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28/07/2005
-
11h39
Diretora-executiva da Folha Online
CAIO VILELA
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Irã
Pouco visitado por estrangeiros nos dias de hoje, o mais impressionante e famoso sítio arqueológico da Pérsia é motivo de orgulho para os iranianos, que começam a chegar às 8h, para conhecer sua antiga capital. O ingresso custa menos de US$ 1, e só quem chega cedo às impressionantes ruínas vai encontrá-las ainda vazias.
O peso de mais de 2.500 anos de história pode ser sentido pelo viajante logo ao subir as escadarias de acesso. O complexo de palácios construído pelo imperador Dario 1º em 518 a.C tornou-se famoso pela grandeza e pelas inúmeras visitas nobres que recebeu ao longo da história dos persas.
Egípcios, sírios, babilônios e etíopes estiveram na cidade, que, em seu esplendor, era coberta de ouro e de metais preciosos. Sua construção teria começado em 516 a.C. e demorado 120 anos para ser completada.
Servia de capital a um império que cobria uma vasta região que ia da Índia ao Egito. A destruição da cidade ocorreu em 331 a.C sob as forças do conquistador Alexandre, o Grande, que pôs fim ao império persa no processo de expansão de seu próprio reino.
Abandonada, Persépolis acabou coberta de areia. Apenas em 1930 as ruínas foram redescobertas e examinadas, mas em pouco lembravam o esplendor de seus tempos gloriosos.
Enquanto esteve à mercê do tempo, sofreu com o roubo dos saqueadores e o descaso das autoridades. Nos últimos séculos, expedições militares inglesas e francesas também deixaram suas marcas em forma de inscrições nas paredes.
Do que ficou em pé, o portão de Xerxes é uma das atrações principais. Suas duas gigantescas colunas, adornadas com seres alados meio homem, meio touro, esculpidos na pedra, serviam para sustentar uma imensa porta de madeira que não existe mais. Hoje restam apenas os blocos de pedra, mais resistentes e difíceis de carregar pelos saqueadores. Do palácio central, também conhecido como Se-Darvaze, sobraram os muros em que estão descritas cenas de representantes de povos estrangeiros trazendo suas oferendas aos imperadores persas.
Persépolis fica 70 km ao norte da cidade de Chiraz, ao sul do Irã. Em menos de uma hora de carro, percorre-se um fantástico cenário de deserto até a entrada da antiga capital. No caminho, vale conhecer as impressionantes tumbas dos imperadores Dario e de seu filho Xerxes. Encravadas na pedra, a quase dez metros do chão, são emolduradas por entalhes que mostram cenas de batalha e conquistas históricas. Outra cidade importante da antigüidade persa, Pasárgada, foi completamente destruída. Algumas poucas ruínas, incluindo as da tumba de Ciro, o Grande, podem ser vistas 60 km ao norte de Persépolis.
A melhor forma de percorrer o roteiro completo é contratar um táxi individual ou dividir os custos da corrida com outros turistas. A corrida tem preço fixado entre os taxistas de US$ 25.
Vale a pena chegar cedo para fazer a visita sob um sol mais ameno e ideal para fotografias. Na hora de contratar o taxista, mencionar Persépolis tem pouco efeito: em farsi as ruínas continuam se chamando Takht-e Jamshid.
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Irã: Ruínas de Persépolis relatam era de glória
ANA LUCIA BUSCHDiretora-executiva da Folha Online
CAIO VILELA
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Irã
Pouco visitado por estrangeiros nos dias de hoje, o mais impressionante e famoso sítio arqueológico da Pérsia é motivo de orgulho para os iranianos, que começam a chegar às 8h, para conhecer sua antiga capital. O ingresso custa menos de US$ 1, e só quem chega cedo às impressionantes ruínas vai encontrá-las ainda vazias.
Caio Vilela |
Persépolis é principal sítio arqueologico do Irã |
Egípcios, sírios, babilônios e etíopes estiveram na cidade, que, em seu esplendor, era coberta de ouro e de metais preciosos. Sua construção teria começado em 516 a.C. e demorado 120 anos para ser completada.
Servia de capital a um império que cobria uma vasta região que ia da Índia ao Egito. A destruição da cidade ocorreu em 331 a.C sob as forças do conquistador Alexandre, o Grande, que pôs fim ao império persa no processo de expansão de seu próprio reino.
Abandonada, Persépolis acabou coberta de areia. Apenas em 1930 as ruínas foram redescobertas e examinadas, mas em pouco lembravam o esplendor de seus tempos gloriosos.
Enquanto esteve à mercê do tempo, sofreu com o roubo dos saqueadores e o descaso das autoridades. Nos últimos séculos, expedições militares inglesas e francesas também deixaram suas marcas em forma de inscrições nas paredes.
Caio Vilela |
Ruínas de Persépolis |
Persépolis fica 70 km ao norte da cidade de Chiraz, ao sul do Irã. Em menos de uma hora de carro, percorre-se um fantástico cenário de deserto até a entrada da antiga capital. No caminho, vale conhecer as impressionantes tumbas dos imperadores Dario e de seu filho Xerxes. Encravadas na pedra, a quase dez metros do chão, são emolduradas por entalhes que mostram cenas de batalha e conquistas históricas. Outra cidade importante da antigüidade persa, Pasárgada, foi completamente destruída. Algumas poucas ruínas, incluindo as da tumba de Ciro, o Grande, podem ser vistas 60 km ao norte de Persépolis.
A melhor forma de percorrer o roteiro completo é contratar um táxi individual ou dividir os custos da corrida com outros turistas. A corrida tem preço fixado entre os taxistas de US$ 25.
Vale a pena chegar cedo para fazer a visita sob um sol mais ameno e ideal para fotografias. Na hora de contratar o taxista, mencionar Persépolis tem pouco efeito: em farsi as ruínas continuam se chamando Takht-e Jamshid.
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