Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
03/11/2005 - 11h31

Envolta em mistério, Bermudas atraem cruzeiros

JULIO ABRAMCZYK
Enviado especial da Folha de S.Paulo às Bermudas

O Triângulo das Bermudas não existe. Eu sei, estive lá. O que existe é uma população muito formal, na realidade quase quadrada. Eles são os descendentes dos pioneiros ingleses, tomam chá à tarde, mas andam pelas ruas de calça curta, paletó e gravata.

As Bermudas, dependência autônoma britânica localizada nas Antilhas, são formadas por cerca de 180 ilhas, as principais interligadas por pontes, com cerca de sete distritos denominados de "Parishes" ou Paróquias.

Aqueles que só ouviram falar nas Bermudas por causa do mito de que ali somem aviões e que acreditam nessa história podem visualizar o Triângulo das Bermudas com uma das pontas nas Bermudas e as outras duas em Miami, na Flórida, e na cidade de San Juan, em Porto Rico.

Na área compreendida por esse triângulo de 55 mil milhas quadradas teriam desaparecido, nos últimos, 500 anos, 50 navios e 20 aeronaves --sem deixar rastro.

Com ou sem essa aura de mistério, o fato é que as embarcações continuam chegando à capital das Bermudas, Hamilton, e também a St. George, a antiga capital --cidade histórica e patrimônio mundial pela Unesco.

Na primeira semana de setembro, o navio Horizon, que desembarcará no Brasil repaginado e com o nome de Island Star em dezembro, fazia a rota Filadélfia-Bermudas e estava ancorado com cerca de mil turistas na capital, que abriga o principal porto e a maioria das lojas da ilha.

Lambretas

O turista que quiser explorar a ilha de 34 praias de areia cor-de-rosa, como as de Warwick Long Bay e Horseshoe, no sul de Bermudas, não poderá alugar um automóvel. Para evitar a poluição que os carros promovem, o uso desses veículos é limitado aos residentes.

Mas os viajantes podem alugar lambretas e bicicletas. Cobram-se US$ 45 para o primeiro dia, mas há descontos no aluguel para quem ficar com a motoca nos dias seguintes. Já para as bicicletas, o preço é de US$ 25.

Tanto as lambretas como as bicicletas são alugadas com seguro obrigatório. O seguro tem a sua razão de existir: nas Bermudas, todo mundo anda na contramão.

Pela legislação local, a mão certa de direção é contrária à nossa, à esquerda de quem vai (ou volta).

Reza a lenda que a culpa pela origem dessa mão de direção é dos nobres ingleses, nos antigos tempos em que eles andavam armados com espadas. Elas eram carregadas à esquerda do cinto para poderem ser desembainhadas, quando necessário, com rapidez e facilidade pela mão direita.

Dessa forma, ao caminhar, eles iam e voltavam pela esquerda. E essa tradição passou depois para a mão de direção nos meios de transporte coletivo.

Julio Abramczyk, colunista da Folha, viajou a convite da Island Cruises.

Leia mais
  • Navio chega ao mar do Brasil repaginado
  • Telhados brancos abastecem nativos com chuva
  • Vida é cor-de-rosa nas areias das praias
  • Cavernas "mágicas" encantaram Mark Twain (exclusivo para assinantes)
  • Sabor português rega culinária insular (exclusivo para assinantes)
  • Escassez de pedra modifica arquitetura (exclusivo para assinantes)

    Especial
  • Veja outras opções de destinos na América Central
  •  

    Sobre a Folha | Expediente | Fale Conosco | Mapa do Site | Ombudsman | Erramos | Atendimento ao Assinante
    ClubeFolha | PubliFolha | Banco de Dados | Datafolha | FolhaPress | Treinamento | Folha Memória | Trabalhe na Folha | Publicidade

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade