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17/05/2004
-
04h57
da Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Para fugir do movimentado sobe-e-desce da calle Florida ou experimentar o lado mais vanguardista de Buenos Aires, que não está na elegante Recoleta, experimente ter uma "buena onda" no bairro de Palermo Viejo, que alguns chamam de Palermo SoHo ou ainda Palermo Hollywood.
Além de ser superarborizado e ter uma arquitetura particular, com casas dos anos 1930 e 1940, Palermo Viejo é o centro da moda e da decoração mais divertidas e criativas e dos restaurantes mais descolados da cidade. Um lugar para ir e voltar várias vezes.
O bairro começou a se tornar moderninho há cerca de quatro anos, e os verdadeiros precursores do boom de Palermo Viejo foram os artesãos, que vendiam seus trabalhos na feira artesanal.
"Quem transformou isso num circuito de compras e turístico foram os jovens que não tinham dinheiro para vender produtos em lojas", diz María José Wuillie-Bille, "personal shopper" do chique hotel Alvear, o mais tradicional da capital portenha.
A tal feira acontece aos sábados e domingos na plaza Cortázar --o coração do bairro nos finais de semana, que fica lotado não só de turistas mas principalmente de portenhos. Além da feira na praça, os bares em volta dela funcionam nesses dias também como um mercadão de roupas.
O bairro é bastante eclético. Sem dinheiro para abrir lojas em Palermo Viejo, que se tornou um lugar caro, os novos estilistas se espremem e instalam suas araras umas ao lado das outras na Feria Urbana (www.feriaurbana.com.ar), dentro do bar Brujas, e expõem roupas femininas, masculinas e infantis, bijuterias, acessórios e peças artesanais, com preço médio de 25 pesos.
A feira convive com várias lojas de grife, como Trosman, Jazmín Chebar, Uma, Mishka (veja abaixo endereços com comentários de Wuillie-Bille), concentradas nas ruas El Salvador, Honduras, Armenia, Uriarte e J. L. Borges.
Outras lojas de marca procuram um endereço nas vizinhanças e reformam as charmosas casas PH (pronuncia-se "pê átche"), iniciais para propriedade horizontal, mais popularmente chamadas de casas "chorizo", que se parecem mesmo com uma lingüiça: têm poucos metros de frente e muitos de fundo.
Como uma coisa puxa a outra, a moda abriu espaço para bons restaurantes, que, por sua vez, dividem seu espaço interno para livrarias, sessões de filme e exposições. É o caso do Un Gallo para Esculapio, que no primeiro piso comporta livraria e auditório.
Os bares, os restaurantes e os cafés do bairro espalham sofás e cadeiras nas calçadas, que têm freqüentadores diurnos e noturnos. Aproveite os descontos dos restaurantes no almoço com o "menu do dia".
Feria Urbana - J.L.Borges, 1.640. Sábados e domingos, das 13h30 às 19h45.
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MARGARETE MAGALHÃESda Folha de S.Paulo, em Buenos Aires
Para fugir do movimentado sobe-e-desce da calle Florida ou experimentar o lado mais vanguardista de Buenos Aires, que não está na elegante Recoleta, experimente ter uma "buena onda" no bairro de Palermo Viejo, que alguns chamam de Palermo SoHo ou ainda Palermo Hollywood.
Além de ser superarborizado e ter uma arquitetura particular, com casas dos anos 1930 e 1940, Palermo Viejo é o centro da moda e da decoração mais divertidas e criativas e dos restaurantes mais descolados da cidade. Um lugar para ir e voltar várias vezes.
O bairro começou a se tornar moderninho há cerca de quatro anos, e os verdadeiros precursores do boom de Palermo Viejo foram os artesãos, que vendiam seus trabalhos na feira artesanal.
"Quem transformou isso num circuito de compras e turístico foram os jovens que não tinham dinheiro para vender produtos em lojas", diz María José Wuillie-Bille, "personal shopper" do chique hotel Alvear, o mais tradicional da capital portenha.
A tal feira acontece aos sábados e domingos na plaza Cortázar --o coração do bairro nos finais de semana, que fica lotado não só de turistas mas principalmente de portenhos. Além da feira na praça, os bares em volta dela funcionam nesses dias também como um mercadão de roupas.
O bairro é bastante eclético. Sem dinheiro para abrir lojas em Palermo Viejo, que se tornou um lugar caro, os novos estilistas se espremem e instalam suas araras umas ao lado das outras na Feria Urbana (www.feriaurbana.com.ar), dentro do bar Brujas, e expõem roupas femininas, masculinas e infantis, bijuterias, acessórios e peças artesanais, com preço médio de 25 pesos.
A feira convive com várias lojas de grife, como Trosman, Jazmín Chebar, Uma, Mishka (veja abaixo endereços com comentários de Wuillie-Bille), concentradas nas ruas El Salvador, Honduras, Armenia, Uriarte e J. L. Borges.
Outras lojas de marca procuram um endereço nas vizinhanças e reformam as charmosas casas PH (pronuncia-se "pê átche"), iniciais para propriedade horizontal, mais popularmente chamadas de casas "chorizo", que se parecem mesmo com uma lingüiça: têm poucos metros de frente e muitos de fundo.
Como uma coisa puxa a outra, a moda abriu espaço para bons restaurantes, que, por sua vez, dividem seu espaço interno para livrarias, sessões de filme e exposições. É o caso do Un Gallo para Esculapio, que no primeiro piso comporta livraria e auditório.
Os bares, os restaurantes e os cafés do bairro espalham sofás e cadeiras nas calçadas, que têm freqüentadores diurnos e noturnos. Aproveite os descontos dos restaurantes no almoço com o "menu do dia".
Feria Urbana - J.L.Borges, 1.640. Sábados e domingos, das 13h30 às 19h45.
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