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21/10/2004 - 09h19

Salvador: Feira labiríntica vende um bode adulto por R$ 280

do enviado especial da Folha de S.Paulo a Salvador

O Pelourinho, apesar e por causa de sua obviedade turística, é um lugar incontornável para quem está em Salvador. Tanto os marinheiros de primeiríssima viagem quanto os soteropolitanos de quatro costados acabam confluindo a esse bairro histórico.

Após um displicente footing pelos largos e ladeiras e a visitação das igrejas --com destaque inelutável para a da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, construída em 1703 e dotada de uma fachada de pedra de cantaria cinzelada que se assemelha às do barroco espanhol (cobram-se R$ 3 pelo acesso ao interior do templo)--, é recomendável incluir no roteiro locais menos imediatos.

Só neles é possível, por exemplo, comprar por R$ 280 um bode adulto com uma cultivada barbicha e retorcidos chifres.

Alguns pontos proveitosos ao passeador se encontram na cidade baixa. Salvador está assentada sobre uma falha geológica que a cinde em duas regiões desniveladas interligadas pelo Elevador Lacerda, com 72 metros de altura, cujo bilhete custa R$ 0,05.

No "térreo" da cidade, perto do ferryboat, está fundeada a feira de São Joaquim, feira livre labiríntica onde se vendem a baixos preços (daí o afluxo da população mais carente) artigos religiosos, hortifrutigranjeiros, sarapatel e os tais bodes --os mais novinhos podem ser adquiridos por preços entre R$ 60 e R$ 80.

Vez ou outra, avistam-se turistas estrangeiros mais descolados à procura de experiências antropológicas em meio ao caos de mercado persa. Parece ser um lugar tranqüilo, mas fica aqui recomendada a cautela --sem paranóia. Conferir tudo isso in loco é traçar uma espécie de contraponto ao patente Mercado Modelo, edifício de 1861, abrigo da antiga alfândega, onde se vendem suvenires de praxe, tais quais o berimbau. Em 1983, o espaço pegou fogo e, na reedificação do imóvel, descobriram-se subterrâneos hoje abertos à visitação.

Ainda na cidade baixa, no bairro da Ribeira, funciona desde 1931 a sorveteria da Ribeira (praça General Osório, 87, 0/xx/71/316-5451). Soteropolitanos de outras plagas enfrentam dezenas de quilômetros para tomar o sorvete que é produzido ali. Duas bolas do cascalho (também conhecido em outras regiões como cascão) saem por R$ 3. Recomendam-se o de banana e o de tapioca.

Terminada a guloseima, quem quiser tocar para uma referência famosa encontrará não muito longe a igreja de Nosso Senhor do Bonfim, concluída em 1772.

Na segunda quinta-feira após o Dia de Reis, em 6 de janeiro, as escadarias (bem mais acanhadas do que se costuma imaginar) e o adro são lavados pelas famigeradas baianas. Prepare-se para o assédio dos vendedores de fitinhas e, se quiser mesmo comprá-las, trate de barganhar: o preço de um punhado delas pode cair de R$ 5 para R$ 1. Os visitantes costumam amarrá-las no portão do templo e fazer três pedidos.

A cidade baixa também se mostra interessante quando o mote é o pôr-do-sol. Pode parecer a um forasteiro da cidade cinzenta um programa trivial, mas olhar o astro mergulhando no mar é algo levado a sério em Salvador. O entardecer avistado da ponta de Humaitá, do alto do forte de Nossa Senhora do Monte Serrat, com formato atual de 1693, é um dos mais bonitos da velha Bahia.

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