Família aventureira

Crianças que praticam natação, kung fu e surfe com os pais aproveitam essa hora para conversar e brincar

MARIA CAROLINA NOMURA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Mochila nas costas, tênis nos pés e lá vão eles: pai, mãe e filhos para mais um passeio no meio do mato. Se você pensa que é estranho brincar de aventura com os seus pais, está enganado.
Psicólogos afirmam que praticar esportes na companhia dos pais faz bem à saúde. "Esse momento é especial porque, na hora do esporte, eles são mais do que pais e filhos, são amigos", diz Isabel Kahn, professora de psicologia da PUC-SP.
É o que acontece com a família Morales, que curte trilha e caverna. Os pais de Caio Lima Morales, 5, já levaram o menino para viver uma aventura nas cavernas do Petar (Parque Estadual Turístico do Alto do Ribeira), em São Paulo.
Sentado no colo da mãe, Caio mostra as fotos da viagem. "Meu pai me levantou, e consegui escalar a pedra. Quando estava cansado, ele me levava nas costas."
Já Alessandro Comparini Basbaum, 12, optou por desbravar, à vela, lagos e mares na companhia dos pais. Desde os seis anos de idade, o garoto e os pais praticam esse esporte nas águas.
"A gente fala de várias coisas, conta piadas e faz planos. Uma vez, paramos em uma praia quase deserta. Foi muito legal", diz.
Jogada familiar Que tal bater uma bola? Igor Bressan, 11, preferiu o tradicional futebol para dividir com o pai. "Jogo com ele desde os quatro anos. A gente ficava tocando a bola um para o outro. Aí, com uns 8, 9 anos, ele falou para eu fazer parte do time."
Apesar de ser a única criança do Columbia Futebol Clube, Igor garante que não faz feio: "Tenho um monte de jogadas ensaiadas [com o pai, é claro"".
O fato de serem amigões, no entanto, não o livra das broncas quando vêm notas baixas. "Eu digo que faço parte do time dele, mas ele diz que eu tenho que me esforçar mais e melhorar."

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