiu aproar na ilha do Elefante, deserta e coberta de gelo, pouco acima da península antártica. De lá, Sha ckleton e mais cinco homens zarparam num barco de cinco metros. Por 16 dias enfrentaram furacões e ondas de até 25 metros, mas chegaram à ilha Geórgia do Sul, onde finalmente encontraram uma estação baleeira.
Recuperadas as forças e com base em Punta Arenas, Shackleton tinha um só pensamento: resgatar os companheiros. Organizou como pôde duas expedições para alcançar a ilha do Elefante e as duas falharam: em plena guerra mundial, não era fácil achar embarcações e tripulação aptas a enfrentar o gelo e o tempo tempestuoso.
Decepcionado com o desinteresse do governo inglês, Shackleton não desistiu e buscou o apoio do Chile, que lhe emprestou o Yelcho, um pequeno rebocador de aço. Com ele, chegou à ilha e encontrou os companheiros. "Consegui", escreveu de Punta Arenas à sua mulher. "Maldito seja o almirantado. Não perdi nenhum homem, e atravessamos o inferno."
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