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27/04/2006
-
12h06
Colaboração para a Folha de S.Paulo, no Jalapão
O Jalapão é lugar de exageros. As distâncias são enormes. A riqueza das paisagens, o isolamento e a simpatia do povo que vive por lá também. É um lugar que atrai viajantes não só em busca de natureza mas também atrás de um ponto inóspito, quase intocado.
A região é mesmo imensa --são 34 mil km2, em seis municípios--, e é preciso tempo para explorá-la a fundo. Mas quem está de passagem por Palmas, capital do Tocantins, deve separar dois ou três dias e se aventurar.
Chegada
A partir de Palmas são duas horas e meia de carro em rodovia asfaltada: TO-050 até Porto Nacional e depois TO-255 até Ponte Alta, porta de entrada da região.
A cidade é pequena e simpática e pode servir de base para quem faz a viagem em mais dias, pois algumas atrações, como a Pedra Furada --uma enorme rocha de arenito esculpida pelo vento--, ficam perto dali.
Mas, para quem tem o tempo curto, o melhor é partir para Mateiros, pois é no caminho até lá e nas proximidades da cidade, chamada de capital do Jalapão, que está o supra-sumo do que o lugar tem para oferecer.
São cachoeiras, como a da Velha, que tem águas revoltas no inverno, e a da Formiga, de água verde-esmeralda, e o Fervedouro, nascente de rio que parece uma panela com água em ebulição. Não poderiam ficar de fora as dunas alaranjadas, marca desse lugar que tem cara de deserto.
Da janela
Saindo de Ponte Alta, a estrada que era de asfalto vira de chão batido. Em poucos minutos a imensidão se apresenta e, a partir daí, sacolejando no banco do carro, é que se começa a ter uma idéia do que é o lugar --o trajeto também pode ser feito de caminhão, serviço oferecido pelas operadoras locais (a Korubo e a 4 Elementos).
O cerrado, bem como a estrada, parece sem fim. Buritizais pipocam por todos os lados indicando veredas, seriemas cruzam a estrada, e imensas chapadas e serras muito parecidas se mostram ora distantes, ora próximas, confundindo a visão. Pequenos riachos e grandes nuvens de chuva passam pela janela, completando o cenário cinematográfico.
Tudo isso sem cruzar com viva alma por muitos e muitos quilômetros. Para quem vai ao Jalapão por poucos dias, vale dizer que muito desse pouco tempo é gasto chacoalhando no carro, porém essa é parte preciosa da viagem, a paisagem se descortinando justifica cada segundo, com cenas se transformando a cada curva da estrada e a cada mudança de luz.
É o resumo de uma viagem essencialmente visual.
Operadoras locais
4 Elementos: 0/xx/63 3215-7227
Korubo: 0/xx/11/ 3667-5053; www.korubo.com.br
Edu Marin Kessedjian viajou a convite da RSB Produções
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Jalapão regala com múltiplas paisagens
EDU MARIN KESSEDJIANColaboração para a Folha de S.Paulo, no Jalapão
O Jalapão é lugar de exageros. As distâncias são enormes. A riqueza das paisagens, o isolamento e a simpatia do povo que vive por lá também. É um lugar que atrai viajantes não só em busca de natureza mas também atrás de um ponto inóspito, quase intocado.
A região é mesmo imensa --são 34 mil km2, em seis municípios--, e é preciso tempo para explorá-la a fundo. Mas quem está de passagem por Palmas, capital do Tocantins, deve separar dois ou três dias e se aventurar.
Chegada
A partir de Palmas são duas horas e meia de carro em rodovia asfaltada: TO-050 até Porto Nacional e depois TO-255 até Ponte Alta, porta de entrada da região.
Edu Marin Kessedjian/FI |
Deserto é formado por sedimentos de arenito |
Mas, para quem tem o tempo curto, o melhor é partir para Mateiros, pois é no caminho até lá e nas proximidades da cidade, chamada de capital do Jalapão, que está o supra-sumo do que o lugar tem para oferecer.
São cachoeiras, como a da Velha, que tem águas revoltas no inverno, e a da Formiga, de água verde-esmeralda, e o Fervedouro, nascente de rio que parece uma panela com água em ebulição. Não poderiam ficar de fora as dunas alaranjadas, marca desse lugar que tem cara de deserto.
Da janela
Saindo de Ponte Alta, a estrada que era de asfalto vira de chão batido. Em poucos minutos a imensidão se apresenta e, a partir daí, sacolejando no banco do carro, é que se começa a ter uma idéia do que é o lugar --o trajeto também pode ser feito de caminhão, serviço oferecido pelas operadoras locais (a Korubo e a 4 Elementos).
O cerrado, bem como a estrada, parece sem fim. Buritizais pipocam por todos os lados indicando veredas, seriemas cruzam a estrada, e imensas chapadas e serras muito parecidas se mostram ora distantes, ora próximas, confundindo a visão. Pequenos riachos e grandes nuvens de chuva passam pela janela, completando o cenário cinematográfico.
Tudo isso sem cruzar com viva alma por muitos e muitos quilômetros. Para quem vai ao Jalapão por poucos dias, vale dizer que muito desse pouco tempo é gasto chacoalhando no carro, porém essa é parte preciosa da viagem, a paisagem se descortinando justifica cada segundo, com cenas se transformando a cada curva da estrada e a cada mudança de luz.
É o resumo de uma viagem essencialmente visual.
Operadoras locais
4 Elementos: 0/xx/63 3215-7227
Korubo: 0/xx/11/ 3667-5053; www.korubo.com.br
Edu Marin Kessedjian viajou a convite da RSB Produções
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