'Mundo é como a bolsa do Gato Félix', diz editor Daigo Oliva

Editoria publica o que acontece nos países e o modo como isso afeta o Brasil

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São Paulo

Uma vez por mês, a Folhinha traz, em sua edição online, uma entrevista com um editor ou editora da Folha. Hoje, a entrevista é com Daigo Oliva, editor de Mundo.

Editores são pessoas que cuidam de uma editoria em um jornal, e editoria é cada uma das seções do jornal. Às vezes, a seção pode ser um caderno inteiro, e às vezes é apenas uma página. Uma editoria é como se fosse uma das matérias que a escola ensina: fala de vários assuntos, mas sempre dentro de um tema.

Na Folha, cada editoria tem um responsável principal, que é o editor ou a editora.

Como se chama a sua editoria, e qual é o assunto tratado nela?

Trabalho na editoria de Mundo, e aqui falamos sobre o que acontece fora do Brasil e também sobre como o Brasil se relaciona com outros países.

O jornalista Daigo Oliva, na redação da Folha - Otavio Valle/Folhapress

Você pode explicar do que esse assunto trata?

Mundo é como a bolsa do Gato Félix: tem tudo. A gente escreve sobre eleições, guerras, acidentes, mudanças políticas e até culturais. Se um governo cria um projeto para que as crianças de um país tenham mais educação, nós escrevemos sobre isso. Se em algum lugar no exterior um governo limita o número de doces nos supermercados para que as crianças se alimentem melhor, isso também é um assunto para a nossa editoria. Quando alguém fora do Brasil se torna presidente, nós também falamos sobre essa pessoa e explicamos o que ela fez para chegar até lá e o que prometeu fazer depois de ser eleita.

Qual tem sido o tema que sua editoria tem publicado mais frequentemente nos últimos meses?

A pandemia de coronavírus, sem dúvidas, porque afeta o mundo inteiro. E os governantes escolhem maneiras diferentes de tentar acabar com a Covid, o que faz a nossa tarefa ser ainda mais complicada. Toda hora tem notícia: enquanto em alguns países, como a Índia, os casos estão aumentando, em outros, como o Reino Unido, a vacinação já está muito acelerada. Nós também falamos bastante sobre a eleição nos EUA e o novo presidente dos americanos, um velhinho com cara de simpático chamado Joe Biden. Outro assunto que a gente escreveu bastante nas últimas semanas foi o conflito no Oriente Médio, entre israelenses e palestinos.

Quais pessoas e tipos de profissão os repórteres da sua editoria costumam entrevistar?

Muitos dos nossos repórteres entrevistam professores e pesquisadores de universidades. São eles que nos ajudam a interpretar a situação de um determinado país. Mas também entrevistamos políticos e pessoas comuns que vivem as situações que descrevemos nos textos. Um assunto que aparece com frequência em Mundo, por exemplo, é a imigração. Muitas famílias sem condições boas para viver no lugar em que nasceram decidem se mudar para outro país. Só que às vezes isso acontece sem a autorização do governo que vai recebê-los, e os imigrantes enfrentam muitos problemas para se estabelecer e se adaptar ao novo local. Nós entrevistamos muitas dessas pessoas.

Por que você acha que a sua editoria é importante para o jornal?

Porque mostra como outros países lidam com problemas que também temos aqui, porque podemos aprender mais sobre diferentes culturas e porque entendemos de que maneira o Brasil é visto e se relaciona com o exterior. Gosto do meu trabalho porque todos os dias descubro algo novo. O mundo é muito grande, e só com uma mente aberta para ouvir os outros e o que é estranho a nós podemos compreendê-lo melhor.

DAIGO OLIVA, 36 anos

Daigo Oliva trabalha como jornalista há 15 anos. Ele é funcionário da Folha desde 2011. Daigo conta que escolheu ser jornalista porque, assim, tem a chance de acompanhar os acontecimentos mais importantes de perto e antes de todo mundo. "Quem tem curiosidade e quer descobrir mais sobre como a vida funciona vai encontrar no jornalismo um lugar incrível", encoraja.

TODO MUNDO LÊ JUNTO

Texto com este selo é indicado para ser lido por responsáveis e educadores com a criança

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