Há 20 anos a torre inclinada de Pisa era fechada ao público; veja guias

Fabio Muzzi/AP

Há 20 anos, a torre de Pisa era fechada; hoje não registra mais o movimento para o lado

Um dos cartões-postais mais conhecidos da Itália, a torre inclinada de Pisa, já passou por diversas reformas. Há 20 anos, em 7 de janeiro de 1990, ela foi fechado para o público devido a preocupações com segurança.

Após esforços de estabilização e reconstrução corretiva, a torre foi reaberta em 15 de dezembro de 2001. As obras foram supervisionadas pelo Comitê Internacional para a Proteção da Torre de Pisa, composto por especialistas italianos e estrangeiros.

Hoje, pela primeira vez em 800 anos, a construção não registra mais o constante movimento para o lado que chegou a colocar em risco o monumento.

Causas da inclinação

Construída entre os séculos 12 e 13, a torre pesa 14,5 mil toneladas, é revestida de mármore branco e tem 60 metros de altura. Ela já "nasceu" inclinada, e sua construção chegou a ser interrompida diversas vezes na tentativa de resolver o problema.

Sempre houve grandes debates a respeito das possíveis causas da inclinação da torre de Pisa. Muitos apontam como motivo principal problemas do terreno onde ela foi construída.

Pisa

Saiba mais sobre a cidade de Pisa que abriga a atração turística, localizada na região da Toscana, nos trechos a seguir do "Guia Visual Itália" e do "Guia As Melhores Viagens de Carro: Itália" :

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"Guia Visual Itália"

Toscana

Famosa por sua arte, história e paisagem, a Toscana é uma região onde passado e presente se unem em agradável harmonia. Cidades no topo das colinas, muitas cercadas por muralhas etruscas, parecem vigiar os campos a seus pés. Seus lindos palácios evidenciam a riqueza da região, enquanto as construções medievais das prefeituras indicam uma longa tradição de democracia e autonomia política.

Na Toscana rural, entre vinhedos e oliveiras, despontam aldeias e casas de fazenda, além de mansões tipo villa e castelos fortificados, que simbolizam os violentos conflitos que devastaram a região durante a Idade Média. Vários castelos e mansões foram construídos para os Medici, os grandes patronos do Renascimento, que financiaram cientistas eminentes como Galileu Galilei.

O Norte da Toscana e a populosa planície entre Florença e Lucca são dominados pela indústria. Aqui as terras entre as cidades e as áreas montanhosas são intensamente cultivadas.

A área ao redor de Livorno e Pisa, por sua vez, é o atual eixo econômico da região. Pisa, no auge do seu poder, dominou o Mediterrâneo ocidental entre os séculos 11 e 13. Sua armada abriu extensas rotas comerciais com o Norte da África, trazendo para a Itália os benefícios das conquistas científicas e artísticas dos árabes. Durante o século 16, o estuário do Arno começou a ser assoreado, colocando um ponto final no poder de Pisa.

No coração da Toscana central fica Siena, forte rival de Florença. Sua maior conquista foi vencer a batalha de Montaperti em 1260. Mas, no século 14, a cidade foi devastada pela Peste Negra e totalmente derrotada por Florença no cerco de 1554-55.

O Nordeste da Toscana, com seus picos e bosques, forneceu refúgio para eremitas e santos, enquanto o Leste acolheu o pintor Piero della Francesca, do início do Renascimento. Suas obras, atemporais e serenas, parecem apresentar uma perfeição quase religiosa.

Pisa

Durante grande parte da Idade Média, a poderosa armada de Pisa garantiu-lhe o domínio do Mediterrâneo ocidental. Ligações comerciais com a Espanha e o Norte da África, no século 12, trouxeram grande riqueza e a base para a revolução cultural ainda visível nos esplêndidos edifícios de Pisa -especialmente Duomo, Batistério e Campanário (a famosa Torre de Pisa). O declínio da cidade começou em 1284, com sua derrota para Gênova, sendo acelerado pelo assoreamento do porto. Em 1406, foi conquistada pelos florentinos. Mas sua pior crise foi em 1944, com o bombardeio dos Aliados.

