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Para ilustradora, criar livro digital é chegar em novo planeta
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GABRIELA ROMEU
GABRIELLA MANCINI
ENVIADAS ESPECIAIS A PARATY (RJ)
Mariana Massarani foi uma das primeiras ilustradoras a lançar no Brasil um livro infantil digital, criado para aplicativos de tablet. Um não, dois: "Chapeuzinho Vermelho" e "Os Três Porquinhos" (ed. Manati), que foram recontados de um jeito divertido, cheio de sons e animações.
Gabriella Mancini/Folhapress |
Mariana Massarani com seu livro para iPad |
Ela conversou com a Folhinha durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), na Casa Folha. Estiveram reunidas cerca de 25 crianças da Escola Municipal Mangueira Parque, da cidade de Paraty (RJ). Elas fizeram perguntas sobre a obra de Mariana, que leram no colégio.
A ilustradora contou que sempre gostou de desenhar. "Tentava desenhar nas paredes de casa, mas levava bronca. Então comecei a desenhar embaixo do sofá, num pedacinho de madeira que descobri ali."
Mariana também adorava ler, mas no seu tempo não havia tantas opções. "Eu pegava livros da minha mãe e também a revista 'Recreio', onde saíram as primeiras histórias da [escritora] Ruth Rocha."
Anos depois, Mariana passou a ilustrar vários livros da premiada autora. Agora, por exemplo, cria desenhos para uma reedição da obra "Marcelo, Marmelo, Martelo".
Mariana diz que não gosta de história séria, prefere "as malucas". Busca inspiração em livros, filmes, viagens "Depois boto tudo no liquidificador e sai um livro", brinca a artista.
Tem ingrediente que não falta nessa mistura. "Sempre coloco nos meus livros planta carnívora, roupa de Batman, passagem secreta porque são coisas que eu adoro." Em "Os Três Porquinhos", por exemplo, ela trocou a lareira por uma passagem secreta, já que as casas no Brasil não costumam ter chaminés.
LIVRO DIGITAL
E criar um livro digital, será que é muito diferente do livro no papel?
Reprodução |
Aplicativo "Os Três Porquinhos" |
"Para ilustrar é igual, a diagramação é que muda", conta Mariana. "Dá para inventar uma porção de coisas, barulhos... Usei o som da minha geladeira e das panelas lá de casa."
Ela compara os dois meios dizendo que, na tela do computador, as cores ficam mais vivas. Além disso, a história ganha trilha sonora e jogos. Mas o livro digital tem a desvantagem de precisar de energia elétrica.
Ela conta que ainda estão experimentando jeitos de contar uma história nesse novo meio. "É como se chegássemos num planeta novo, não sabemos nada sobre esse campo", diz Mariana. "É um teste. Não sabemos se os livros vão ficar assim daqui a 20 anos ou não vão ser nada disso", reflete a autora. "Mas adorei fazer esse trabalho, que reúne muita gente dando ideias."
"Chapeuzinho Vermelho" e "Os Três Porquinhos" também vão ganhar uma versão em papel. Mas Mariana já está pensando em novos livros para iPad. "Queria fazer sobre uma princesa e um pirata, porque a maioria dos livros infantis são com esses personagens. Mas quero criar uma princesa punk!"
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