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29/08/2005
-
11h02
para a Revista da Folha
Caminhar aos pés das maiores montanhas do mundo parece desafio para poucos. Mas os ensolarados vales que cortam a cordilheira dos Andes no oeste da Argentina demonstram o contrário. Uma imensa área no Parque Provincial Aconcágua oferece a chance de caminhar por trilhas quase planas, sombreadas pelo cume nevado do Aconcágua, com seus 6.659 metros de altitude, e outras dezenas de picos não menos imponentes.
Saindo da entrada do parque, mesmo o mais comum dos mortais consegue seguir os primeiros passos de montanhistas e escaladores experientes, que chegam ali vindos do mundo todo e partem com suas tropas de mula rumo ao primeiro acampamento-base, quatro horas de caminhada à frente. O caminho estreito e bem marcado que marca o início da jornada ao pico mais alto da América corta campos gramados e normalmente cobertos de flores nos meses mais quentes do ano.
Mas a vegetação começa a desaparecer quando a escalada atinge 3.200 m, e basta olhar para cima para ver o deserto de gelo e vento que toma conta da paisagem e congela os termômetros a partir dali. Pouca gente chega até lá. Os turistas exploram trilhas a 2.800 m de altitude, o suficiente para fazê-los andar mais lentamente e enfrentar falta de ar e cansaço prematuro.
A recomendada aclimatação para quem se aproxima da Sentinela de Pedra (tradução literal de Ackon Cahuak ou Aconcágua, na antiga língua quéchua) começa na pequena aldeia de Puente del Inca, às margens da Rota de Alta Montanha, ou RN-7. Nessa estrada que segue paralela ao barrento rio Mendoza inicia a antiga trilha inca por onde os caminhantes seguem desfiladeiro adentro.
A rota tortuosa e praticamente plana percorre um cenário espetacular para quem vem de Mendoza, a maior cidade da região, a 160 km dali, ou do Chile, cuja fronteira fica bem próxima. Como o transporte público é limitado, alugar um carro confere mobilidade à empreitada. Quem se aventura deve estar com o tanque cheio, água no radiador e, se possível, telefone celular. Há poucos postos de gasolina na estrada.
Às margens da rota, o Cemitério dos Andinistas reúne lápides de escaladores mortos na tentativa de conquistar o cume mais alto das Américas. Próximo desse marco, uma ponte natural de pedra dá nome ao vilarejo de Puente del Inca e às ruínas de um antigo e luxuoso hotel de águas termais, destruído por uma avalanche na década de 1960.
Dentro do parque, a trilha para os turistas termina após uma hora de caminhada até a colorida laguna de Horcones (forquilha em espanhol), onde um desvio conduz ao estreito caminho que acompanha a margem direita do rio Durazno, rumo a uma simpática ponte pênsil. Após atravessar o caudaloso curso d'água, segue em direção ao campo-base para a subida do Aconcágua.
Dali seguem somente os mais preparados para o desafio supremo da escalada na América do Sul. Para os outros, resta apreciar o incrível espelho d'água de Horcones refletindo os picos nevados, antes de voltar à pequena Puente del Inca ou à cosmopolita Mendoza e terminar o dia com uma taça do Malbec produzido ali mesmo na região.
Quem leva
- Cia Nacional de Ecoturismo, tel. 5571-2525 (www.ciaecoturismo.com.br). A partir de US$ 764. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, jantar no quarto dia, tour em vinícolas e rafting em Mendoza, tour de dia inteiro na base do Aconcágua e seguro-viagem.
- Interpolo Turismo, tel. 3078-2000 (www.interpolo.com.br). A partir de US$ 930. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, jantar no quarto dia, tour em vinícolas e rafting em Mendoza, tour de dia inteiro na base do Aconcágua e seguro-viagem.
- Natural Mar, tel. 3214-4949 (www.naturalmar.com.br). A partir de US$ 678. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, jantar no quarto dia, tour em vinícolas e rafting em Mendoza, tour de dia inteiro na base do Aconcágua e seguro-viagem.
- Venturas & Aventuras, tel. 3872-0362 (www.venturas.com.br). A partir de US$ 2.200. Inclui aéreo, traslados, quatro noites em apto. duplo com café da manhã, quatro noites em apto. duplo com pensão completa, tour de vinhos com almoço na Bodega Zuccardi, guia de trekking e seguros de saúde e viagem.
