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11/10/2004
-
10h19
enviada especial da Folha de S.Paulo a Foz do Iguaçu (PR)
Foz não são só as cataratas, Foz não são só compras no Paraguai. A cidade paranaense, atual sexto destino mais visitado por turistas estrangeiros no Brasil, segundo dados da Embratur, quer mudar essa imagem. O objetivo é atingir um público mais jovem e aventureiro. A receita para a mudança é investir em áreas que têm muito a ver com a geografia do município, mas não eram tão exploradas: turismo radical e ecoturismo.
Hoje o visitante pode ir ao Parque Nacional do Iguaçu e, se quiser, nem olhar as cataratas nem alimentar os quatis. O roteiro inclui rapel, rafting, tirolesa, escalada, arvorismo, "duck" (caiaque inflável), trilha de mountain bike, trekking, vôo de helicóptero e, fora do parque, sobrevôo de trike pela usina hidrelétrica de Itaipu.
O potencial dessas atividades é alto. No mês de setembro, 78.400 visitantes passaram por lá, uma média diária de 2.613 pessoas vindas dos mais variados lugares. Só do Brasil foram 34 mil, e, do exterior, 44.400, sendo 20 mil deles argentinos, de acordo com dados da administração do parque.
Ainda com relação aos estrangeiros, 94,8% dos que visitaram Foz em 2003 disseram pretender voltar ao país. Os reincidentes são parte do grupo a atingir, já que, como conhecem o local, certamente vão procurar outras atividades na nova visita.
Grande parte do público ainda não descobriu essas opções radicais, segundo dizem os funcionários das empresas que exploram os esportes de aventura na região. "Ainda não recebemos muita gente, mas é porque é o início de um novo produto", diz Marcelo Sossella, proprietário da Weekend Fly, que faz vôos de trike.
Antes de partir para a parte mais aventureira, o cruzeiro Bertoni é uma opção aos que estão pela primeira vez na cidade. O passeio pelo rio Iguaçu, que passa pelo cruzamento com o Paraná, dura três horas e pode incluir almoço com peixes do próprio rio.
O passeio com almoço custa R$ 78 (no Macuco Safari, tel.: 0/xx/ 45/529-6262; www.macucosafari.com.br).
Iniciando o tour pelas águas verdes, o visitante cruza a ponte da Fraternidade, o marco das três fronteiras (Brasil, Paraguai e Argentina) e passa pelo Espaço das Américas, construído em 1995 para abrigar eventos. O guia, Wesley Melo, 20, conta que a maior enchente foi a de 1983, quando o rio atingiu 43 m.
O barco pára em terras paraguaias, para que, após caminhada de 800 metros, os visitantes conheçam o museu Bertoni, antiga casa de Moisés Santiago Bertoni, cientista suíço que se fixou no Paraguai e foi pioneiro nas pesquisas sobre a fauna, a flora, a etnologia e a meteorologia locais. Na volta, Melo conta que também tem suas aspirações: pesquisa o que acredita ser uma espécie não-catalogada da flora local.
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PAULA LAGOenviada especial da Folha de S.Paulo a Foz do Iguaçu (PR)
Foz não são só as cataratas, Foz não são só compras no Paraguai. A cidade paranaense, atual sexto destino mais visitado por turistas estrangeiros no Brasil, segundo dados da Embratur, quer mudar essa imagem. O objetivo é atingir um público mais jovem e aventureiro. A receita para a mudança é investir em áreas que têm muito a ver com a geografia do município, mas não eram tão exploradas: turismo radical e ecoturismo.
Paula Lago/Folha Imagem |
Desbravadores se aventuram em barco inflável em Foz do Iguaçu |
Hoje o visitante pode ir ao Parque Nacional do Iguaçu e, se quiser, nem olhar as cataratas nem alimentar os quatis. O roteiro inclui rapel, rafting, tirolesa, escalada, arvorismo, "duck" (caiaque inflável), trilha de mountain bike, trekking, vôo de helicóptero e, fora do parque, sobrevôo de trike pela usina hidrelétrica de Itaipu.
O potencial dessas atividades é alto. No mês de setembro, 78.400 visitantes passaram por lá, uma média diária de 2.613 pessoas vindas dos mais variados lugares. Só do Brasil foram 34 mil, e, do exterior, 44.400, sendo 20 mil deles argentinos, de acordo com dados da administração do parque.
Ainda com relação aos estrangeiros, 94,8% dos que visitaram Foz em 2003 disseram pretender voltar ao país. Os reincidentes são parte do grupo a atingir, já que, como conhecem o local, certamente vão procurar outras atividades na nova visita.
Grande parte do público ainda não descobriu essas opções radicais, segundo dizem os funcionários das empresas que exploram os esportes de aventura na região. "Ainda não recebemos muita gente, mas é porque é o início de um novo produto", diz Marcelo Sossella, proprietário da Weekend Fly, que faz vôos de trike.
Antes de partir para a parte mais aventureira, o cruzeiro Bertoni é uma opção aos que estão pela primeira vez na cidade. O passeio pelo rio Iguaçu, que passa pelo cruzamento com o Paraná, dura três horas e pode incluir almoço com peixes do próprio rio.
O passeio com almoço custa R$ 78 (no Macuco Safari, tel.: 0/xx/ 45/529-6262; www.macucosafari.com.br).
Iniciando o tour pelas águas verdes, o visitante cruza a ponte da Fraternidade, o marco das três fronteiras (Brasil, Paraguai e Argentina) e passa pelo Espaço das Américas, construído em 1995 para abrigar eventos. O guia, Wesley Melo, 20, conta que a maior enchente foi a de 1983, quando o rio atingiu 43 m.
O barco pára em terras paraguaias, para que, após caminhada de 800 metros, os visitantes conheçam o museu Bertoni, antiga casa de Moisés Santiago Bertoni, cientista suíço que se fixou no Paraguai e foi pioneiro nas pesquisas sobre a fauna, a flora, a etnologia e a meteorologia locais. Na volta, Melo conta que também tem suas aspirações: pesquisa o que acredita ser uma espécie não-catalogada da flora local.
Paula Lago viajou a convite do hotel Mabu Thermas & Resort
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