Publicidade
Publicidade
05/08/2005
-
22h25
da Revista da Folha
Nem sinal de fumaça, turista ou barulho de barco, só o movimento sincronizado do remo que lentamente abre caminho para o caiaque deslizar sobre o mar azul-turquesa. Entre uma remada e outra, pausa para observar o paredão vulcânico que virou berçário de aves marinhas no rochedo Dois Irmãos, um dos cartões-postais de Fernando de Noronha.
A 500 m da costa, é mais fácil entender porque a baía dos Porcos, encravada lá atrás, bem em frente ao morro, figura entre as dez mais belas praias do país ou até do mundo. Por onde se olha, o arquipélago de Fernando de Noronha é só espetáculo.
Existem muitas maneiras de admirar a ilha pernambucana, mas talvez a mais "intimista" seja o passeio de caiaque. Nele, é possível ouvir bem de perto o "urro do leão", um som semelhante ao do animal que é provocado pelas ondas em uma fenda cravada na rocha logo abaixo do Forte dos Remédios. O movimento de ar comprimido gerado pela maré é "estrangulado" na hora da vazão, o que provoca um forte estouro. De perto, é assustador.
Com o caiaque, é fácil parar na praia da Biboca, praticamente ignorada pela maioria dos turistas, para um tranqüilo mergulho com snorkel. É tão sossegada que dá a sensação de que a visibilidade da água supera os 50 metros. Aproveite a liberdade e se jogue num banho de mar atrás do ancoradouro da praia da Conceição, uma das mais extensas da ilha, freqüentada tanto por surfistas como pelos habitantes locais.
É do caiaque que pode-se dar ao luxo de assistir ao pôr-do-sol no oceano, entre a Conceição e a praia do Cachorro, com o morro do Pico, ponto culminante de 323 m de altitude, no lado oposto do cenário.
Em alguns momentos do passeio, o caiaque balança um pouco com as marolas, principalmente quando se aproxima dos morros, mas não se assuste. Mesmo quem nunca praticou pode e deve se aventurar. Antes de zarpar, o turista passa por uma aula teórica de 30 minutos.
"Os remos foram adaptados. É muito difícil o caiaque virar, mas, para garantir a segurança, um bote com água e suco sempre acompanha todo o passeio", explica o canoista Maurício Villela. "Até criança acima de sete anos com um leve preparo físico e espírito aventureiro pode participar."
Embarcação "ecologicamente correta", o caiaque é feito de material plástico e leva duas pessoas. O disponível em Fernando de Noronha é chamado "sit on top", ou seja, não é necessário o viajante ficar com os pés presos dentro do barco.
Os passeios saem do Porto, de manhã e à tarde. Seguem sempre pelo mar de Dentro, voltado para o continente, e geralmente vão até o morro Dois Irmãos.
Como tudo em Noronha, é a natureza quem dá as cartas. Reze para o vento e a ondulação estarem em ordem e não comprometerem seu passeio. Afinal, quem vai querer ficar de cara feia no "paraíso"?
Serviço
Onde fica- O arquipélago está a cerca de uma hora e meia de avião de Recife (PE) e de Natal (RN)
Melhor época- Setembro e outubro, quando o mar está calmo e com uma coloração azul-turquesa, ideal para o mergulho. Evite a alta temporada, de dezembro a fevereiro
O que levar- Repelente, roupa leve, sandálias, protetor solar, protetor labial, boné, mochila e tênis. Para quem mergulha, o snorkel e as nadadeira são indispensáveis
Não perca- Um dos concorridíssimos jantares organizado por uma figura folclórica da ilha, o Zé Maria, na pousada que leva seu nome. A comida é ótima, o atendimento é de primeira e sempre vira festa no final.