Torre de Pisa

Construída em uma área com subsolo arenoso, a Torre de Pisa, que foi iniciada em 1173, começou a se inclinar antes mesmo que o terceiro piso estivesse pronto, em 1274. Apesar das fundações pouco profundas, a construção prosseguiu e a estrutura foi concluída em 1350. Sua inclinação tem atraído turistas ao longo dos séculos, incluindo o cientista local, Galileu Galilei, que realizou aqui seus famosos experimentos sobre a velocidade de queda dos objetos. Após recentes intervenções de engenharia que diminuíram 38cm da inclinação, a torre ficou novamente segura e foi aberta ao público.

1274: adição do terceiro andar, a torre começa a se inclinar

1301: torre completada até o campanário

1350: torre com inclinação de 1,4m

1817: torre com inclinação de 3,8m

1995: torre com inclinação de 5,4m

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Roteiros inesquecíveis para conhecer o país de norte a sul

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Ligúria e Toscana

Os Apeninos ligam os Alpes Marítimos, na fronteira franco-italiana, às montanhas da Toscana. Mas isso, além dos vales profundos e de um clima idílico, é tudo que a Ligúria e a Toscana têm em comum.

A Ligúria é mais conhecida como a Riviera Italiana, e abrange, ao norte de Gênova, a Riviera di Ponente, famosa pelas flores e pelas azeitonas, e, a leste, a Riviera di Levante, com penhascos acentuados e aldeias de pesca. Suas atrações vão de balneários litorâneos vibrantes e enseadas isoladas, escondidas em um dos litorais mais espetaculares da Europa.

No entanto, o grande segredo da Ligúria são as cidades escondidas entre os vales dos Apeninos. Construídas na Idade Média em lugares inacessíveis, principalmente como defesa contra ataques dos sarracenos, que vinham do mar, suas casinhas agrupadas em torno da igreja estão hoje silenciosas e vazias. Porém, mesmo a menos visitada delas fica a no máximo uma hora e meia de carro da costa. Os desfiladeiros que levam a elas propiciam vistas incríveis dos vales até o mar.

Partes da região da Toscana desfrutam do mesmo isolamento encontrado no interior da Ligúria. E a beleza desta região é lendária. À medida que os Apeninos avançam na direção de Florença, grande parte do campo é dobrada em colinas e vales que escondem aldeias e castelos que pouca gente conhece. O Mugello, no nordeste da região, é um desses locais, caracterizado por uma mata cerrada. Em contraste, a região do Chianti, que produz o vinho mais famoso da Itália, entre Florença e Siena, é imensamente popular e faz parte do itinerário da maioria dos viajantes.

É bastante difícil imaginar que esta paisagem pacífica tenha sido, do século 11 ao 15, o cenário de guerras ferozes entre as cidades-estado independentes da região, antes de elas serem unificadas como o Grande Ducado da Toscana sob os famigerados governantes Médici. Como se pode notar, muitas cidades e aldeias preservaram sua herança cultural intacta. Você encontrará, em igrejinhas remotas, pinturas da Madonna e dos santos dos primeiros dias do Renascimento, ainda em suas posições originais. Considerando que tantas guerras, déspotas, invasores e calamidades devastaram esta região, é surpreendente que qualquer coisa tenha conseguido sobreviver.

Pisa

A cidade de Pisa tem alguns dos prédios mais magníficos da Itália. Todos já ouviram falar da Torre Inclinada, onde Galileu realizou suas experiências sobre a velocidade de corpos em queda livre. A torre, a catedral, o batistério e o cemitério, conhecido como Campo Santo, constituem o Campo dei Miracoli (Campo dos Milagres), no coração de Pisa. Mas o que dizer da minúscula Chiesa di Santa Maria della Spina, um dos exemplos supremos do estilo gótico italiano? Pisa oferece várias surpresas. Nos distritos Borgo Largo e Borgo Stretto, há antigos becos tortuosos e um velho mercado; aqui você também encontrará belas praças e palácios majestosos, como o Palazzo dei Carovana e o Palazzo dell'Orologio.

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