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06/09/2004
-
08h09
Os libaneses gostam de dizer que o país é um dos menores do mundo com o maior número de acidentes geográficos. "Dá para esquiar e ir à praia no mesmo dia", dizem, orgulhosos.
O Líbano já foi conhecido como a Suíça do Oriente Médio, e a capital, Beirute, chamada de Paris oriental. Tudo mudou com a guerra civil, entre 1975 e 1990, quando os hotéis foram destruídos, alguns estrangeiros foram feitos reféns, e as ruas eram ocupadas por atiradores. Uma década depois, o país quer apagar essas lembranças e mostrar como está se reconstruindo para reviver o magnetismo do passado.
Prova disso é que, em 2004, Beirute gastou US$ 1 milhão em propaganda e lançou o site www.rediscoverlebanon, que dá dicas sobre gastronomia, principais sítios arqueológicos do país (Baalbek, Tiro e Byblos) e festivais pelo Líbano, que ferve no verão com a chegada, principalmente, de sauditas e kwuaitianos.
Com o status de mais ocidentalizada e intelectualizada cidade árabe, na qual a maior parte da população é fluente em inglês e francês, Beirute é dividida em dois lados. No oriental, a maioria da população é cristã. O bairro de Ashrafyeh concentra os principais bares da cidade. O ocidental, dos muçulmanos, também tem áreas ricas, como o bairro de Verdun, onde se localizam muitas das principais grifes internacionais.
Colada em Beirute, está Jounieh, uma espécie de Montecarlo do Oriente. A cidade fica em uma encosta montanhosa e possui o famoso cassino do Liban em uma de suas penínsulas. No alto, como o nosso Cristo Redentor, há a imagem de Nossa Senhora Harissa, ligada por teleférico à praia.
Um pouco acima de Beirute, Byblos, que quer dizer "papiro", guarda um dos sítios arqueológicos fenícios mais antigos, com pelo menos 7.000 anos. Os visitantes podem ver ruínas que remontam à Idade da Pedra, vestígios de casas da Idade do Bronze, de templos e do sistema de defesa erguido pela civilização fenícia.
Byblos tornou-se um dos mais importantes centros de comércio no Oriente, com venda de cedro --o símbolo do Líbano--, óleo de oliva, vinho, ouro e papiro.
Após ser conquistada por Alexandre, o Grande, Byblos foi dominada pelos gregos e adotou a cultura e a língua gregas. Em seguida vieram os romanos, que trouxeram as construções de grandes templos, banhos, colunas romanas e artefatos, os bizantinos (395-637), os árabes (637-1104), os cruzados, os mamelucos, entre os séculos 13 e 16, e os otomanos.
Além do lado histórico, Byblos tem uma das mais belas praias do Mediterrâneo. Até a guerra civil, playboys europeus viajavam até lá nos seus iates. Um deles, o espanhol Pepe, decidiu ficar e fundou o restaurante mais famoso do país, que leva o seu nome.
Voltando ao trecho da antiga Via Maris antes de chegar a Beirute, as primeiras cidades que o turista se depara ao atravessar a fronteira com Israel são Tiro e Sidon, que têm sítios históricos de mais de 6.000 anos. Ambas estão à beira do Mediterrâneo e pouco refletem o esplendor de outras épocas, quando foram importantes portos fenícios e cruzados.
Embora Tiro concentre três grandes sítios arqueológicos romanos, declarados patrimônio da humanidade desde 1979, a cidade sofre com a influência do grupo extremista islâmico Hizbollah (que no Líbano é um partido político e em Israel é considerado uma organização terrorista).
Dentre as áreas visitadas, podem-se ver ruínas de colunatas, de banhos públicos, de uma arena, de uma catedral, além de mosaicos em ruas. O local mais bem conservado é um hipódromo romano que comportava até 20 mil espectadores e que foi encontrado em escavações feitas em 1967.
Mais ao norte, a 30 minutos de Tiro, está Sidon. O ponto alto da cidade é o castelo do Mar, que inicialmente foi um templo fenício erguido no começo do século 13. A atual construção, localizada em uma ilha ligada à costa por uma ponte de 80 metros, é da época dos cruzados.