Onde saber mais
(www.aconcagua.mendoza.gov.ar) e (www.aconcagua.com.ar)
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Aconcágua leva turista ao cume das Américas
CAIO VILELApara a Revista da Folha
Caminhar aos pés das maiores montanhas do mundo parece desafio para poucos. Mas os ensolarados vales que cortam a cordilheira dos Andes no oeste da Argentina demonstram o contrário. Uma imensa área no Parque Provincial Aconcágua oferece a chance de caminhar por trilhas quase planas, sombreadas pelo cume nevado do Aconcágua, com seus 6.659 metros de altitude, e outras dezenas de picos não menos imponentes.
Saindo da entrada do parque, mesmo o mais comum dos mortais consegue seguir os primeiros passos de montanhistas e escaladores experientes, que chegam ali vindos do mundo todo e partem com suas tropas de mula rumo ao primeiro acampamento-base, quatro horas de caminhada à frente. O caminho estreito e bem marcado que marca o início da jornada ao pico mais alto da América corta campos gramados e normalmente cobertos de flores nos meses mais quentes do ano.
Mas a vegetação começa a desaparecer quando a escalada atinge 3.200 m, e basta olhar para cima para ver o deserto de gelo e vento que toma conta da paisagem e congela os termômetros a partir dali. Pouca gente chega até lá. Os turistas exploram trilhas a 2.800 m de altitude, o suficiente para fazê-los andar mais lentamente e enfrentar falta de ar e cansaço prematuro.
A recomendada aclimatação para quem se aproxima da Sentinela de Pedra (tradução literal de Ackon Cahuak ou Aconcágua, na antiga língua quéchua) começa na pequena aldeia de Puente del Inca, às margens da Rota de Alta Montanha, ou RN-7. Nessa estrada que segue paralela ao barrento rio Mendoza inicia a antiga trilha inca por onde os caminhantes seguem desfiladeiro adentro.
A rota tortuosa e praticamente plana percorre um cenário espetacular para quem vem de Mendoza, a maior cidade da região, a 160 km dali, ou do Chile, cuja fronteira fica bem próxima. Como o transporte público é limitado, alugar um carro confere mobilidade à empreitada. Quem se aventura deve estar com o tanque cheio, água no radiador e, se possível, telefone celular. Há poucos postos de gasolina na estrada.
Às margens da rota, o Cemitério dos Andinistas reúne lápides de escaladores mortos na tentativa de conquistar o cume mais alto das Américas. Próximo desse marco, uma ponte natural de pedra dá nome ao vilarejo de Puente del Inca e às ruínas de um antigo e luxuoso hotel de águas termais, destruído por uma avalanche na década de 1960.
Dentro do parque, a trilha para os turistas termina após uma hora de caminhada até a colorida laguna de Horcones (forquilha em espanhol), onde um desvio conduz ao estreito caminho que acompanha a margem direita do rio Durazno, rumo a uma simpática ponte pênsil. Após atravessar o caudaloso curso d'água, segue em direção ao campo-base para a subida do Aconcágua.
Dali seguem somente os mais preparados para o desafio supremo da escalada na América do Sul. Para os outros, resta apreciar o incrível espelho d'água de Horcones refletindo os picos nevados, antes de voltar à pequena Puente del Inca ou à cosmopolita Mendoza e terminar o dia com uma taça do Malbec produzido ali mesmo na região.
Quem leva
- Cia Nacional de Ecoturismo, tel. 5571-2525 (www.ciaecoturismo.com.br). A partir de US$ 764. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, jantar no quarto dia, tour em vinícolas e rafting em Mendoza, tour de dia inteiro na base do Aconcágua e seguro-viagem.
- Interpolo Turismo, tel. 3078-2000 (www.interpolo.com.br). A partir de US$ 930. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, jantar no quarto dia, tour em vinícolas e rafting em Mendoza, tour de dia inteiro na base do Aconcágua e seguro-viagem.
- Natural Mar, tel. 3214-4949 (www.naturalmar.com.br). A partir de US$ 678. Inclui aéreo, traslados, cinco noites em apto. duplo com café da manhã, jantar no quarto dia, tour em vinícolas e rafting em Mendoza, tour de dia inteiro na base do Aconcágua e seguro-viagem.
- Venturas & Aventuras, tel. 3872-0362 (www.venturas.com.br). A partir de US$ 2.200. Inclui aéreo, traslados, quatro noites em apto. duplo com café da manhã, quatro noites em apto. duplo com pensão completa, tour de vinhos com almoço na Bodega Zuccardi, guia de trekking e seguros de saúde e viagem.
Onde saber mais
(www.aconcagua.mendoza.gov.ar) e (www.aconcagua.com.ar)
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