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02/12/2005
-
19h54
da Folha Online
Após a seca, o Pantanal Sul (MS) novamente na época em que ganha a sua paisagem mais característica, com a água invadindo o verde que tomou o lugar dos galhos secos. É na estação das águas que a flora mostra sua exuberância em meio aos pântanos que dão nome à região, especialmente nas áreas preservadas.
O ano no pantanal se divide em quatro épocas: chuva (outubro a dezembro), cheia (janeiro a março), vazante (abril a junho) e seca (julho a setembro). Nos meses de estiagem, os animais são mais facilmente avistados, pois se reúnem em torno dos poucos locais em que a água persiste, ou então apresentam-se transitando em busca de água e alimento.
Mas nos meses em que a água toma conta da região também é possível ver uma infinidade de exemplares da fauna local, ainda que alguns mamíferos se escondam por entre o mato. Em compensação, o turista pode avistar aves migratórias que vão para o Pantanal Sul especificamente nessa época, como o tapicuru-de-cara-pelada, marreca-cabocla, marreca-irerê e ananaí, saídas do Pantanal Norte em busca de alimento.
Nas áreas preservadas, o turista tem a certeza de que conhecerá grande parte da fauna pantaneira em qualquer época do ano. Ficam ao alcance dos olhos o tamanduá-bandeira, o gavião-belo, a curicaca-do-pescoço-amarelo, a garça, o tuiuiú, o cafezinho, o gavião-fumaça, a arara azul, o tucano e muitos, milhares de jacarés.
O nome científico do réptil mais conhecido do Pantanal, Caiman crocodilus, deu origem ao nome do Refúgio Ecológico Caiman, uma propriedade de 53 mil quilômetros quadrados (equivalente à área da Suíça, Holanda e Bélgica juntas) em que, devido à grande área preservada, aves, mamíferos e répteis são vistos numa profusão que encanta e deixa o visitante de boca aberta.
"Como outras áreas da região foram desmatadas para o gado, muitos animais vêm para cá", afirma Luísa Almeida Maciel, 22, estudante de biologia e guia do refúgio. Ela é uma das pessoas que, ao lado do guia pantaneiro Ferpa, chama os jacarés para perto dos visitantes --como auxílio de nacos de pulmão de vaca, o chamado fufu. A cena acontece na ponte do Paizinho, nome de um açougueiro que há 30 anos condicionou os temidos répteis a comparecer para ganhar um pedaço de carne. O prêmio é pouco (para não modificar seus hábitos), mas eles não reclamam.
Ferpa, como a maioria da população pantaneira, é descendente de índios que habitavam a região. São terenos, bororos, cadiwéus, guaicurus e guatós, entre outras etnias, que ainda têm remanescentes em algumas áreas do Pantanal. Ele também conduz grupos de visitantes por passeios a cavalo, apresentando ao turista aspectos tradicionais da vida pantaneira.
Nessa temporada, a Caiman criou mais três passeios, todos a cavalo: a cavalgada com lida de gado, realizada de manhã ou à tarde, a cavalgada Santa Vóia, com pernoite no retiro de mesmo nome, e o dia de peão, em que o turista acompanha um dia de trabalho dos funcionários.
Os tradicionais passeios de caminhão, de bicicleta e caminhadas continuam no roteiro, assim como a chance de conhecer os projetos de preservação Arara Azul e Papagaio Verdadeiro, que têm sede na propriedade.
Para qualquer uma das atividades realizadas, não se esqueça da capa de chuva (especialmente nessa época) e principalmente do repelente. Parte da fauna, os mosquitos também gostam de aparecer --prontos a fazer você dar o sangue pelo Pantanal.
A repórter viajou a convite do Refúgio Ecológico Caiman
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MARY PERSIAda Folha Online
Após a seca, o Pantanal Sul (MS) novamente na época em que ganha a sua paisagem mais característica, com a água invadindo o verde que tomou o lugar dos galhos secos. É na estação das águas que a flora mostra sua exuberância em meio aos pântanos que dão nome à região, especialmente nas áreas preservadas.
Divulgação |
Projeto preserva as araras azuis |
Mas nos meses em que a água toma conta da região também é possível ver uma infinidade de exemplares da fauna local, ainda que alguns mamíferos se escondam por entre o mato. Em compensação, o turista pode avistar aves migratórias que vão para o Pantanal Sul especificamente nessa época, como o tapicuru-de-cara-pelada, marreca-cabocla, marreca-irerê e ananaí, saídas do Pantanal Norte em busca de alimento.
Divulgação |
Gavião-belo pousa perto dos visitantes |
O nome científico do réptil mais conhecido do Pantanal, Caiman crocodilus, deu origem ao nome do Refúgio Ecológico Caiman, uma propriedade de 53 mil quilômetros quadrados (equivalente à área da Suíça, Holanda e Bélgica juntas) em que, devido à grande área preservada, aves, mamíferos e répteis são vistos numa profusão que encanta e deixa o visitante de boca aberta.
Divulgação |
Jacarés atendem ao chamado |
Ferpa, como a maioria da população pantaneira, é descendente de índios que habitavam a região. São terenos, bororos, cadiwéus, guaicurus e guatós, entre outras etnias, que ainda têm remanescentes em algumas áreas do Pantanal. Ele também conduz grupos de visitantes por passeios a cavalo, apresentando ao turista aspectos tradicionais da vida pantaneira.
Divulgação |
Turista pode manejar gado |
Os tradicionais passeios de caminhão, de bicicleta e caminhadas continuam no roteiro, assim como a chance de conhecer os projetos de preservação Arara Azul e Papagaio Verdadeiro, que têm sede na propriedade.
Para qualquer uma das atividades realizadas, não se esqueça da capa de chuva (especialmente nessa época) e principalmente do repelente. Parte da fauna, os mosquitos também gostam de aparecer --prontos a fazer você dar o sangue pelo Pantanal.
A repórter viajou a convite do Refúgio Ecológico Caiman
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