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03/08/2006
-
12h15
Enviada especial da Folha de S.Paulo ao Ceará
Nos caminhos sobre as areias de Canoa Quebrada, os bugueiros fazem duas rotas que extrapolam o jargão "com ou sem emoção" --sequer citado pelo condutor--, deixando outra experiência, bem menos passageira que o frio na barriga.
Uma delas, até o Cumbe, adentra a zona desértica e acaba num oásis verde, onde vive a comunidade rural do Cumbe e suas labirinteiras. A outra, até Ponta Grossa, em direção à divisa com o Rio Grande do Norte, exalta a contemplação à beira do mar. Entre uma e outra, faça as duas.
O tour até o vilarejo passa pela histórica sede do município, Aracati, antigo centro de charque no século 18. Após cruzar uma ponte, o buggy continua a corrida por uma estrada de chão batido até entrar nas dunas. Elas parecem não ter fim. No Ceará, as dunas são livres para as manobras dos bugueiros e, por isso, longas --se comparadas às de Genipabu (RN).
A natureza foi muito generosa nesse pedaço de terra cearense. Sobre a areia, avistam-se o oceano, lagos e o delta do rio Jaguaribe, além do manguezal. Uma igreja no meio do verde sinaliza a chegada ao Cumbe, esse oásis cearense, a oeste de Canoa Quebrada.
Segundo tour
O trajeto de 35 km até Ponta Grossa, em Icapuí, dura três horas, com algumas paradas. As falésias são o grande destaque desse trecho. Nas cores branca e vermelha, dão sinal de vida em Majorlândia, a 3 km de Canoa Quebrada. O lugar merece ser lembrado, porque dali se tira a areia para as garrafas coloridas do Ceará.
Em seguida, em Quixabá, há outro lugar memorável. O cânion chamado de Garganta do Diabo, com formação de areia, encastelada e pontiaguda.
A escolha da praia de Ponta Grossa como ponto final antes da volta tem uma explicação. As cores parecem saídas de uma palheta, e o visual é uma pintura. Vindo de baixo, o mato verde com as flores rosa de salsa-da-praia fixando a duna amarela; a falésia laranja-avermelhada no alto e, ao fundo, as pedras pretas encravadas no mar azul.
No sossego de Ponta Grossa, se vê o vaivém de buggies, de kite-surfistas esperando o vento certo para sair e de algumas famílias de 4x4 dando uma paradinha para um banho de mar.
É o lugar para relaxar antes de voltar --não sem antes escalar uma duna de cerca de 60 metros. Deixe a preguiça de lado. Tire 15 minutos para andar sobre a areia fofa que escorre como uma ampulheta a cada passada e, principalmente, imite os nativos de Retiro Grande e desça a duna pulando, vendo o mar no horizonte. É delicioso.
Finalize na barraca do Sidrak (0/xx/88/9963-4401), pedindo uma lagosta com farofa e arroz para duas pessoas (R$ 27). Não renegue a musse de limão de sobremesa, uma oferta da casa.
Associação dos Bugueiros de Canoa Quebrada - o passeio até Ponta Grossa custa R$ 170, de duas a quatro pessoas; o tour até o Cumbe custa R$ 150; até o delta, R$ 170 tel.: 0/xx/88/3421-7175
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Ceará: Passeio de buggy cobre zona desértica e beira-mar
MARGARETE MAGALHÃESEnviada especial da Folha de S.Paulo ao Ceará
Nos caminhos sobre as areias de Canoa Quebrada, os bugueiros fazem duas rotas que extrapolam o jargão "com ou sem emoção" --sequer citado pelo condutor--, deixando outra experiência, bem menos passageira que o frio na barriga.
Uma delas, até o Cumbe, adentra a zona desértica e acaba num oásis verde, onde vive a comunidade rural do Cumbe e suas labirinteiras. A outra, até Ponta Grossa, em direção à divisa com o Rio Grande do Norte, exalta a contemplação à beira do mar. Entre uma e outra, faça as duas.
O tour até o vilarejo passa pela histórica sede do município, Aracati, antigo centro de charque no século 18. Após cruzar uma ponte, o buggy continua a corrida por uma estrada de chão batido até entrar nas dunas. Elas parecem não ter fim. No Ceará, as dunas são livres para as manobras dos bugueiros e, por isso, longas --se comparadas às de Genipabu (RN).
A natureza foi muito generosa nesse pedaço de terra cearense. Sobre a areia, avistam-se o oceano, lagos e o delta do rio Jaguaribe, além do manguezal. Uma igreja no meio do verde sinaliza a chegada ao Cumbe, esse oásis cearense, a oeste de Canoa Quebrada.
Segundo tour
O trajeto de 35 km até Ponta Grossa, em Icapuí, dura três horas, com algumas paradas. As falésias são o grande destaque desse trecho. Nas cores branca e vermelha, dão sinal de vida em Majorlândia, a 3 km de Canoa Quebrada. O lugar merece ser lembrado, porque dali se tira a areia para as garrafas coloridas do Ceará.
Em seguida, em Quixabá, há outro lugar memorável. O cânion chamado de Garganta do Diabo, com formação de areia, encastelada e pontiaguda.
A escolha da praia de Ponta Grossa como ponto final antes da volta tem uma explicação. As cores parecem saídas de uma palheta, e o visual é uma pintura. Vindo de baixo, o mato verde com as flores rosa de salsa-da-praia fixando a duna amarela; a falésia laranja-avermelhada no alto e, ao fundo, as pedras pretas encravadas no mar azul.
No sossego de Ponta Grossa, se vê o vaivém de buggies, de kite-surfistas esperando o vento certo para sair e de algumas famílias de 4x4 dando uma paradinha para um banho de mar.
É o lugar para relaxar antes de voltar --não sem antes escalar uma duna de cerca de 60 metros. Deixe a preguiça de lado. Tire 15 minutos para andar sobre a areia fofa que escorre como uma ampulheta a cada passada e, principalmente, imite os nativos de Retiro Grande e desça a duna pulando, vendo o mar no horizonte. É delicioso.
Finalize na barraca do Sidrak (0/xx/88/9963-4401), pedindo uma lagosta com farofa e arroz para duas pessoas (R$ 27). Não renegue a musse de limão de sobremesa, uma oferta da casa.
Associação dos Bugueiros de Canoa Quebrada - o passeio até Ponta Grossa custa R$ 170, de duas a quatro pessoas; o tour até o Cumbe custa R$ 150; até o delta, R$ 170 tel.: 0/xx/88/3421-7175
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