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29/06/2006 - 11h44

Fernando de Noronha: Quem fica só 2 dias tem de enxugar roteiro

GABRIELA ROMEU
Colaboração para a Folha de S.Paulo em Noronha

Sempre à frente da embarcação, um casal de gaivotas anuncia a proximidade de terra firme. Debaixo de uma chuva persistente, o arquipélago de Fernando de Noronha vai aos poucos se delineando lá longe aos turistas do cruzeiro.

Acorde bem cedo, antes do nascer do sol, para ver a silhueta da ilha principal, localizada a 545 km de Recife (PE). Depois de uma viagem inebriante --sim, remédio para enjôo é providencial em cruzeiros--, todos estão ávidos para conhecer os pontos principais do arquipélago, descoberto por Américo Vespúcio em 1503.

Atualmente, há diversas formas de desbravar o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (Parnamar): de bugue, de barco, a pé, a cavalo e debaixo d'água (em mergulhos de apnéia ou com cilindro). Em todas as opções turísticas, os visitantes têm à disposição guias locais que garantem a viabilidade e a segurança do trajeto.

Mas até o passeio no paraíso pode ser estressante. É que o tempo é curto para quem vai num cruzeiro, e os locais para conhecer em Fernando de Noronha são muitos. Por isso a ordem é relaxar. Dois dias são realmente insuficientes para quem quer conhecer e, principalmente, curtir o arquipélago.

O indicado é fazer numa manhã o passeio de barco e, à tarde, um tour de carro pelas praias. Depois de uma geral pelo arquipélago, o turista escolhe um ponto para curtir melhor no último dia. Com certeza, o gosto da partida é de quem pouco provou as delícias da ilha que tem como sentinela o morro do Pico, com 323 metros de altura.

Desembarque

Assim que o navio atraca em um ponto próximo ao arquipélago, o primeiro desafio é o desembarque. Os passageiros, ansiosos em não perder o tempo precioso para desbravar a ilha, se aglutinam próximo à saída. É preciso ter paciência até chegar sua vez de pegar o barquinho que o levará ao porto, de onde saem os passeios de barco e de bugue. Há a opção de fechar pacotes de passeios no navio, mas no porto é mais fácil negociar.

O passeio de barco, que dura cerca de três horas, é imperdível. Uma das atrações do trajeto é o "rugido do leão": uma gruta com dois buracos que propaga o som do animal por causa do barulho das ondas do mar na abertura. Mas o ponto alto da viagem é a passagem pela baía dos Golfinhos. Com direito a parada para banho, o passeio custa, em média, R$ 70 por pessoa.

Quem fez o tour de barco pela manhã tem a tarde para conhecer a ilha de carro --bugue, com guia, sai de R$ 150 a R$ 200 por dia. Aí a tarefa inglória é escolher apenas algumas praias do arquipélago. Para os aventureiros, a dica é a baía do Sancho. Ao lado de uma imensa gameleira (Fícus noronhae, espécie endêmica que nasce em penhascos), do alto do mirante de 50 metros de altura, dá para avistar a praia lá embaixo.

André Novaes, 32, estava no mirante do Sancho para fornecer informações aos visitantes. "É preciso descer pela fenda e, depois, encarar 172 degraus até a praia", avisa o ilhéu. É um pouco claustrofóbico descer a escadinha cravada entre duas rochas. O esforço é recompensado pela visão da praia, que não tem infra-estrutura para os visitantes; portanto não deixe de levar sua garrafa de água.

Se a idéia é conhecer outras praias, o jeito é encarar rapidamente a subida. A guia Francinete de Jesus Santana, mais conhecida como Nega, sugere as praias do Leão (há desova de tartarugas marinhas), do Sueste (dá para fazer mergulho de apnéia), a Cacimba do Padre (procurada por surfistas) e a baía dos Porcos (ótimos banhos em piscinas naturais).

À tarde, a parada certa é o mirante Boldró, onde os turistas assistem ao pôr-do-sol ao som de "Bolero de Ravel", que rola num toca-CD. Ali de cima a vista é a praia do Americanos, onde é permitido o nudismo, e o pico Dois Irmãos. Nos arredores do mirante, está o forte São Pedro do Boldró, que, protegido por correntes, impedia a aproximação dos turistas.

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