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17/05/2004 - 05h36

Curitiba: Capital "ecológica" chega aos 30 parques

do enviado especial da Folha de S.Paulo a Curitiba

Curitiba chegou às três dezenas de parques, atrativos turísticos seus dos mais repisados. Foi inaugurado no dia 29 de março deste ano, data em que a cidade comemorou os 311 anos de sua fundação, o parque Atuba, no bairro homônimo que se localiza na divisa com o município de Colombo, na região metropolitana.

Com 173 mil metros quadrados de área, o lugar está dotado de ciclovia, quadras, lago, equipamentos de ginástica, churrasqueiras, cascata e mata nativa. Nele, está sendo implantado o projeto temático Vila da Madeira, que consiste na restauração e no transplante para o local de antigas casas construídas com o material. Já foi deslocada uma edificação de 1947. Mais imóveis devem ser movidos nos próximos meses.

A criação do Atuba serve para encorpar a imagem pública que a capital paranaense tenta fazer de si: verde, ecológica, com boa qualidade de vida. Os poetas árcades, se fossem nossos contemporâneos, não precisariam apelar para a fuga da urbe em busca da natureza bucólica: ela seria encontrada dentro dos limites urbanos.

Baliza o surgimento dessa "vocação" para nutrir lugares amenos o Passeio Público, de 1886, primeiro da cidade, na região central. Nele, há lagos com pedalinhos, um restaurante e viveiros de aves e macacos. O seu curioso portal foi inspirado no Cemitério de Cães parisiense.

Para percorrer os demais parques, mais espalhados e algo afastados do centro, é recomendável alugar um carro ou embarcar na linha turística da prefeitura.

Natureza "fabricada"

Foi a partir dos anos 1990 que Curitiba começou a traçar com mais vigor a sua face "ecológica", realizando o reflorestamento de pedreiras desativadas ou de fundos de vale inaproveitáveis para expansões urbanísticas.

De 1991 é o famoso Jardim Botânico, com a sua estufa metálica que se tornou um dos símbolos da cidade. Um ano depois, após 75 dias de construção, inaugurou-se no parque das Pedreiras, que contém o Espaço Cultural Paulo Leminski, a Ópera de Arame, edifício formado por estruturas tubulares e dotado de um teto transparente. É destinado a espetáculos. Tradicionalmente, é palco da abertura do Festival de Teatro de Curitiba.

Entre 1994 e 1996, estabeleceu-se o Tanguá, numa área que seria destinada ao lixo da construção civil. A visão que se tem do mirante vale a visita.

Criada em 1991 e inaugurada pelo oceanógrafo francês Jacques Cousteau (1910-97) em 92, a Unilivre (Universidade Livre do Meio Ambiente) é um centro de estudos aberto à população que, sediado num prédio rústico e integrado à paisagem, se situa no bosque Zaninelli. Do topo do edifício, há a vista de um lago com o formato do Estado do Paraná.

Um dos "pretextos" para a criação de pontos turísticos são as homenagens aos povos imigrantes que povoaram Curitiba ao longo da história. Há várias lembranças: o memorial Ucraniano, o memorial Árabe, o bosque Portugal, a praça do Japão, o bosque do Papa, o bosque Alemão.

Os alemães começaram a se estabelecer em Curitiba em 1833. No bosque que os enaltece, surgido em 1996, posta-se o Oratório Bach, réplica de uma igreja que abriga audições musicais. Há também a famosa trilha de João e Maria, inspirada no conto dos irmãos Grimm. Em pontos esparsos do caminho, existem painéis que narram as atribulações vividas pelos personagens. O passeio costuma deleitar as crianças. Da torre dos Filósofos, que evoca, entre outros, Nietzsche e Kant, mira-se o horizonte.

Um bom jeito de observar o verde que recobre Curitiba é apreciar a vista de 360 graus oferecida pelo mirante envidraçado da Torre Panorâmica BrasilTelecom, inaugurada em 1991. Com 109,5 metros de altura, ela guarda um relevo de Poty Lazzarotto e apresenta no térreo uma exposição temática sobre a telefonia. A entrada custa R$ 3. Mais informações podem ser obtidas pelo tel. 0/xx/41/339-7613.

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