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23/11/2006
-
08h27
Enviada Especial da Folha de S.Paulo a Salvador
Ele é intrigante. Cilíndrico, fica cravado na água da baía de Todos os Santos. Bem exibido, está alinhado a dois dos principais pontos turísticos da capital baiana: o mercado Modelo e o elevador Lacerda. E há quase 40 anos permanecia uma incógnita, fechado.
Graças a todos os santos --e à prefeitura e aos patrocinadores-, esse mistério se desfez há seis meses. O forte São Marcelo está, enfim, aberto a visitação.
Depois de um destino incerto --já foi planejada a construção de um hotel ali, entre outros empreendimentos--, a fortificação cilíndrica erguida sobre um banco de areia foi restaurada, recheada de material histórico e se transformou em Centro Cultural Forte São Marcelo.
A ida ao forte vale cada minuto a menos de compras no mercado Modelo. E é bom reservar algum tempo, pois de nada vale ir até lá sem guardar uns minutos para admirar a vista que se tem da cidade e do mar a partir do ponto mais alto da muralha.
Apesar de parecer isolado, chegar até ali é bem simples. Saindo do elevador Lacerda, olhando bem de frente para o mercado Modelo, basta seguir pela lateral direita. Surgirá, do outro lado da rua, meio inclinado, um prédio azul, o Centro Náutico. Ali dentro são vendidos bilhetes para diversos passeios de barco. Vá direto ao terceiro guichê.
Esse é o único que vende o bilhete para o forte. O barco parte a cada meia hora. Mas como o movimento é pequeno, ele pode sair imediatamente ao chegarem visitantes. E o trajeto é muito curto.
A história do forte São Marcelo começa em 1650, quando sua construção foi autorizada. As obras foram concluídas apenas em 1728. Primeiro, ele teve a forma de torreão circular bem no cocuruto do banco de areia. Para ficar mais protegido, foi construída depois uma muralha, também circular, ao seu redor.
O alinhamento do forte com o mercado e o elevador não é sem porquê. Ele foi erguido para proteger a cidade, que era então apenas um trecho da chamada Cidade Alta e uma franja na Cidade Baixa. Há, no atual acervo, uma maquete que mostra a antiga Salvador, amuralhada, guardada pelo forte.
As salas foram transformadas em um museu sobre a sua história. Versam sobre as rotas de navegação portuguesas, a vida dos soldados no forte e a história da cidade. Há simulador de canhão e de nau, em uma sala que funcionava como cela, e nomes de presos famosos, como o revolucionário gaúcho Bento Gonçalves (1788-1847). Em uma delas, a mais interessante, há fotos de Salvador nos séculos 16, 17, 18 e 19.
Então, terminado o percorrido histórico, vem o ponto alto do passeio. Primeiro, os visitantes sobem ao cume do torreão central, a primeira parte do forte. Dali avista-se toda a baía, da ponta do Humaitá à Barra.
Mas isso é só o aperitivo. Logo em seguida, os visitantes são levados à muralha, o ponto mais alto dessa construção cilíndrica. Dali, avista-se a cidade e o mar. É como ver Salvador de camarote.
Serviço: Forte São Marcelo funciona de terça a domingo, das 9h às 18h; ingresso (trecho de barco mais entrada no forte): R$ 10 (estudantes pagam R$ 5) Tel.: 0/xx/71/3321-5286
Heloisa Lupinacci viajou a convite de TAM, Bahia Othon, Planeta Othon e Festival de Verão
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HELOISA LUPINACCIEnviada Especial da Folha de S.Paulo a Salvador
Ele é intrigante. Cilíndrico, fica cravado na água da baía de Todos os Santos. Bem exibido, está alinhado a dois dos principais pontos turísticos da capital baiana: o mercado Modelo e o elevador Lacerda. E há quase 40 anos permanecia uma incógnita, fechado.
Graças a todos os santos --e à prefeitura e aos patrocinadores-, esse mistério se desfez há seis meses. O forte São Marcelo está, enfim, aberto a visitação.
Depois de um destino incerto --já foi planejada a construção de um hotel ali, entre outros empreendimentos--, a fortificação cilíndrica erguida sobre um banco de areia foi restaurada, recheada de material histórico e se transformou em Centro Cultural Forte São Marcelo.
A ida ao forte vale cada minuto a menos de compras no mercado Modelo. E é bom reservar algum tempo, pois de nada vale ir até lá sem guardar uns minutos para admirar a vista que se tem da cidade e do mar a partir do ponto mais alto da muralha.
Apesar de parecer isolado, chegar até ali é bem simples. Saindo do elevador Lacerda, olhando bem de frente para o mercado Modelo, basta seguir pela lateral direita. Surgirá, do outro lado da rua, meio inclinado, um prédio azul, o Centro Náutico. Ali dentro são vendidos bilhetes para diversos passeios de barco. Vá direto ao terceiro guichê.
Esse é o único que vende o bilhete para o forte. O barco parte a cada meia hora. Mas como o movimento é pequeno, ele pode sair imediatamente ao chegarem visitantes. E o trajeto é muito curto.
A história do forte São Marcelo começa em 1650, quando sua construção foi autorizada. As obras foram concluídas apenas em 1728. Primeiro, ele teve a forma de torreão circular bem no cocuruto do banco de areia. Para ficar mais protegido, foi construída depois uma muralha, também circular, ao seu redor.
O alinhamento do forte com o mercado e o elevador não é sem porquê. Ele foi erguido para proteger a cidade, que era então apenas um trecho da chamada Cidade Alta e uma franja na Cidade Baixa. Há, no atual acervo, uma maquete que mostra a antiga Salvador, amuralhada, guardada pelo forte.
As salas foram transformadas em um museu sobre a sua história. Versam sobre as rotas de navegação portuguesas, a vida dos soldados no forte e a história da cidade. Há simulador de canhão e de nau, em uma sala que funcionava como cela, e nomes de presos famosos, como o revolucionário gaúcho Bento Gonçalves (1788-1847). Em uma delas, a mais interessante, há fotos de Salvador nos séculos 16, 17, 18 e 19.
Então, terminado o percorrido histórico, vem o ponto alto do passeio. Primeiro, os visitantes sobem ao cume do torreão central, a primeira parte do forte. Dali avista-se toda a baía, da ponta do Humaitá à Barra.
Mas isso é só o aperitivo. Logo em seguida, os visitantes são levados à muralha, o ponto mais alto dessa construção cilíndrica. Dali, avista-se a cidade e o mar. É como ver Salvador de camarote.
Serviço: Forte São Marcelo funciona de terça a domingo, das 9h às 18h; ingresso (trecho de barco mais entrada no forte): R$ 10 (estudantes pagam R$ 5) Tel.: 0/xx/71/3321-5286
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