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06/09/2004
-
07h54
A constante divulgação de atentados e conflitos no Oriente Médio não impede que o turismo registre crescimento em Israel e no Líbano. Nos sete primeiros meses de 2004, o turismo nesses dois países teve aumentos de 58,3% e 38,8%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2003.
A Organização Mundial do Turismo estima que o Oriente Médio seja o destino que mais cresce no mundo e se tornará o quinto local mais procurado até 2015.
O Ministério do Turismo e o Escritório Central de Estatísticas de Israel mostram que 821,8 mil turistas visitaram o país de janeiro a julho, o que equivale a 74% mais que no mesmo período de 2002.
De janeiro a julho desse ano, 701,5 mil turistas desembarcaram no aeroporto Ben Gurion, dado 52% maior em relação a 2003.
Além disso, a chegada de turistas no país no mês de julho deste ano alcançou o maior número desde outubro de 2000, com 147,8 mil entradas --dos quais 88% pela via aérea. Pela via terrestre, foram registradas 9,6 mil entradas pela fronteira com a Jordânia e 6,8 mil por Eilat. O ministro do Turismo de Israel, Gideon Ezra, estima que 1,4 milhão de turistas irá a Israel em 2004.
Já o Líbano atraiu 731.733 turistas, ou seja, 38,8% mais visitantes que as 527.064 pessoas que rumaram ao país no mesmo período de 2003. Em julho, o país recebeu mais turistas que Israel. Foram 225.366 visitantes estrangeiros --dos quais 51% são árabes e 24% europeus.
O aumento do turismo no Líbano pode ser atribuído às campanhas lançadas pelo governo e à cobertura dada ao país pela mídia internacional.
O ministro do Turismo, Ali Hussein Abdullah, afirma que o sinal mais encorajador do aumento do interesse do turista pelo país foi registrado nos meses de abril e maio deste ano, quando o número de europeus superou o de árabes pela primeira vez desde a guerra civil (1975-1990).
Elisabeth Balthay, uma advogada francesa que mora em Londres, viajou ao Líbano de férias, inspirada nas histórias do pai sobre Baalbek, Byblos e Beirute, que ele havia visitado antes da guerra.
"Muitas pessoas têm a impressão de que Beirute é perigosa, cheia de tanques e que as ruas estão repletas de atiradores do Hizbollah procurando fazer ocidentais de reféns", diz Balthay.
"Antes da guerra havia mais turistas europeus que árabes, exceto no verão", diz Abdullah. Hoje há um interesse repentino pela região e pelo turismo na Jordânia, na Síria, no Egito e na Turquia.
Mais de 1 milhão de turistas viajaram para o Líbano em 2003, mas Abdullah quer que o número quadruplique em cinco ou seis anos. Segundo ele, a receita do turismo é responsável por cerca de 12% do PIB. Em 1974, o setor respondia por 24% do PIB do país.
"Nós não podemos ser um país agrícola ou industrial", diz. "Primeiramente temos de ser um país turístico. Estou encorajando investidores, especialmente libaneses que moram fora."
Com agências internacionais
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da Folha de S.Paulo no Oriente MédioA constante divulgação de atentados e conflitos no Oriente Médio não impede que o turismo registre crescimento em Israel e no Líbano. Nos sete primeiros meses de 2004, o turismo nesses dois países teve aumentos de 58,3% e 38,8%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2003.
A Organização Mundial do Turismo estima que o Oriente Médio seja o destino que mais cresce no mundo e se tornará o quinto local mais procurado até 2015.
O Ministério do Turismo e o Escritório Central de Estatísticas de Israel mostram que 821,8 mil turistas visitaram o país de janeiro a julho, o que equivale a 74% mais que no mesmo período de 2002.
De janeiro a julho desse ano, 701,5 mil turistas desembarcaram no aeroporto Ben Gurion, dado 52% maior em relação a 2003.
Além disso, a chegada de turistas no país no mês de julho deste ano alcançou o maior número desde outubro de 2000, com 147,8 mil entradas --dos quais 88% pela via aérea. Pela via terrestre, foram registradas 9,6 mil entradas pela fronteira com a Jordânia e 6,8 mil por Eilat. O ministro do Turismo de Israel, Gideon Ezra, estima que 1,4 milhão de turistas irá a Israel em 2004.
Já o Líbano atraiu 731.733 turistas, ou seja, 38,8% mais visitantes que as 527.064 pessoas que rumaram ao país no mesmo período de 2003. Em julho, o país recebeu mais turistas que Israel. Foram 225.366 visitantes estrangeiros --dos quais 51% são árabes e 24% europeus.
O aumento do turismo no Líbano pode ser atribuído às campanhas lançadas pelo governo e à cobertura dada ao país pela mídia internacional.
O ministro do Turismo, Ali Hussein Abdullah, afirma que o sinal mais encorajador do aumento do interesse do turista pelo país foi registrado nos meses de abril e maio deste ano, quando o número de europeus superou o de árabes pela primeira vez desde a guerra civil (1975-1990).
Elisabeth Balthay, uma advogada francesa que mora em Londres, viajou ao Líbano de férias, inspirada nas histórias do pai sobre Baalbek, Byblos e Beirute, que ele havia visitado antes da guerra.
"Muitas pessoas têm a impressão de que Beirute é perigosa, cheia de tanques e que as ruas estão repletas de atiradores do Hizbollah procurando fazer ocidentais de reféns", diz Balthay.
"Antes da guerra havia mais turistas europeus que árabes, exceto no verão", diz Abdullah. Hoje há um interesse repentino pela região e pelo turismo na Jordânia, na Síria, no Egito e na Turquia.
Mais de 1 milhão de turistas viajaram para o Líbano em 2003, mas Abdullah quer que o número quadruplique em cinco ou seis anos. Segundo ele, a receita do turismo é responsável por cerca de 12% do PIB. Em 1974, o setor respondia por 24% do PIB do país.
"Nós não podemos ser um país agrícola ou industrial", diz. "Primeiramente temos de ser um país turístico. Estou encorajando investidores, especialmente libaneses que moram fora."
Com agências internacionais
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