Publicidade
Publicidade
11/11/2004
-
09h23
da Folha de S.Paulo
A Bolívia foi o último país sul-americano a aderir à onda de derrubar presidentes em outubro do ano passado, quando caiu Gonzalo Sánchez de Lozada após sangrentos protestos. No Brasil, o episódio ficou na memória sobretudo pelos relatos de turistas impedidos de sair da Bolívia.
Apesar da imagem de violência e da corrupção endêmica, a verdade é que a Bolívia apresenta índices de violência como homicídios e assaltos bem menores do que o Brasil. Ao contrário daqui, a imensa pobreza não deixou o país à beira de um conflito urbano.
A principal preocupação, sobretudo para quem viaja por terra, são os "bloqueos" quase diários de estradas por camponeses, sem-terra, trabalhadores em greve etc. Trata-se de uma mania nacional. Por isso, é bom se informar com antecedência sobre possíveis protestos antes de embarcar numa jardineira. (As surreais estradas andinas são um teste de coragem, mas isso é uma outra história).
A possibilidade de eventos como os de outubro passado se repetirem, no entanto, são remotas. Nesta semana, o atual presidente, Carlos Mesa, vem enfrentando uma grave crise com o Congresso e protestos em favor da autonomia em Santa Cruz, mas nada que comprometa a segurança do país.
Nos últimos meses, a Bolívia está mobilizada numa campanha nacionalista para voltar a ter o acesso ao mar, perdido para o Chile durante a Guerra do Pacífico, em 1879. O turista atento notará menções ao tema em conversas, jornais e até na propaganda oficial. Mas ninguém está pensando em invadir o país vizinho.
No aspecto econômico, é notável o "império brasileiro". A Petrobras é a maior empresa no país, responsável por cerca de 15% do PIB boliviano. A influência é tanta que há gente em Santa Cruz que defenda a independência da região para se juntar ao Brasil. Só podem estar loucos.
Leia mais
Bolívia: Salar boliviano é eleito símbolo turístico do país
Bolívia: Salar deve virar principal atração
Bolívia: Cordilheira dos Andes é mais larga no país
Bolívia: Oruro desfila suas histórias nas alturas
Bolívia: Janela de trem reserva espetáculo a viajante
Bolívia: Bochecha cheia de coca é traço local
Bolívia: Choque térmico ofusca entrada de forasteiro em Uyuni
Bolívia: Motoristas são guiados por ilhas e vulcões
Bolívia: Atacama e Uyuni formam viagem 2 em 1
Bolívia: Cacto gigante desponta em ilha del Pescado
Bolívia: Conforto começa a aparecer em Uyuni
Especial
Veja galeria de fotos da Bolívia
Bolívia: País é pobre, mas tem baixo índice de violência
FABIANO MAISONNAVEda Folha de S.Paulo
A Bolívia foi o último país sul-americano a aderir à onda de derrubar presidentes em outubro do ano passado, quando caiu Gonzalo Sánchez de Lozada após sangrentos protestos. No Brasil, o episódio ficou na memória sobretudo pelos relatos de turistas impedidos de sair da Bolívia.
Apesar da imagem de violência e da corrupção endêmica, a verdade é que a Bolívia apresenta índices de violência como homicídios e assaltos bem menores do que o Brasil. Ao contrário daqui, a imensa pobreza não deixou o país à beira de um conflito urbano.
A principal preocupação, sobretudo para quem viaja por terra, são os "bloqueos" quase diários de estradas por camponeses, sem-terra, trabalhadores em greve etc. Trata-se de uma mania nacional. Por isso, é bom se informar com antecedência sobre possíveis protestos antes de embarcar numa jardineira. (As surreais estradas andinas são um teste de coragem, mas isso é uma outra história).
A possibilidade de eventos como os de outubro passado se repetirem, no entanto, são remotas. Nesta semana, o atual presidente, Carlos Mesa, vem enfrentando uma grave crise com o Congresso e protestos em favor da autonomia em Santa Cruz, mas nada que comprometa a segurança do país.
Nos últimos meses, a Bolívia está mobilizada numa campanha nacionalista para voltar a ter o acesso ao mar, perdido para o Chile durante a Guerra do Pacífico, em 1879. O turista atento notará menções ao tema em conversas, jornais e até na propaganda oficial. Mas ninguém está pensando em invadir o país vizinho.
No aspecto econômico, é notável o "império brasileiro". A Petrobras é a maior empresa no país, responsável por cerca de 15% do PIB boliviano. A influência é tanta que há gente em Santa Cruz que defenda a independência da região para se juntar ao Brasil. Só podem estar loucos.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.