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Via Maris: Líbano quer ser redescoberto pelo turista
da Folha de S.PauloOs libaneses gostam de dizer que o país é um dos menores do mundo com o maior número de acidentes geográficos. "Dá para esquiar e ir à praia no mesmo dia", dizem, orgulhosos.
O Líbano já foi conhecido como a Suíça do Oriente Médio, e a capital, Beirute, chamada de Paris oriental. Tudo mudou com a guerra civil, entre 1975 e 1990, quando os hotéis foram destruídos, alguns estrangeiros foram feitos reféns, e as ruas eram ocupadas por atiradores. Uma década depois, o país quer apagar essas lembranças e mostrar como está se reconstruindo para reviver o magnetismo do passado.
Prova disso é que, em 2004, Beirute gastou US$ 1 milhão em propaganda e lançou o site www.rediscoverlebanon, que dá dicas sobre gastronomia, principais sítios arqueológicos do país (Baalbek, Tiro e Byblos) e festivais pelo Líbano, que ferve no verão com a chegada, principalmente, de sauditas e kwuaitianos.
Com o status de mais ocidentalizada e intelectualizada cidade árabe, na qual a maior parte da população é fluente em inglês e francês, Beirute é dividida em dois lados. No oriental, a maioria da população é cristã. O bairro de Ashrafyeh concentra os principais bares da cidade. O ocidental, dos muçulmanos, também tem áreas ricas, como o bairro de Verdun, onde se localizam muitas das principais grifes internacionais.
Colada em Beirute, está Jounieh, uma espécie de Montecarlo do Oriente. A cidade fica em uma encosta montanhosa e possui o famoso cassino do Liban em uma de suas penínsulas. No alto, como o nosso Cristo Redentor, há a imagem de Nossa Senhora Harissa, ligada por teleférico à praia.
Um pouco acima de Beirute, Byblos, que quer dizer "papiro", guarda um dos sítios arqueológicos fenícios mais antigos, com pelo menos 7.000 anos. Os visitantes podem ver ruínas que remontam à Idade da Pedra, vestígios de casas da Idade do Bronze, de templos e do sistema de defesa erguido pela civilização fenícia.
Byblos tornou-se um dos mais importantes centros de comércio no Oriente, com venda de cedro --o símbolo do Líbano--, óleo de oliva, vinho, ouro e papiro.
Após ser conquistada por Alexandre, o Grande, Byblos foi dominada pelos gregos e adotou a cultura e a língua gregas. Em seguida vieram os romanos, que trouxeram as construções de grandes templos, banhos, colunas romanas e artefatos, os bizantinos (395-637), os árabes (637-1104), os cruzados, os mamelucos, entre os séculos 13 e 16, e os otomanos.
Além do lado histórico, Byblos tem uma das mais belas praias do Mediterrâneo. Até a guerra civil, playboys europeus viajavam até lá nos seus iates. Um deles, o espanhol Pepe, decidiu ficar e fundou o restaurante mais famoso do país, que leva o seu nome.
Voltando ao trecho da antiga Via Maris antes de chegar a Beirute, as primeiras cidades que o turista se depara ao atravessar a fronteira com Israel são Tiro e Sidon, que têm sítios históricos de mais de 6.000 anos. Ambas estão à beira do Mediterrâneo e pouco refletem o esplendor de outras épocas, quando foram importantes portos fenícios e cruzados.
Embora Tiro concentre três grandes sítios arqueológicos romanos, declarados patrimônio da humanidade desde 1979, a cidade sofre com a influência do grupo extremista islâmico Hizbollah (que no Líbano é um partido político e em Israel é considerado uma organização terrorista).
Dentre as áreas visitadas, podem-se ver ruínas de colunatas, de banhos públicos, de uma arena, de uma catedral, além de mosaicos em ruas. O local mais bem conservado é um hipódromo romano que comportava até 20 mil espectadores e que foi encontrado em escavações feitas em 1967.
Mais ao norte, a 30 minutos de Tiro, está Sidon. O ponto alto da cidade é o castelo do Mar, que inicialmente foi um templo fenício erguido no começo do século 13. A atual construção, localizada em uma ilha ligada à costa por uma ponte de 80 metros, é da época dos cruzados.
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