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20/06/2004
-
13h25
da Revista da Folha
Um pico nevado de 4.500 m de altura, um par de esquis nos pés, um helicóptero vermelho, muita destreza e adrenalina. É o que você precisa para experimentar o "heliski", o desejo último dos praticantes de esportes de neve.
"Ser depositado no cume de um pico a 4.000 ou 5.000 metros de altitude, só você, sua prancha e dois ou três amigos, ver o helicóptero decolar e ouvir o silêncio absoluto da montanha, misturar a paz completa com a adrenalina da descida iminente... Isso tudo é algo difícil de comparar com outras sensações que o ser humano consegue atingir nesta dimensão", diz o snowboarder Paulo Lima, editor da revista "Trip". Lima costuma praticar helisnowboard em Valle Nevado, uma das principais estações de esqui da América do Sul, a 60 km a leste de Santiago.
A base da estação, onde ficam os hotéis e de onde partem os teleféricos que dão acesso às pistas, está situada a 3.000 m de altura. Mas, com o potente helicóptero vermelho, os helisquiadores sobem a 4.500 m, altitude raramente atingida na maioria das estações de esqui do mundo.
Deslizar sobre encostas muito inclinadas e pouco exploradas, riscar a neve fofa não maculada por hordas de esquiadores menos experientes, explorar a técnica do esqui ou do snowboard numa situação limite em que não se pode errar, tudo isso faz parte da emoção do heliski.
O esporte exige um domínio bastante elevado do esqui e uma boa familiaridade com o equipamento e as técnicas do esporte. Também é preciso estar em boa condição física, devido aos efeitos da altitude, à dificuldade da descida e à extensão do percurso.
O Valle Nevado criou três pacotes para helisquiadores: três noites de hospedagem, com um dia de heliski (fim de semana); quatro noites, com dois dias de heliski; e sete noites, com quatro dias de heliski. Os preços variam de acordo com o período, o número de pessoas, o hotel e o quarto. Informações podem ser obtidas no site www.vallenevado.com.
Para quem ainda não tem habilidade para embarcar nessa aventura, há em Valle Nevado boa oferta de pistas de diferentes níveis de dificuldade e alguns circuitos fora de pista, que, no entanto, só devem ser experimentados com um guia da estação.
Uma última dica: esquiar pode parecer fácil, mas não é. "É preciso uma atitude de coragem, mas com consistência", diz o instrutor Gastón Ortiz. "Mesmo os mais poderosos lá embaixo, aqui mostram suas fraquezas e medos."
Portanto, se sua intenção é esquiar bem e, um dia, ser capaz de se arriscar no helicóptero vermelho, comece com aulas coletivas e depois, se possível, individuais. Aproveite que a neve já voltou a cair nos Andes!
Onde fica
A estação de esqui a 60 km a leste de Santiago, a 3.000 m de altitude, na Cordilheira dos Andes
Melhor época
Os melhores meses são julho e agosto. A altíssima temporada fica entre a segunda quinzena de julho e a primeira quinzena de agosto
Câmbio
US$ 1 equivale a 638,72 pesos chilenos
O que levar
Roupas quentes, confortáveis e práticas, óculos de sol, creme hidratante e bloqueador solar. Não deixe de ligar o vaporizador no quarto durante a noite
Não perca
As pistas Tres Puntas e Valle del Inca, bem mais vazias e muito bonitas. Levante cedo para apreciar o visual do amanhecer. Não deixe de beber um bom vinho chileno no jantar
Fuja
Evite a piscina aquecida ao ar livre no final da tarde (parece um "sopão") e corra do fondue de carnes no restaurante suíço (puro óleo)
Quem leva
- Agaxtur Turismo (tel. 3067-0900). A partir de U$ 1.887. Inclui parte aérea, traslados, sete noites em apto. duplo com pensão completa, ski-lifts, aulas coletivas de ski ou snowboard e seguro-viagem.
- Nascimento Turismo (tel. 3156-9944). A partir de US$ 1.827. Inclui parte aérea, traslados, sete noites em apto. duplo com café da manhã, almoço e jantar (sem bebidas), uso ilimitado dos meios de elevação, traslados e seguro-viagem.
- Xtravel (tel. 3078-8422). A partir de US$ 2.206. Inclui parte aérea, traslados, sete noites em apto. duplo com pensão completa, meios de elevação, seguro-viagem e cinco dias de aulas coletivas de duas horas.
