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12/09/2005
-
16h09
Diretora-executiva da Folha Online
A história real de Kanchanaburi (oeste da Tailândia), durante a Segunda Guerra Mundial, começou no início de 1942, após o país ter declarado guerra à Grã Bretanha e aos EUA e permitido que tropas do Japão ocupassem seu território.
Os japoneses planejaram construir, em cinco ou seis anos, uma ferrovia para ligar a Tailândia à Mayanmia (antiga Birmânia), incluindo uma ponte sobre o rio Kwai Yai, em Kanchanaburi.
A obra terminou em menos de três anos e provocou a morte por maus-tratos ou doenças de cerca de 16 mil prisioneiros de guerra, além de 240 mil asiáticos, empregados na construção.
O episódio virou sucesso no cinema na pele do coronel britânico Kol Nicholson, vivido por Alec Guiness em "A Ponte do Rio Kwai" --em versão bastante romanceada. O filme, rodado na verdade no Sri Lanka, além de ter ganho sete Oscars, conseguiu chamar a atenção para uma das regiões mais belas da Tailândia --ponto de partida para explorar as belezas naturais do país.
A cidade fica na junção de dois rios --o Kwai Noi e o Kwai Yai.
O cenário montanhoso, que acompanha as margens dos rios, combina vegetação de selva --com samambaias gigantes e bambuais que lembram os filmes sobre Vietnã-- com locais para pesca, rafting, cachoeiras e até golfe.
O parque nacional de Erawan, com 550 m2 revela os pontos culminantes --uma reserva com 80 espécies de animais, cavernas e um conjunto de cataratas com quedas divididas em sete níveis, em um total de 1.500 m.
Para os mais entusiasmados, uma trilha percorre toda a extensão da 'ferrovia da morte', por dentro da selva. No caminho, banhos de cachoeira, passeios por orquidários naturais ou visitas a pequenas aldeias de nativos.
Para quem dispensa aventuras em favor da história, o roteiro deve começar pela própria ponte, a cerca de 4 km do centro da cidade. A obra foi concluída com trabalho de prisioneiros de guerra, com peças trazidas de Java (Indonésia).
Bombardeada várias vezes, a ponte foi reconstruída após o guerra, mas ainda mantém parte da original, em arcos. A ponte fica aberta para caminhadas --uma experiência que mexe com os nervos: o espaço entre os dormentes deixa ver a água do rio.
Próximo da ponte, o Jeath Museum, construído em bambu e sapé, como os barracões dos prisioneiros, mantém mostra fotográfica permanente com cenas da guerra e do dia-a-dia dos presos, além de objetos pessoais e recortes de jornal.
Há ainda um cemitério de guerra (Kanchanaburi War Cemetery) com 6.982 sepulturas de prisioneiros de guerra.
Acesso
A Tailândia não pede visto de entrada de brasileiros com passaporte dentro da data de validade --desde que o objetivo seja turismo e o período da viagem não ultrapasse 30 dias. Mas o serviço de imigração no aeroporto de Bancoc exige de todos os passageiros vindos do Brasil vacina contra febre amarela, aplicada no mínimo dez dias antes da chegada.
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Ponte do rio Kwai é ponto de partida para explorar a Tailândia
ANA LUCIA BUSCHDiretora-executiva da Folha Online
Ana Lucia Busch |
Ponte sobre o rio Kwai, que ainda mantém os arcos da estrutura original |
Os japoneses planejaram construir, em cinco ou seis anos, uma ferrovia para ligar a Tailândia à Mayanmia (antiga Birmânia), incluindo uma ponte sobre o rio Kwai Yai, em Kanchanaburi.
A obra terminou em menos de três anos e provocou a morte por maus-tratos ou doenças de cerca de 16 mil prisioneiros de guerra, além de 240 mil asiáticos, empregados na construção.
O episódio virou sucesso no cinema na pele do coronel britânico Kol Nicholson, vivido por Alec Guiness em "A Ponte do Rio Kwai" --em versão bastante romanceada. O filme, rodado na verdade no Sri Lanka, além de ter ganho sete Oscars, conseguiu chamar a atenção para uma das regiões mais belas da Tailândia --ponto de partida para explorar as belezas naturais do país.
A cidade fica na junção de dois rios --o Kwai Noi e o Kwai Yai.
O cenário montanhoso, que acompanha as margens dos rios, combina vegetação de selva --com samambaias gigantes e bambuais que lembram os filmes sobre Vietnã-- com locais para pesca, rafting, cachoeiras e até golfe.
O parque nacional de Erawan, com 550 m2 revela os pontos culminantes --uma reserva com 80 espécies de animais, cavernas e um conjunto de cataratas com quedas divididas em sete níveis, em um total de 1.500 m.
Para os mais entusiasmados, uma trilha percorre toda a extensão da 'ferrovia da morte', por dentro da selva. No caminho, banhos de cachoeira, passeios por orquidários naturais ou visitas a pequenas aldeias de nativos.
Para quem dispensa aventuras em favor da história, o roteiro deve começar pela própria ponte, a cerca de 4 km do centro da cidade. A obra foi concluída com trabalho de prisioneiros de guerra, com peças trazidas de Java (Indonésia).
Bombardeada várias vezes, a ponte foi reconstruída após o guerra, mas ainda mantém parte da original, em arcos. A ponte fica aberta para caminhadas --uma experiência que mexe com os nervos: o espaço entre os dormentes deixa ver a água do rio.
Próximo da ponte, o Jeath Museum, construído em bambu e sapé, como os barracões dos prisioneiros, mantém mostra fotográfica permanente com cenas da guerra e do dia-a-dia dos presos, além de objetos pessoais e recortes de jornal.
Há ainda um cemitério de guerra (Kanchanaburi War Cemetery) com 6.982 sepulturas de prisioneiros de guerra.
Acesso
A Tailândia não pede visto de entrada de brasileiros com passaporte dentro da data de validade --desde que o objetivo seja turismo e o período da viagem não ultrapasse 30 dias. Mas o serviço de imigração no aeroporto de Bancoc exige de todos os passageiros vindos do Brasil vacina contra febre amarela, aplicada no mínimo dez dias antes da chegada.
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