Desde que surgiu, em 1963, a Folhinha abriga muitos personagens queridos, alguns até famosos. A Turma da Mônica, por exemplo, começou por aqui.
Em 1960, quando a Mônica nem existia ainda, o Mauricio de Sousa trabalhava como repórter da Folha, e o Franjinha, o Bidu e o Cebolinha já estrelavam tirinhas nas páginas do jornal. Aí a jornalista Lenita Miranda de Figueiredo, a tia Lenita, criou a Folhinha e chamou o Mauricio para fazer as ilustrações do caderno.
E, assim, a Redação e as páginas da Folha se tornaram um lugar mais colorido. Segundo a tia Lenita, o jornal deveria ser de todos, adultos e crianças. Naquela época, as crianças visitavam a tia Lenita no jornal e mandavam muitas cartas com críticas e sugestões.
Inspirada na série Humanos da Folha, que conta a trajetória de pessoas importantes para a história do jornal, a Folhinha apresenta os humaninhos, personagens que deram vida ao suplemento infantil. Eles são bem diferentes entre si: alguns são crianças rabugentas e travessas, como o Ozzy e o Zezo; outros são passarinhos curiosos, como a Lola. Cada um é lembrado com carinho por várias gerações de leitores da Folha.
Suriá, a criativa
Suriá é uma menina cheia de imaginação e que tem uma casa um pouco diferente: ela mora num circo com seus pais. Lá, ela aprendeu a fazer coisas como malabarismo, andar na corda bamba e outros truques circenses.
A Laerte criou a Suriá em 1997 e diz que escolheu o circo para ser a casa da menina porque é um lugar sempre em movimento e recheado de amigos e famílias.
A Suriá tem muitas ideias e gosta de dividi-las com as pessoas que ela curte, como o seu melhor amigo, o Bléuco, um monstro que ela mesma inventou.
Geraldinho, o rebelde
Quando surgiu na Folhinha, em 7 de abril de 1985, ele causou muita confusão. O menino não é bem o que a gente chama de "bom exemplo" porque é viciado em refrigerante, sorvete e televisão.
Antes do cartunista Glauco criar o Geraldinho, ele inventou o Geraldão, seu pai. Apesar do mesmo nome e de serem parecidos em várias coisas, o Geraldão é preguiçoso e até meio medroso. Já o Geraldinho é criativo e levado, espoleta mesmo.
A Bell Kranz, que era editora da Folhinha nessa época, recebeu uma enxurrada de cartas de pais e mães que queriam banir o Geraldinho do jornal. E aí ela pensou que quem tinha que decidir isso eram os pequenos leitores.
A jornalista lançou, então, uma enquete, em que perguntava às crianças se elas queriam ou não que o Geraldinho continuasse na Folhinha. A maioria optou pela permanência do menino rebelde.
O Geraldinho tem aquela personalidade traquinas e livre que, afinal, as crianças gostavam muito, mesmo que ele não fosse exemplar. E todo mundo tem um lado meio Geraldinho, né?
Magali, a delicada
Que a Magali é comilona, ama melancia e é a melhor amiga da Mônica todo mundo sabe. Mas tem algumas coisas sobre ela que talvez sejam menos conhecidas.
Por exemplo, os avós da Magali, a Cota e o sr. Lima, nasceram no Ceará, no nordeste do Brasil. Além disso, o nome Magali, que vem do latim, significa “pérola”, o que ela gosta muito porque combina com sua personalidade delicada e afetuosa.
Magali apareceu pela primeira vez no caderno de cultura da Folha, a Ilustrada, em 11 de janeiro de 1964 e ela logo se tornou personagem fixa da Folhinha. Nessa primeira tirinha de Mauricio de Sousa, publicada há 57 anos, a Magali já é apresentada como melhor amiga da Mônica e tenta convencer a dona da rua a não brigar com seus colegas.
A Magali teve a sorte de encontrar um companheiro tão comilão quanto ela, o gatinho Mingau, seu mascote que vive aprontando. Quando eles se conheceram, o Mingau estava sozinho, faminto, e a Magali dividiu com ele seu sanduíche. Foi amor à primeira vista.
Ozzy, o rabugento
O Ozzy foi assim batizado em homenagem ao roqueiro Ozzy Osbourne, porque o pai dele é fissurado por heavy metal. Ele é um moleque estiloso, de personalidade muito forte e, às vezes, é mal-humorado demais.
É um menino meio maltrapilho, mas isso faz parte do seu estilo grunge, um tipo de rock que fazia muito sucesso na época que o Ozzy surgiu na Folhinha, em 1993.
O Angeli, criador do Ozzy, conta que ele é um garoto bastante travesso e rabugento, que gosta de infernizar a vida da sua prima Ercília. Mas o que ele adora mesmo é brincar com seu dinossauro de estimação, o Tirex, e com suas Lesmas Carnívoras Gigantes.
Apesar do mau humor, é um garoto super criativo, ligado em música.
Lola, a andorinha
A Lola é um pássaro que fez ninho na Folhinha em 2010. Curiosa e aventureira, ela está sempre em busca de algo, seja comida, seja a explicação para algum mistério, mesmo que para encontrar a solução ela tenha que voar debaixo d’água com os peixes.
A cartunista Laerte, criadora da Lola, conta que queria mergulhar na cabeça das crianças com a personagem, que é livre e leve. Para isso, ela escolheu uma passarinha porque gosta de bichos e de contar histórias com eles.
E também porque a Lola nos lembra que quando a gente vê um passarinho voando, ele não está só dando uma voltinha, mas vivendo a sua própria aventura.
Zezo, o bagunceiro
O Zezo tem muita preguiça de ir à escola, ainda mais quando tem aula de matemática. De tão mal-humorado, ele acaba sendo engraçado. Além disso, ele é cheio de invencionices, como participar de uma maratona de tartarugas —e vencer.
O que o Zezo mais gosta é de jogar futebol, brincar na rua e assistir a desenho animado na TV. Mas quando ficou um pouco mais velho, o Zezo se viciou em celular.
O Adão, que criou o Zezo no começo dos anos 2000, conta que o menino tem muito do seu inventor —o cartunista também não tinha muita paciência pras aulas de matemática e tem muita imaginação.
Kiki, a sagaz
A Kiki é uma adolescente curiosa e sagaz que está descobrindo, aos poucos, como lidar com essa nova fase da vida. Como muitos adolescentes, a Kiki é um pouco obcecada por romances, vive pensando nisso; uma das coisas que ela mais gosta é de se apaixonar por alguém.
Além disso, a Kiki adora assistir séries de televisão e ‘zoar’ com os amigos por aí.
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