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20/09/2004 - 03h27

Colômbia: Acervo do Donación Botero vai além das "gordas"

do enviado especial da Folha de S.Paulo à Colômbia

Há tempos, Fernando Botero, 72, não é mais o mesmo. Os quadros que o artista pintou nos 50 e 60, com traços enigmáticos, tons expressionistas e fantasmagóricos, deram lugar, nos anos 80 e 90, àqueles óleos e esculturas algo folclóricos que o mundo convencionou chamar de "as gordas", hoje cotados entre US$ 500 mil e US$ 1 milhão.

E foram esses últimos trabalhos festivos e festejados do pintor colombiano, nascido em Medellín e radicado na Itália, que galgaram sua obra a um status de quase unanimidade internacional (em 1998, quando expôs no Masp 82 obras produzidas entre 1947 e 1997, a mostra foi vista por 121.611 pessoas, perdendo então apenas para Salvador Dalí, vista por 132.894 espectadores).

Mas, como gosto se discute, especialmente nas artes plásticas, vale visitar a incrível "Donación Botero", coleção doada pelo autor para o governo colombiano e que, instalada na Casa da Moeda/Banco da República, no bairro da Candelária, em Bogotá, reúne, além de um sem-número de obras do próprio autor concebidas nos anos 80 e 90, a sua quase infinita coleção particular.

Chagall, Picasso, Corot, Toulouse-Lautrec, Giacometti, Francis Bacon, Salvador Dalí, Max Ernst, Pisarro, Vuillard, Fernand Léger, Kees van Dongen, Braque, Klimt, George Grosz, Kokoschka, Henry Moore, Balthurs, De Chirico, Miró, Lucian Freud, Dubuffet, Rufino Tamayo, Robert Rauschenberg, Calder: a lista é tão extensa quanto impressionante, impressionista, surrealista, expressionista, moderna e até cubista.

Uma vez questionado sobre o mote das suas escolhas, Botero respondeu: "A princípio adquiri quadros que estavam próximos da minha sensibilidade e das minhas convicções, mas, quando contemplei a possibilidade de fazer um museu dedicado à minha Colômbia natal, pensei em dar ao conjunto um caráter didático". Reunindo a última fase de Botero e a coleção que ele soube e pode amealhar, o conjunto, literalmente, não tem preço.

Raízes

Filho de um caixeiro-viajante, estudioso da arte pré-colombiana, dos muralistas mexicanos e da pintura acadêmica de seu país dos séculos 18 e 19, Botero fez sua primeira exposição de peso em 1962, em Nova York, ocasião em que seu óleo "Monalisa aos 12 Anos" foi comprado pelo Museu de Arte Moderna (MoMA).

Sua primeira mostra foi em 1951, em Bogotá, mas sua formação para valer teve início em 1953, quando ingressou na Academia de San Marco (Florença), para estudar técnicas de afresco e assimilou algo da arte renascentista. Aí teve contato com obras de mestres italianos como Paolo Ucello e Piero della Francesca.

Donación Botero - Calle 11, 4-41; tel. local 343-1393; funciona às segundas, quartas, quintas e sextas, das 10h às 20h, aos sábados, das 10h às 19h, aos domingos e feriados, das 10h às 16h.

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