João Paulo II
© Barbara Abramo, especial para Urania

A respeito do mapa astral de Karol Wojtyla, não se tem certeza de horário.

No site Astrodatabank se pode conferir um estudo feito com base em informações desencontradas fornecidas ao longo do tempo. O que se conhece de João Paulo II é

Ele nasceu em Wadowice, Polônia, em 18/5/1920. Os horários especulativos oscilam entre as 17 e 18hs.

O mapa astrológico de nascimento, segundo especulações, pode ser o que se segue:



Conforme a conjunção de Júpiter e Netuno no MC - em Leão - temos a promessa de um chefe religioso ou líder espiritual. Era dia de eclipse solar, e o mapa astral mostra também Marte, o planeta da garra, em Libra, signo de seu exílio, provavelmente na casa 12, o que é mais coerente com seu papel político/religioso: o de ser um agente de grupo (no caso os conservadores), com o posicionamento de Saturno em Virgem na casa 11, evidenciando ter o apoio de um grupo (casa 11) diligente (Virgem) no campo teórico e da formação publica (casa 11) e de Sol no trabalhador e incansável signo de Touro. Mercúrio em Touro em conjunção a Vênus domiciliada neste signo coloca a emoção estética como veiculo de aprendizado - e realmente o Papa mostrou em sua vida ter pendores literários e ligados ao teatro, o que em muito deve ter-lhe ajudado nas manifestações de seu papado (casa 10, prestigio, reputação, imagem publica) dada a presença de Júpiter e Netuno no dramático Leão.

O meio-ceu, ponto mais alto e forte do mapa astral, encontrava-se ativado por ocasião de sua escolha para o papado, em 16/10/1978. Júpiter transitava Leão e Karol Vojtyla havia sido nomeado cardeal recentemente por seu antecessor, João Paulo I. Um sinal de que teria distinção e reconhecimento durante o conclave. E não apenas isso, mas também a presença de Saturno em Virgem, retornando a seu ponto natal um pouco antes, atestava que seus dotes "saturninos" _ tais como obediência a um grupo teórico, disciplina, diligencia, capacidade de lidar engenhosamente com pensamentos dispares, na busca por uma identidade de forma intelectual, a saber de uma postura ou corrente dentro da Igreja, estariam sendo relevadas pela realidade. O Sol, em conjunção a Marte de seu nascimento, atestava um momento em que seus métodos atraíram os olhares e o brilho para sua personalidade diplomática e conciliadora, consoante com um Ascendente em Libra. Parece que os observadores, naquele então, concordam que esta teria sido uma postura típica do ainda cardeal Vojtyla. Naquela ocasião, também se encontrava em conjunção Vênus e Marte, ambos em Escorpião, o signo da finalidade e da sobrevivência, do poder transformador. Ambos no signo dos recursos, assinalaram no céu a vitória de João Paulo II, o papa que se alinhava com o pensamento conservador e que iria, nos próximos 26 anos de seu papado, alinhar-se mais e mais com as teses do Concilio Vaticano I, apoiando-se em instituições também conservadoras como a Opus Dei e o Santo Oficio da Inquisição - que hoje em dia tem outro nome.



João Paulo II, na outra ponta do espectro ideológico, avançou em algumas proposições ousadas, como visitar Cuba, posicionar-se frontalmente contra a invasão do Iraque, apoiar os palestinos e aproximar-se de Lech Walensa, seu amigo líder político do Solidarnosk polonês.

No entender astrológico, o papel de João Paulo II será o de um líder religioso e político importante, que assume uma Igreja que iria tomar uma decisão a respeito de seus caminhos – a eleição de Wojtyla se dá no momento da Lua cheia em Áries, que cria a consciência de que é preciso escolher um caminho e seguir por ele, encerrando um ciclo, mais alinhado com as idéias de João XXIII, o Papa que orquestrou o Concilio Vaticano II. Era questão de sobrevivência, no entender do Conclave: Plutão e Sol haviam se encontrado alguns dias antes. Podemos perguntar: sobrevivência do que? De um poder e de uma autoridade profundas sobre uma grande parcela da humanidade, pois é disto que fala Plutão. Ambos no signo da harmonia, é como se houvesse um indistinto pedido por equilíbrio nas forças políticas que se organizavam, então, sob o mantos cardinalícios do Vaticano de fins da década de 70, conhecida por seus ventos progressistas no campo cultural.