Especial
Escolha o destino de sua próxima aventura no especial de ecoturismo
Conheça a paradisíaca Fernando de Noronha em um caiaque
ROBERTO DE OLIVEIRAda Revista da Folha
Nem sinal de fumaça, turista ou barulho de barco, só o movimento sincronizado do remo que lentamente abre caminho para o caiaque deslizar sobre o mar azul-turquesa. Entre uma remada e outra, pausa para observar o paredão vulcânico que virou berçário de aves marinhas no rochedo Dois Irmãos, um dos cartões-postais de Fernando de Noronha.
Folha Imagem |
Experimente conhecer Fernando de Noronha de caiaque |
Existem muitas maneiras de admirar a ilha pernambucana, mas talvez a mais "intimista" seja o passeio de caiaque. Nele, é possível ouvir bem de perto o "urro do leão", um som semelhante ao do animal que é provocado pelas ondas em uma fenda cravada na rocha logo abaixo do Forte dos Remédios. O movimento de ar comprimido gerado pela maré é "estrangulado" na hora da vazão, o que provoca um forte estouro. De perto, é assustador.
Com o caiaque, é fácil parar na praia da Biboca, praticamente ignorada pela maioria dos turistas, para um tranqüilo mergulho com snorkel. É tão sossegada que dá a sensação de que a visibilidade da água supera os 50 metros. Aproveite a liberdade e se jogue num banho de mar atrás do ancoradouro da praia da Conceição, uma das mais extensas da ilha, freqüentada tanto por surfistas como pelos habitantes locais.
É do caiaque que pode-se dar ao luxo de assistir ao pôr-do-sol no oceano, entre a Conceição e a praia do Cachorro, com o morro do Pico, ponto culminante de 323 m de altitude, no lado oposto do cenário.
Em alguns momentos do passeio, o caiaque balança um pouco com as marolas, principalmente quando se aproxima dos morros, mas não se assuste. Mesmo quem nunca praticou pode e deve se aventurar. Antes de zarpar, o turista passa por uma aula teórica de 30 minutos.
"Os remos foram adaptados. É muito difícil o caiaque virar, mas, para garantir a segurança, um bote com água e suco sempre acompanha todo o passeio", explica o canoista Maurício Villela. "Até criança acima de sete anos com um leve preparo físico e espírito aventureiro pode participar."
Embarcação "ecologicamente correta", o caiaque é feito de material plástico e leva duas pessoas. O disponível em Fernando de Noronha é chamado "sit on top", ou seja, não é necessário o viajante ficar com os pés presos dentro do barco.
Os passeios saem do Porto, de manhã e à tarde. Seguem sempre pelo mar de Dentro, voltado para o continente, e geralmente vão até o morro Dois Irmãos.
Como tudo em Noronha, é a natureza quem dá as cartas. Reze para o vento e a ondulação estarem em ordem e não comprometerem seu passeio. Afinal, quem vai querer ficar de cara feia no "paraíso"?
Serviço
Onde fica- O arquipélago está a cerca de uma hora e meia de avião de Recife (PE) e de Natal (RN)
Melhor época- Setembro e outubro, quando o mar está calmo e com uma coloração azul-turquesa, ideal para o mergulho. Evite a alta temporada, de dezembro a fevereiro
O que levar- Repelente, roupa leve, sandálias, protetor solar, protetor labial, boné, mochila e tênis. Para quem mergulha, o snorkel e as nadadeira são indispensáveis
Não perca- Um dos concorridíssimos jantares organizado por uma figura folclórica da ilha, o Zé Maria, na pousada que leva seu nome. A comida é ótima, o atendimento é de primeira e sempre vira festa no final.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- De centenárias a modernas, conheça as 10 bibliotecas mais bonitas do mundo
- Legoland inaugura parque temático de artes marciais com atração 3D
- Na Itália, ilha de Ischia é paraíso de águas termais e lamas terapêuticas
- Spa no interior do Rio controla horário de dormir e acesso à internet
- Parece Caribe, mas é Brasil; veja praias paradisíacas para conhecer em 2017
+ Comentadas
Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade
Copyright Folha.com. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicaçao, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha.com.