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"Heliski" é sensação de esporte na neve no Valle Nevado
OTÁVIO DIASda Revista da Folha
Um pico nevado de 4.500 m de altura, um par de esquis nos pés, um helicóptero vermelho, muita destreza e adrenalina. É o que você precisa para experimentar o "heliski", o desejo último dos praticantes de esportes de neve.
"Ser depositado no cume de um pico a 4.000 ou 5.000 metros de altitude, só você, sua prancha e dois ou três amigos, ver o helicóptero decolar e ouvir o silêncio absoluto da montanha, misturar a paz completa com a adrenalina da descida iminente... Isso tudo é algo difícil de comparar com outras sensações que o ser humano consegue atingir nesta dimensão", diz o snowboarder Paulo Lima, editor da revista "Trip". Lima costuma praticar helisnowboard em Valle Nevado, uma das principais estações de esqui da América do Sul, a 60 km a leste de Santiago.
A base da estação, onde ficam os hotéis e de onde partem os teleféricos que dão acesso às pistas, está situada a 3.000 m de altura. Mas, com o potente helicóptero vermelho, os helisquiadores sobem a 4.500 m, altitude raramente atingida na maioria das estações de esqui do mundo.
Deslizar sobre encostas muito inclinadas e pouco exploradas, riscar a neve fofa não maculada por hordas de esquiadores menos experientes, explorar a técnica do esqui ou do snowboard numa situação limite em que não se pode errar, tudo isso faz parte da emoção do heliski.
O esporte exige um domínio bastante elevado do esqui e uma boa familiaridade com o equipamento e as técnicas do esporte. Também é preciso estar em boa condição física, devido aos efeitos da altitude, à dificuldade da descida e à extensão do percurso.
O Valle Nevado criou três pacotes para helisquiadores: três noites de hospedagem, com um dia de heliski (fim de semana); quatro noites, com dois dias de heliski; e sete noites, com quatro dias de heliski. Os preços variam de acordo com o período, o número de pessoas, o hotel e o quarto. Informações podem ser obtidas no site www.vallenevado.com.
Para quem ainda não tem habilidade para embarcar nessa aventura, há em Valle Nevado boa oferta de pistas de diferentes níveis de dificuldade e alguns circuitos fora de pista, que, no entanto, só devem ser experimentados com um guia da estação.
Uma última dica: esquiar pode parecer fácil, mas não é. "É preciso uma atitude de coragem, mas com consistência", diz o instrutor Gastón Ortiz. "Mesmo os mais poderosos lá embaixo, aqui mostram suas fraquezas e medos."
Portanto, se sua intenção é esquiar bem e, um dia, ser capaz de se arriscar no helicóptero vermelho, comece com aulas coletivas e depois, se possível, individuais. Aproveite que a neve já voltou a cair nos Andes!
Onde fica
A estação de esqui a 60 km a leste de Santiago, a 3.000 m de altitude, na Cordilheira dos Andes
Melhor época
Os melhores meses são julho e agosto. A altíssima temporada fica entre a segunda quinzena de julho e a primeira quinzena de agosto
Câmbio
US$ 1 equivale a 638,72 pesos chilenos
O que levar
Roupas quentes, confortáveis e práticas, óculos de sol, creme hidratante e bloqueador solar. Não deixe de ligar o vaporizador no quarto durante a noite
Não perca
As pistas Tres Puntas e Valle del Inca, bem mais vazias e muito bonitas. Levante cedo para apreciar o visual do amanhecer. Não deixe de beber um bom vinho chileno no jantar
Fuja
Evite a piscina aquecida ao ar livre no final da tarde (parece um "sopão") e corra do fondue de carnes no restaurante suíço (puro óleo)
Quem leva
- Agaxtur Turismo (tel. 3067-0900). A partir de U$ 1.887. Inclui parte aérea, traslados, sete noites em apto. duplo com pensão completa, ski-lifts, aulas coletivas de ski ou snowboard e seguro-viagem.
- Nascimento Turismo (tel. 3156-9944). A partir de US$ 1.827. Inclui parte aérea, traslados, sete noites em apto. duplo com café da manhã, almoço e jantar (sem bebidas), uso ilimitado dos meios de elevação, traslados e seguro-viagem.
- Xtravel (tel. 3078-8422). A partir de US$ 2.206. Inclui parte aérea, traslados, sete noites em apto. duplo com pensão completa, meios de elevação, seguro-viagem e cinco dias de aulas coletivas de duas horas.
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