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30/08/2004
-
07h03
free-lance para a Folha de S.Paulo, na África
Quinze dias vividos intensamente do nascer ao pôr-do-sol. À noite, nenhuma luz de cidade ofusca o céu cheio de estrelas. O frio cortante da manhã de inverno cede, enfim, ao calor do meio-dia. Na desértica Namíbia, cores e texturas aguçam a visão. Em Botsuana, a mistura de pântano, savana e selva esconde e revela uma explosão de bichos. Viajar pela África é um choque radical de natureza, uma volta às origens.
Namíbia e Botsuana estão entre os cinco países líderes em safári na África. Os outros são África do Sul, Quênia e Tanzânia. Zâmbia é um destino turístico em ascensão.
Vizinhos no sul do continente, os dois países não poderiam ser mais opostos. A Namíbia é caracterizada pelas paisagens vastas, pelo chão seco e pedregoso, por animais que vivem em condições extremas. Botsuana mostra toda a sua exuberância na região do delta do Okavango, onde flora e fauna se encarregam de dar um espetáculo a cada segundo.
Na Namíbia, as distâncias são grandes, mas é possível viajar por terra em carros ou caminhões com tração nas quatro rodas e acampar na maioria dos lugares sem correr maior risco. Já em Botsuana, aviões monomotores são o único meio de locomoção entre os acampamentos permanentes localizados no delta do Okavango. E olhos abertos, pois os animais selvagens são os legítimos donos do lugar.
Ambos os países oferecem opções de safári de alto nível. Nesses programas, o turista vive experiências radicais com segurança e sem abrir mão do conforto.
Nos primeiros dias de safári, bate uma ansiedade de garantir logo os chamados "big five" (os "cinco grandes": elefante, rinoceronte, leão, leopardo e búfalo). Mas como não incluir na lista a girafa, o guepardo ("cheetah") e o cão selvagem ("wild dog")?
Depois, o viajante percebe que o safári não se resume a ver esses bichos incríveis, mas em aproveitar todas as experiências que podem ser vividas nesse mergulho na África selvagem.
É dormir em uma tenda ouvindo os barulhos da noite, prestar atenção na luz suave das primeiras horas da manhã, sentir a vibração da terra quente no meio da tarde, contar as estrelas cadentes na fogueira após o jantar.
É observar a beleza e o comportamento único de cada animal que surge: um minúsculo pássaro multicolorido que se equilibra na haste de uma planta aquática, uma coruja que dorme absolutamente imóvel num galho de árvore, um elefante que arranca cuidadosamente pedaços das raízes de uma árvore para se alimentar.
Às vezes, o leão insiste em não se mostrar, mas suas pegadas na noite anterior estão evidentes na areia da estrada. A diversão é então seguir sua trilha por quilômetros, num silêncio cheio de expectativa, até o rastro subitamente desaparecer. O grande felino está por perto. Onde? Não importa.
Mais do que fotos, essa é a maior contribuição que o viajante pode levar para casa ao final de duas semanas de safári na África. O que vale é relaxar e curtir, sem ansiedade, aquilo que a natureza quiser mostrar.
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Namíbia e Botsuana opõem suas texturas
OTÁVIO DIASfree-lance para a Folha de S.Paulo, na África
Quinze dias vividos intensamente do nascer ao pôr-do-sol. À noite, nenhuma luz de cidade ofusca o céu cheio de estrelas. O frio cortante da manhã de inverno cede, enfim, ao calor do meio-dia. Na desértica Namíbia, cores e texturas aguçam a visão. Em Botsuana, a mistura de pântano, savana e selva esconde e revela uma explosão de bichos. Viajar pela África é um choque radical de natureza, uma volta às origens.
Otávio Dias/Folha Imagem |
Animais no parque de Etosha, na Namíbia |
Namíbia e Botsuana estão entre os cinco países líderes em safári na África. Os outros são África do Sul, Quênia e Tanzânia. Zâmbia é um destino turístico em ascensão.
Vizinhos no sul do continente, os dois países não poderiam ser mais opostos. A Namíbia é caracterizada pelas paisagens vastas, pelo chão seco e pedregoso, por animais que vivem em condições extremas. Botsuana mostra toda a sua exuberância na região do delta do Okavango, onde flora e fauna se encarregam de dar um espetáculo a cada segundo.
Na Namíbia, as distâncias são grandes, mas é possível viajar por terra em carros ou caminhões com tração nas quatro rodas e acampar na maioria dos lugares sem correr maior risco. Já em Botsuana, aviões monomotores são o único meio de locomoção entre os acampamentos permanentes localizados no delta do Okavango. E olhos abertos, pois os animais selvagens são os legítimos donos do lugar.
Ambos os países oferecem opções de safári de alto nível. Nesses programas, o turista vive experiências radicais com segurança e sem abrir mão do conforto.
Nos primeiros dias de safári, bate uma ansiedade de garantir logo os chamados "big five" (os "cinco grandes": elefante, rinoceronte, leão, leopardo e búfalo). Mas como não incluir na lista a girafa, o guepardo ("cheetah") e o cão selvagem ("wild dog")?
Depois, o viajante percebe que o safári não se resume a ver esses bichos incríveis, mas em aproveitar todas as experiências que podem ser vividas nesse mergulho na África selvagem.
É dormir em uma tenda ouvindo os barulhos da noite, prestar atenção na luz suave das primeiras horas da manhã, sentir a vibração da terra quente no meio da tarde, contar as estrelas cadentes na fogueira após o jantar.
É observar a beleza e o comportamento único de cada animal que surge: um minúsculo pássaro multicolorido que se equilibra na haste de uma planta aquática, uma coruja que dorme absolutamente imóvel num galho de árvore, um elefante que arranca cuidadosamente pedaços das raízes de uma árvore para se alimentar.
Às vezes, o leão insiste em não se mostrar, mas suas pegadas na noite anterior estão evidentes na areia da estrada. A diversão é então seguir sua trilha por quilômetros, num silêncio cheio de expectativa, até o rastro subitamente desaparecer. O grande felino está por perto. Onde? Não importa.
Mais do que fotos, essa é a maior contribuição que o viajante pode levar para casa ao final de duas semanas de safári na África. O que vale é relaxar e curtir, sem ansiedade, aquilo que a natureza quiser mostrar.
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