O cardeal Wojtyla nascera numa geração em que Plutão, Urano e Saturno estavam em bom aspecto. Isso significava que as forças do poder e da renovação estavam unidas dentro dele, possibilitando a criação de uma nova estrutura. É obvio que essa aspectação planetária foi vivida por seus irmãos de geração das formas mais variadas, respeitando-se essa dinâmica de poder-renovação-estrutura. Foi a geração que lutou e morreu nos dois lados da II Grande Guerra. Para o Papa João Paulo II, havia chegado a hora e a vez de ser instrumento dessa aspiração de sua geração – ser aquele que "faz acontecer " (Marte) através de seus próprios dotes, um projeto coletivo (Marte entre a casa 12 e o Ascendente) dando poder a uma linha teórica conservadora que iria renovar e fortalecer o poder de alguma entidade – no caso, a Igreja.

Em 16/10/1978, "por volta das 5:15 pm", como atestam as fontes oficiais no Vaticano, nasceu o Papa João Paulo II .

O mapa de sua escolha é impressionante.

Saturno, do tempo, da duração e do conservadorismo, em trigono favorável ao Meio-Ceu, espelhando a vontade de ordem e disciplina, falando de um papado longo. O de João Paulo II foi o terceiro mais longo da historia da Igreja. Embora tenha sido aclamado em 22/10, na entrada do outono europeu, foi nesse dia que a semente cósmica de seu papado foi plantada no céu.

Fim do período João Paulo II

E se Júpiter e Netuno o favoreceram na escolha ao papado, também o protegeram em seu fim de mandato, encerrado oficialmente com seu falecimento, após uma longa agonia noticiada oficialmente como tendo ocorrido as 21h37 na cidade do Vaticano.

O mapa ai está. O Sol passeava no mesmo signo que a Lua estava quando ele foi eleito, marcando um giro completo de possibilidades. Plutão e o Nodo Lunar em ótimo aspecto falam de um grande poder popular, de uma chefia religiosa que se estenderá para alem de sua morte. Alguns já o chamam de João Paulo, o Grande. Lua e Saturno em oposição atestam a tristeza e a orfandade de seus seguidores e admiradores. João Paulo falece as vésperas de um eclipse solar. E será enterrado quando o eclipse solar no ativo signo de Áries, estiver a horas de ocorrer, elemento simbólico do desaparecimento de estadistas e chefes importantes da comunidade.

Em 8/4, na próxima sexta-feira, um eclipse solar ocorrerá nas imediações do ponto tocado pela Lua quando ele foi eleito, marcando uma reviravolta ou uma mudança na ordem prevista dos acontecimentos. Assim como quando nasceu, sob um eclipse solar em Touro, signo da resistência, do trabalho incansável e da fidelidade a idéias, o próximo eclipse solar não apenas irá varrer as chances de que os possíveis cardeais sejam os eleitos, mas também irá trazer o retorno de uma situação anterior a escolha de João Paulo II ao papado.

João Paulo II termina seu mandato na fase lunar minguante, propicia a reflexões, reavaliações, enxugamentos, finalizações.

Se o seu falecimento ocorreu no horário oficial anunciado, chama atenção o grau do Ascendente, 19 Escorpião, local de uma estrela maléfica de grande poder; como se para as correntes que se apoiaram em João Paulo II tenha ocorrido a noticia ruim. A roda da fortuna, que gira a sorte, posicionou-se em Aquário, o signo do amanhã e da renovação, em conjunção a Marte e Netuno, atestando condições de infecção e problemas sanguíneos e de circulação que puseram fim a uma era, para dar passagem a uma outra: uma era de profundas e doloridas mudanças dentro da Igreja, que passará por momentos difíceis aos o falecimento de João Paulo II.

Só nos resta aguardar o dia em que o Conclave dos cardeais irá começar para avançar algumas possibilidades mais concretas a respeito do perfil do próximo papa da Igreja Católica.



Maiores informações:
Astrodatabank - http://www.astrodatabank.com/NM/PopeJohnPaul.htm

Vaticano - biografia - http://www.vatican.va/news_services/press/document...