Quando o leitor conhece o coelho Edward Tulaine, ele está morando com a menina Abilene, de 10 anos, em uma casa na rua Egito. Os dois têm uma boa vida lá. Ela tem bons pais, que gostam muito da filha e que se interessam pelo que ela fala e sente, e ele, um coelho de porcelana muito elegante, tem até um guarda-roupas abastecido com ternos e sapatos.
Um dia, a família de Abilene resolve viajar de navio para a Inglaterra. E, embora os pais dela achem que ela já está grandinha demais para ter um coelho de brinquedo, eles dizem que tudo bem se Edward embarcar junto na viagem.
Já no navio, um acidente acontece: depois de ser pego por dois irmãos também passageiros, que só queriam zombar do coelho, Edward acaba caindo no mar, sozinho e sem suas roupinhas.
E, se o mais perto de um drama que Edward havia chegado até então tinha sido aquela tarde em que seu relógio de bolso foi sugado pelo aspirador de pó, agora ele ia descobrir o era uma vida complicada.
Sua nova jornada começa com Edward sendo resgatado do fundo do mar por um pescador. Ele leva o coelho para casa e presenteia sua mulher, que fica muito feliz com a surpresa e dá a Edward um novo nome: Susanna.
Trocar de identidade nem é uma questão para o coelho —o problema é quando a filha do pescador chega para visitar os pais e faz com que Edward/Susanna sofra, de novo, uma separação daqueles que ele ama.
E, assim, de novos encontros em novos encontros, e de novas partidas em novas partidas, Edward vai sendo apresentado a uma dor que até então não sabia que existia. "Desejou ser capaz de chorar", escreve a autora da história no capítulo 14.
Porque Edward, que nos braços de Abilene só conheceu amor e carinho, fartura e cuidado, vai precisar ser resiliente —ou seja, ter força para compreender a provação que sua extraordinária jornada vai lhe apresentar.
TODO MUNDO LÊ JUNTO
Texto com este selo é indicado para ser lido por responsáveis e educadores com a criança
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