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15/06/2006 - 09h16

Belém: Parques trazem trecho de floresta para área urbana

HELOISA LUPINACCI
Enviada especial da Folha de S.Paulo a Belém (PA)

No centro de Belém, dois lugares aproximam o turista da floresta amazônica.

No bairro do Nazaré, região nobre da cidade, um quarteirão enorme é ocupado por um trecho de floresta --são 50 mil metros quadrados. Nesse bosque fica a sede do museu Emilio Goeldi, misto de centro de pesquisa --é referência mundial em entomologia, estudo de insetos-- e passeio familiar.

O museu foi fundado em 1866, por Domingos Soares Ferreira Penna, mas foi em 1894 que o naturalista suíço Emilio Goeldi, recém-saído do Museu Nacional, no Rio, assumiu a direção do então chamado Museu do Pará.

A sede conta a história de como o museu se consolidou como referência nos estudos da fauna, da flora, do clima e do homem amazônicos. Apresenta algumas peças resultantes dessas pesquisas, como objetos de cerâmica antropomorfos de tribos que habitavam a região. Mas é no lado de fora que reside o que há de mais interessante.

É o parque zoobotânico, com exemplares de fauna e flora amazônicas. Se, por um lado, dá certa tristeza ver uma onça-pintada enjaulada em um espaço pequeno, logo ao lado da sede, por outro, há um lago coberto de vitórias-régias e aves que dificilmente seriam vistas soltas por aí, como urubus-rei. E há ainda animais soltos, como cutias, que ficam perambulando pelos passeios do bosque.

Entre os animais aquáticos, reina o peixe-boi, do qual só se vê o focinho, que sai da água em busca de ar e de comida --o bicho pasta o mato na superfície.

Para gringo

Em outro ponto da cidade, à beira do rio Guamá, está o outro lugar que aproxima visitantes de guarás e mutuns. Os belenenses falam do Mangal das Garças com um sentimento ambíguo. Dizem que é lugar para inglês ver, mas recomendam a visita. Concluído em 2005, Mangal vale o passeio e é de fato um lugar para inglês ver.

Duas horas bastam para conhecer o espaço. Ao chegar, o primeiro ponto de parada é naturalmente o mirante para o rio Guamá. Dali se tem a melhor vista para o rio, tão pouco visível em toda a cidade.

Para chegar ao mirante, caminha-se por passarelas erguidas sobre o aningal, vegetação original da beira do rio, composta por aningas e aningaúbas, plantas de folhas e flores brancas gigantes.

O lugar mais bonito do parque é a reserva José Marcio Ayres, um viveiro de borboletas amazônicas, algumas espécies de beija-flor e, claro, muitas flores. Com sorte, avistam-se também calanguinhos.

A parte mais popular, no entanto, é o Farol para Belém, uma torre com vista para a cidade. É interessante subir para ver o centro histórico de Belém de cima. Dali avistam-se, por exemplo, as torres das conhecidas igrejas do Carmo, da Sé e de Santo Alexandre.

E, como o nome diz, o parque é habitado por garças e outras aves, como o guará. Parente distante do flamingo, o guará tem mais ou menos aquela cor, bico comprido e é mais baixo.

Outras aves mais raras podem ser vistas de perto no Viveiro das Aningas. Trata-se de uma enorme gaiola, na qual o turista entra e passeia com aves como o mutum-cavalo, que parece um galo enorme com um grande bico vermelho.

Ao lado do mirante fica o restaurante Manjar das Garças. O restaurante é muito recomendado pelos moradores da cidade e é uma das poucas opções para provar a culinária regional do Pará. O serviço é em bufê, que custa R$ 29,50 por pessoa.

MUSEU EMILIO GOELDI - av. Magalhães Barata, 376; ingresso: R$ 4; tel.: 0/xx/91/3219-3358. www.museu-goeldi.br
MANGAL DAS GARÇAS - passagem Carneiro da Rocha, s/nº; tel.: 0/xx/91/3242-5052. www.prodepa.psi.br/mangaldasgarcas

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