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11/11/2004
-
09h27
Enviado especial ao Uyuni (Bolívia)
Não se assuste se você cruzar com um boliviano falando com a bochecha cheia. É um hábito dos indígenas mascar a folha de coca --na verdade, não mascam, deixam um montinho "repousando" no canto da boca. A coca é amplamente usada em chás, medicamentos e em produtos como pasta de dente. É dificílimo voltar de lá sem provar ao menos o chá, um ótimo remédio para o turista se adaptar à altitude.
A tradição talvez explique a dificuldade de o governo, com o apoio dos Estados Unidos, erradicar as plantações ilícitas de coca. É inegável que a planta faz parte do cotidiano dos bolivianos, principalmente quando se trata dos indígenas (quéchuas e aimarás).
Outra característica explícita no país é a pobreza, visível conforme o ônibus transita pelas cidades do altiplano, onde são altas as taxas de analfabetismo e é acanhado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O país ocupa a 114ª posição, de um ranking em que estão listados 177 países.
Há, porém, uma surpresa: com exceção de La Paz, não é comum trombar com pedintes, embora a economia informal impere. Ao contrário do Brasil, a Bolívia é um país onde o turista não vive sendo assediado. E, o que é melhor, é tranqüilíssimo viajar pelo interior.
Nos trens que partem de Oruro para Uyuni, há sempre grupos de mochileiros, a maioria europeus, que se mostram bastante dispostos a um bate-papo.
Roberto de Oliveira viajou a convite da LAB (Lloyd Aereo Boliviano) e da operadora Natural Mar.
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Bolívia: Bochecha cheia de coca é traço local
ROBERTO DE OLIVEIRAEnviado especial ao Uyuni (Bolívia)
Não se assuste se você cruzar com um boliviano falando com a bochecha cheia. É um hábito dos indígenas mascar a folha de coca --na verdade, não mascam, deixam um montinho "repousando" no canto da boca. A coca é amplamente usada em chás, medicamentos e em produtos como pasta de dente. É dificílimo voltar de lá sem provar ao menos o chá, um ótimo remédio para o turista se adaptar à altitude.
A tradição talvez explique a dificuldade de o governo, com o apoio dos Estados Unidos, erradicar as plantações ilícitas de coca. É inegável que a planta faz parte do cotidiano dos bolivianos, principalmente quando se trata dos indígenas (quéchuas e aimarás).
Outra característica explícita no país é a pobreza, visível conforme o ônibus transita pelas cidades do altiplano, onde são altas as taxas de analfabetismo e é acanhado o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). O país ocupa a 114ª posição, de um ranking em que estão listados 177 países.
Há, porém, uma surpresa: com exceção de La Paz, não é comum trombar com pedintes, embora a economia informal impere. Ao contrário do Brasil, a Bolívia é um país onde o turista não vive sendo assediado. E, o que é melhor, é tranqüilíssimo viajar pelo interior.
Nos trens que partem de Oruro para Uyuni, há sempre grupos de mochileiros, a maioria europeus, que se mostram bastante dispostos a um bate-papo.
Roberto de Oliveira viajou a convite da LAB (Lloyd Aereo Boliviano) e da operadora Natural Mar.
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