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TEATRO Peças têm misturas às vezes estranhas para buscar a atenção das crianças Festival de férias
GABRIELA ROMEU COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Todo conto de fadas tem uma receita que mistura princesa em apuro, príncipe metido a valente, fada que chega na hora certa, reino próspero e uma pitada de encantamento para solucionar probleminhas. É mais ou menos assim em "Gata Borralheira", peça que narra a história da menina que vira Cinderela e perde o sapato de cristal. Na verdade, as coisas mudaram um pouco no reino. O rei anda endividado e oferece o baile para arrumar uma pretendente rica para o príncipe, que é consumista e preguiçoso. A Borralheira, que anda pelos telhados, pula o muro do castelo para entrar na festa. A fada madrinha, que faz acrobacias e tem sotaque nordestino, leva bronca da menina pois demora a aparecer. Mas quem rouba as melhores cenas do espetáculo são as duas irmãs invejosas, Narilda e Josiélica, umas horrorosas que adoram cremes para encolher barriga e tirar rugas. Como a narrativa da Gata Borralheira é velha conhecida das crianças, elas se divertem com as inversões e os elementos atuais do espetáculo. Só duas coisas não são divertidas: alguns atores falam gritando, e o excesso de piadas cansa um pouco. Será que tudo tem que ser muuuito engraçado para prender a atenção das crianças? "GATA BORRALHEIRA". Onde: Teatro Folha (shopping Pátio Higienópolis, av. Higienópolis, 618, piso 2, tel. 0/xx/11/3823-2323). Quando: sáb. e dom., às 16h. Até 18/12. Quanto: R$ 20. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice |
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