UOL
São Paulo, sábado, 5 de novembro de 2005

FIM DE ANO

Crianças preparam apresentações de fim de ano nas escolas com músicas, livros, peças de teatro e até filmes

Show de talentos

ALEXANDRA MORAES
DA REPORTAGEM LOCAL

Terminar um ano na escola não é pouca coisa -ainda mais depois de provas e um monte de desafios. Por isso, a festa de fim de ano é uma atração tão especial.
Para Beatriz Caliani, 10, por exemplo, o ano vai terminar com uma apresentação de mímica sobre deuses do Olimpo. "Já me apresentei no ano passado, mas neste ano vou ficar um pouco mais nervosa, pois é mais difícil", conta ela, que está aprendendo as técnicas da mímica para interpretar o deus grego Hades. "Eu queria a Atena, mas minha amiga pegou", conta.
Além disso, a turma de Beatriz, que cursa a 4ª série no Liceu Pasteur, também está preparando um filme. Ela, que é uma das roteiristas, conta que é a história de um hamster que se perde. "No fim do filme, achamos o hamster escondido em um armário, tomando refrigerante. Mas ainda estamos começando a fazer", conta a menina.
Música
As apresentações do fim do ano também estão cheias de música e revelam talentos que ultrapassam a sala de aula. É o caso de Kevin Araujo Eguchi, 9, que toca piano há cinco anos e já se acostumou a participar de apresentações e concursos. Ele diz, no entanto, que ainda fica um pouco nervoso antes de se apresentar.
Para seu colega de escola John Blanch Mesquita, 13, que gosta do compositor clássico Chopin e também da banda de rock Simple Plan, as apresentações na escola são legais porque "além de mostrar o que você sabe, você também vê o que os outros colegas estão fazendo". Mesmo acostumado a se apresentar, John também diz que fica um pouco ansioso "com um tanto de pessoas olhando direto. Mas ainda bem que em mim treme a perna, não a mão", brinca o pianista do colégio Santo Américo.
E se der branco?
Se der branco na hora do show, uma turma do Miguel de Cervantes já sabe o que fazer e responde em coro: "Improvisa!". Bruno, 12, baterista, Victor, 12, guitarrista, e os flautistas Bruno, 9, Camila, 10, Giulia, 10, e Maria Vitória, 9, vão tocar para pais e amigos. Já Lívia, 7, do Assunção, dá outra dica: "Se esquecer alguma coisa, faz outra coisa melhor". Ela e os colegas vão apresentar coreografias sobre músicas de várias décadas. Mariana, 7, vai interpretar a cantora Celly Campelo, que fez muito sucesso no fim dos anos 50. "Lá em casa, só faço show agora", diz.
Autobiografia
Há também projetos de livros, como os das crianças do pré-escolar do Santa Maria. Os primos Luca, 6, e Gabriel, 6, contaram a história deles mesmos e da família. Para Luca, a experiência de fazer o livro o ajudou a desenhar melhor. "E descobri que meu tataravô foi para a Primeira Guerra Mundial", diz.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Folha Online. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página
em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folha Online.