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30/07/2005 - 11h50

Chillán é dica de destino no Chile para quem busca agito

LINNO BOCCHINI
da Revista da Folha

Santiago tem dezenas de pistas de esqui a no máximo duas horas de carro do centro. Mesmo assim, todo ano milhares de amantes da neve encaram 500 km de estrada rumo ao sul ou um vôo de quase uma hora e deslocam-se até Chillán. Por quê? A empresária santiaguina Isabel Solari dá a dica: "A região é linda, tem sempre muita neve e é ótimo vir com a família", diz, ao lado das filhas de 4 e 6 anos, devidamente paramentadas para deslizar montanha abaixo.

O complexo turístico de Termas de Chillán é singular. Encravado em um belo trecho da cordilheira dos Andes, 1.650 m acima do nível do mar, suas 28 pistas descem pela encosta de um vulcão, que tem cerca de 2.600 m de altitude. Tudo emoldurado por bosques preservados, paisagem difícil de esquecer, principalmente em uma manhã de céu azul com o sol refletindo nas árvores encobertas após uma noite de nevasca.

Além da beleza natural, prepare-se para as pistas de esqui e snowboard, todas servidas por teleféricos. Entre elas, Las Tres Marías, com respeitáveis 13 km de extensão, a maior de toda América do Sul, é um deleite para os iniciados.

E se você nunca calçou uma bota de esqui na vida, não se preocupe. A estação é variada: quase um terço das pistas (30%) é para aprendizes, e as demais são classificadas como nível médio (40%) e difíceis (os 30% restantes). Nos hotéis da região, adolescentes chilenos "snowboarders" convivem numa boa com brasileiros recém-chegados. Para os novatos, perseverança é a palavra-chave para domar aquele objeto estranho preso a seus pés. Mas compensa.

É a glória deslizar uma pista inteira sem cair pela primeira vez, mesmo que seja na trilha mais baba. É claro que um pouco de preparo físico, equilíbrio natural e umas aulinhas nos primeiros dias ajudam muito. Termas de Chillán foi assim batizada por estar em uma região de vulcões. Aproveitando essa condição natural, ganhou um spa para beleza e relaxamento, com piscinas de água naturalmente aquecida (parte delas ao ar livre), tratamento com lama vulcânica, massagens e banhos terapêuticos, entre outros mimos. Perfeito para aquecer o corpo e relaxar após uma sessão de esqui.

Algumas estações são conhecidas por sua badalação noturna ou pelas lojas de grife. Não é o caso de Chillán. Lá, a atração é mesmo o esqui. Suas pistas somam 35 km, espalhados em uma área "esquiável" de dez mil hectares. Além do spa termal, há mais o que fazer, sempre na neve: caminhadas matinais pelos bosques nevados (com esquis adaptados); uma volta adrenalizante nos "snowmobiles" (aquelas motinhas de neve) ou um passeio bucólico nos trenós puxados por cães malamute do Alasca --raça que lembra um husky siberiano avantajado--, opção que faz a alegria da molecada e de alguns marmanjos também.

Para conhecer melhor a região, alguns minutos de caminhada pelas estradinhas locais já garantem fotos belíssimas. Os mais destemidos podem explorar as crateras dos vulcões Chillán Nuevo e Chillán Viejo. Mas, para ver tudo mesmo, arrisque um passeio de helicóptero. Em Chillán, como em outras estações mundo afora, há quem voe apenas para alcançar picos "virgens" fora do alcance dos teleféricos e deslizar fora das pistas. É o chamado "heliskiing", modalidade mais radical do esqui.

O clima local é um capítulo à parte. Neste ano, no fim de maio, antes mesmo do começo da temporada de inverno chilena, Chillán já estava coberta de neve, funcionando a toda. Na enquete de um dos maiores sites chilenos de esqui, a estação recebeu nota máxima dos internautas na categoria "qualidade da neve''. E sem o frio intenso de outras regiões.

Para este final de semana, por exemplo, a previsão era de dias agradáveis de sol, com temperaturas até 11oC. À noite esfria --mínima prevista de -2ºC--, afinal, trata-se de uma cordilheira nevada. As crianças adoram a estância. Nas pistas, é comum ver meninos e meninas chilenos e argentinos que mal aprenderam a andar, mas já se viram em cima de um esqui.

E se o visitante é daqueles que faz questão de um contato com a cultura local, deve passar uma tarde na cidade, de 170 mil habitantes. A aprazível Chillán fica a uma hora de carro do complexo turístico. Lá nasceu Bernardo O' Higgins, herói da independência do Chile, no começo do século 19. Há um parque e um museu em sua homenagem. Visite ainda o rústico mercado municipal, a feira de artesanato e as agradáveis avenidas arborizadas, como a Brasil. Tem ainda os impressionantes murais nas paredes da tradicional Escuela México de Arte. Vale a pena. Mas não se esqueça de que a principal jóia da região é branca, gelada e cravada de árvores. É só deslizar.

QUEM LEVA: Climb Tour Operator, tel. 5542-8166 (www.climb.tur.br). A partir de US$ 1.526. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo, duas com café da manhã e city tour em Santiago e três com meia pensão em Chillán, uso dos meios de elevação e assistência médica. Fenix Operadora, tel. 3255-4666 (www.fenixtur.com.br). A partir de US$ 2.001. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia pensão, uso dos meios de elevação, seis horas de aulas coletivas de esqui e seguro-viagem. Maktour, tel. 3034-1234 (www.maktour.com.br). A partir de US$ 1.181. Inclui aéreo, traslados, sete noites em apto. duplo com meia pensão, uso dos meios de elevação e seis horas de aulas coletivas de esqui.

Lino Bocchini viajou a convite de LAN, Termas de Chillán e Hotel Fundador.

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