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Diretor de "Um Gato em Paris" responde às perguntas das crianças
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GABRIELLA MANCINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Fotos Divulgação |
Cena da animação "Um Gato em Paris" |
O francês Alain Gagnol, diretor de cinema, observava os gatos à noite, andando pelos telhados, e pensava: aonde será que eles vão?
Assim surgiu a animação "Um Gato em Paris" (2010), longa-metragem que estreia no Brasil dentro do Festival Varilux de Cinema Francês. Este é o único filme infantil da mostra e faz parte do gênero policial, com bastante mistério e perseguição.
Outro personagem do filme é Nico, um ladrão gatuno, que anda pelos telhados como um gato bem silencioso. Dino, o gato do filme, divide-se entre duas casas. Durante o dia, faz companhia à menina Zoé. À noite, acompanha Nico em seus roubos. Mas a mãe de Zoé é uma delegada e quer se vingar da morte do seu marido, pai da menina. E Nico vai acabar ajudando a mulher a enfrentar os gângsters liderados pelo malvado Costa.
Afinal, ladrão que rouba ladrão tem mesmo cem anos de perdão? Esta é uma das perguntas que o filme deixa no ar.
O diretor Alain Gagnol veio ao Brasil para lançar seu primeiro longa-metragem. Ele conversou com 90 crianças de uma escola francesa em São Paulo (SP).
Confira um trecho do bate-papo, que aconteceu na quarta-feira (8) logo após a exibição do filme no Reserva Cultural.
O gato Dino, Nico, Zoé e sua mãe |
Qual foi sua inspiração para fazer esta animação? E por que você fez este filme?
Alain: Os filmes e romances policiais foram a inspiração. Já escrevi livros policiais para adultos e tinha vontade de contar uma história para crianças. Este é o meu primeiro longa para esse público.
Quanto tempo levou para fazer o filme?
Alain: Foram três anos com a equipe desenhando, ele foi todo feito à mão. Mas antes teve o tempo que levei escrevendo a história, que foram uns dois anos. Então no total foram cerca de cinco anos de trabalho, com cerca de 60 pessoas envolvidas.
Como criou os personagens?
Alain: Nunca se sabe como as ideias chegam. Imaginava esse ladrão correndo pelos telhados e pensei no gato. Moro em um apartamento de onde vejo os telhados e muitos gatos juntos no meio da noite. E sempre me perguntava: aonde eles estão indo?
Por que as pessoas do filme parecem chineses?
Alain: Você diz isso por que elas têm os olhos puxados? É que o animador, Jean-Loup Felicioli adora Modigliani e Picasso [importantes artistas plásticos], que fazem esses olhos puxados em suas pinturas.
*Por que o título em português [Um Gato em Paris] é diferente do título em francês [Uma Vida de Gato]?
Alain: Em francês quis fazer um jogo de palavras com a expressão "uma vida de cão", ou seja, uma vida dura. Mas talvez traduzido não funcione. Mas não fui eu que escolhi o título em português.
O filme vai ter uma continuação?
Alain: Não há nada planejado, estou trabalhando em outro projeto. Mas a gente nunca sabe!
É mais difícil fazer um filme de ficção ou de animação?
Alain: Os dois são difíceis. Mas é muito diferente. No caso da animação você precisa inventar tudo primeiro, é mais "fechado", para não "desperdiçar" desenhos. No filme pode editar, cortar mais depois.
Zoé em sua casa |
Fazer uma animação no cinema é muito diferente de fazer uma tirinha?
Alain: Na tirinha as imagens estão paradas, você vê uma página inteira e faz o seu ritmo, volta a ler algo se precisar... Na animação é o diretor quem dita a velocidade e não dá pro espectador voltar.
No final do filme o Nico fica como o ladrão?
Alain: É uma boa pergunta. Achamos que não porque ele ganha uma nova família e ajuda a menina Zoé, mas essa pergunta não tem resposta.
Como você inventa o nome dos personagens?
Alain: A sonoridade tem que "bater" com a personagem. Foi mais difícil no caso dos gângsters, pois o nome é também um código.
Você já fez filmes com atores?
Alain: Não, sempre fiz desenhos animados. Gosto deles porque nele você pode mostrar o que a personagem está pensando.
Você gosta da polícia?
Alain: (Risos). Quando os policiais são eficientes, sim.
VALE CONFERIR
Um Gato em Paris
Exibição no cinema Reserva Cultural, sábado (11), domingo (12) e quarta-feira (15), às 14h
Exibição no cinema Unibanco Arteplex Frei Caneca, sábado (11), domingo (12) e quinta-feira (16), às 14h
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